A informação veiculada em Brasília, nesta 5ª feira, que fez o dólar recuar depois de atingir a cotação recorde de R$ 2,45, é de que o tacape oficial pode desferir golpes sucessivos, num total entre US$ 50 bi a US$ 100 bi para esse fim. É o custo para atingir dois objetivos indissociáveis. Oferecer um seguro de travessia a quem depende de dólar, até o novo ponto de equilíbrio da taxa cambial. E desmontar a roleta viciosa dos mercados futuros. A exemplo das pirâmides, ou bolhas, eles se erguem pelos próprios cabelos. Às vezes 'puxando' a cotação em operações simuladas de compra e venda dentro da mesma empresa. Artifícios especulativos. Mas que fazem um estrago real no resto da economia. A oferta de dólares, através de leilões diários --com compromisso de recompra pelo governo-- pretende substituir na prática esse mecanismo. Sem extingui-lo. Algo como instalar um supermercado ao lado de uma mercearia. A especulação cambial, porém, é só a face mais explícita de uma guerra em marcha muito maior. A guerra pelo controle das expectativas na economia brasileira. Estamos falando de um ajuste de ciclo planetário ao qual se sobrepõe uma tentativa conservadora de retornar ao poder.
A meta desse mutirão é soltar todos os demônios da incerteza ao mesmo tempo. A mídia, que opera com a constância ensurdecedora de uma britadeira, dá sentido estratégico ao assalto. LEIA MAIS AQUI
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