(poema O Amor, de Maiakovsky, adaptado por Caetano Veloso, readaptado por Briguilino)
Talvez, quem sabe um dia, numa vereda da caatinga
ela chegará
ela que amava os animais
chegará sorridente assim como está na foto sobre a mesa
ela é tão bonita
ela é tão bonita que na certa ressuscitara a geração de 68
destroçada pelas mesquinharias humanas
Agora vamos alcançar tudo o que não pudemos amar na vida, como o estrelar das noites inumeráveis
ela que amava os animais
chegará sorridente assim como está na foto sobre a mesa
ela é tão bonita
ela é tão bonita que na certa ressuscitara a geração de 68
destroçada pelas mesquinharias humanas
Agora vamos alcançar tudo o que não pudemos amar na vida, como o estrelar das noites inumeráveis
Ressuscita-me
ainda que mais não seja
porque não sou poeta
e anseio o futuro
Ressuscita-me
lutando contra as misérias do dia-a-dia
Ressuscita-me por isso
Ressuscita-me por aquilo
quero viver o que me cabe na vida
ainda que mais não seja
porque não sou poeta
e anseio o futuro
Ressuscita-me
lutando contra as misérias do dia-a-dia
Ressuscita-me por isso
Ressuscita-me por aquilo
quero viver o que me cabe na vida
para que não mais existam amores servis
Ressuscita-me
para que a partir de hoje
Ressuscita-me
para que a partir de hoje
a partir de hoje
a Família se transforme e o Pai
a Família se transforme e o Pai
seja pelo menos o Pai
e a Mãe seja pelo menos a Mãe
e a Mãe seja pelo menos a Mãe
a Mãe
a Mãe
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