Tanatofilia é uma palavra complicada que traz em si mesma uma ideia difícil de entender – seria um gosto especial pela morte que pode não se confundir com necrofilia – e que estaria mais próxima de uma excitação pervertida por cadáveres. Compõe-se a tanatofilia de dois radicais gregos – tanatos, morte – e filia, que quer dizer gosto, amor. Pelo complexo do conceito, porém – quem gosta da morte em sã consciência? – não se pode negar o seu cultivo arraigado pelo sistema norte-americano.
A cena caricatural do filme de Stanley Kubrik – Dr. Strangelove – de um cowboy montado num bomba H, feliz por desencadear uma guerra nuclear, num gesto tipicamente ianque, de pura fanfarronice, pode ser o que é - uma bravata caricatural- mas resume, no fundo, o que mais parece animar o sistema norte-americano.
A idéia de atacar a Síria, matando gente, para impedir a morte desta mesma gente, é um absurdo em termos, mas nada parece animar mais os corações e mentes dos tanatófilos não só americanos. No fundo, são eles que mais mandam e fazem. E o presidente norte-americano Barak Obama por mais que se vista diferente, não deixaria assim de ser um agente do Império no que ele tem de mais cruel. Continua>>>
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