por João Paulo da Cunha Gomes
Nos movimentos populares que estão ocorrendo no Brasil estão presentes setores de extrema esquerda, setores que não se aliam a lado político e nos últimos dias reacionários estão aderindo a ele, por conta da pressão, por não ter como ficar alheio. As reivindicações são justas e o povo tem, sim, o direito de se manifestar. Eu acho o movimento a-ideológico. A grande mídia até tentou direcionar que o movimento era única e exclusivamente contra o governo federal. Mas isso, pelo que observamos, não procede. As manifestações sitiaram o Congresso Nacional e o Palácio dos Bandeirantes. A própria Globo é alvo dos manifestantes, por tantos e tantos anos de manipulação.
Apenas precisamos ficar de olhos abertos para que o movimento não tome caráter oficialmente político. Isso tiraria sua credibilidade. Não há dúvida que setores direitistas tentam convencer que o movimento é anti Governo Federal. Mas a presença de setores de esquerda no movimento, além de grupos anti-P.I.G. até o presente momento mostram o contrário.
Um povo esclarecido tem que protestar por melhorias para o coletivo, e jamais para manter os privilégios históricos da burguesia. E este mesmo povo, estes mesmos manifestantes têm que ter noção disso, e não permitir que sua luta resulte em benefício da eterna elite direitista. A mesma elite que sempre apoiou e sempre apoiará a repressão violenta, pois às elites não interessa um povo politizado e consciente de seus direitos e de sua força.
Reivindicar por todos, pelo coletivo. É preciso tomar cuidado com o canto das sereias. A massa precisa ficar atenta para não se tornar marionete.
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