Dia sim, no outro também…São raríssimos os intervalos em que a ex-senadora Marina Silva não professa o seu chororô atribuindo à Justiça Eleitoral algo cuja responsabilidade é única e exclusivamente sua e do comando do seu novo partido a Rede Sustentabilidade. É dela e deles a responsabilidade pela demora no atendimento aos requisitos estabelecidos pela legislação eleitoral e, consequentemente, na concessão do registro da legenda com a qual ela vai concorrer ao Planalto em 2014.
Tanto é assim, tanto o não atendimento as exigências legais é de responsabilidade dela e de seus apoiadores, que dois partidos, o Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (ainda no PDT-SP), e o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), conseguiram registro esse semana. Sem os alardes e escândalos promovidos pela Rede e sem a gritaria e os pedidos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que desconheça a lei e dê um jeitinho na legalização de qualquer maneira.
Em entrevista gravada para a TV Folha, a ex-senadora defende os procedimentos adotados por seu grupo e afirma que a incerteza quanto ao cumprimento do prazo se deve à falta de “meios” da Justiça Eleitoral para cumprir os procedimentos necessários ao registro da sigla, e de parâmetros claros para validar assinaturas de apoio, um dos requisitos exigidos.
Chororô à parte, até porque já se tornou rotina vindo deles, vamos ver se são capazes mesmo de cumprir a lei – de resto, uma lei simples que dezenas de partidos sem a liderança de Marina e sem os imensos recursos da Rede (de empresários e até de banqueiros, diga-se de passagem) cumpriram sem chiar e sem buscar privilégios no TSE.
José Dirceu
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