Falar de eleições presidenciais, um ano antes, soa tão distante como falar com os anjos.
Ainda mais quando se constata que o assunto chega até nós como se fosse um show midiático típico dos programas de domingo. A superficialidade é o feijão com arroz da imprensa brasileira. Façam entrevistas com jornais e jornalistas e a conclusão será patética: veículos aliados de candidatos e jornalistas que falam de política com se fosse campeonato esportivo ou bolsa de valores. Claro, há exceções, mas estes ficam para as madrugadas e os canais sem telespectadores. Nos horários nobres o que se vê de política é muito prato feito e nenhum conhecimento dos ingredientes ou da receita. O que me faz um quase proponente da urgência de se criar um Conselho da Ordem dos Profissionais de Comunicação, com prova e tudo – afinal, o que é bom para os advogados deve ser bom para jornalistas, repórteres e marqueteiros.
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