PGR e STF estrupam a lógica, o calendário e o bom senso

Para justificar a denúncia de que o chamado Mensalão foi um
esquema do PT para comprar apoio de outros partidos no Congresso, para assuntos de interesse do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, partiu da tese de que o dinheiro do Fundo de Incentivo Visanet (FIV), que era usado pelo BB para promover a marca Ourocard e o uso dos cartões de débito Eléctron, financiou este esquema. Fazia as campanhas para o Banco do Brasil a agência de publicidade DNA, do empresário Marcos Valério, por força de uma licitação que datava do ano 2000. O então procurador-geral, Fernando de Souza, incluiu apenas o nome do diretor de Marketing do BB, Henrique Pizzolato, ligado ao PT, na denúncia apresentada ao STF e excluiu os outros três executivos da mesma área. Um deles era Claudio Vasconcelos. Se fosse aceita a tese de coautoria, os quatro teriam que ser denunciados – e, neste caso, a narrativa do ‘mensalão’ enfrentaria um grande complicador: três deles, os excluídos, estavam no BB antes do governo Lula, nomeados na gestão Fernando Henrique Cardoso. Pior, os procedimentos contábeis  considerados irregulares, reiterados pela denúncia de Souza ao STF, datavam de 2001, dois anos antes de Pizzolato assumir a direção de Marketing do banco.(Leia a íntegra da quarta reportagem de Maria Inês Nassif, que desmonta a narrativa criada para sustentar o processo do chamado ‘mensalão’:


http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=22175

2 comentários:

  1. Sugiro a leitura dos embargos feitos pelo advogado do Pizzolato.

    Lá está tudo escrito e documentado:

    O dinheiro do Fundo Visanet não pertencia ao Banco do Brasil. Isso foi dito pelo próprio banco, pela Visanet e por todos os interrogados.

    O Pizzolato não aprovou pagamentos e sim as campanhas. O pagamentos foram aprovados por outro diretor. Isso está no laudo 2288.

    Os serviços foram prestados pela DNA. Isso está dito pela auditoria do BB e pela Visanet. As campanhas realizadas estão mostradas nos autos.

    A questão dos bônus de volume (BV) também é esclarecida.

    O que me deixa estarrecido é que TODOS os juízes condenaram o Pizzolato. Como é possível que nenhum deles tenha lido as alegações da defesa?

    ResponderExcluir
  2. Alvaro Tadeu11 junho, 2013

    Barbosa condenou Dirceu com base na nova lei contra a corrupção. O delito, segundo Barbosa, teria sido cometido em dezembro, a lei mudara em novembro. Porém o delito teria sido cometido junto com o ex-presidente do PTB, deputado Martinez. Mas Martinez faleceu em outubro, vítima de acidente aéreo. Isso não comoveu o Barbosa. Significa que o STF pode processar quem quiser com base em qualquer coisa, pode inventar e prevaricar, nada irá acontecer. Portanto, podem tirar o cavalinho da chuva, os documentos assinados por funcionários nomeados por FHC jamais serão analisados, basta dizer que Pizzolato é criminoso, não precisa provar, basta dizer. O Brasil é um país sem lei e tolos foram Lula e Dilma, ao nomearem calhordas da pior espécie para o tribunal. Uns dez mil advogados e bacharéis em Direito têm condições técnicas para assumirem o STF, como são apenas onze vagas, todas elas são preenchidas por critérios políticos. Como Lula e Dilma não tiveram critério, vão se ferrar até as pedras darem flores.

    ResponderExcluir