Sete anos para atender uma "urgência", esse Campos é fenomenal...
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), enviou à Assembléia Legislativa nesta sexta-feira projeto de lei que transforma 969 cargos preenchidos por indicação política em funções de direção a serem ocupadas por servidores de carreira. Com isso, o total de apadrinhados passa de 3.536 para 2.567. Uma redução de 28%. Estima-se que o servidor concursado custará menos ao Estado. Na conta do governo, a economia seria de R$ 25 milhões anuais.
À frente do governo há quase sete anos, Campos toma essa a medida três semanas depois de seu partido, o PSB, ter devolvido a Dilma Rousseff os cargos federais que ocupava –entre eles o de ministro da Integração Nacional, onde se encontrava Fernando Bezerra, apadrinhado do governador pernambucano. Há dois dias, reunido com parlamentares do PT de Pernambuco, Lula aconselhou-os a também bater em retirada do governo de Eduardo de Campos. O PTB do senador Armando Monteiro, candidato à sucessão de Eduardo Campos, se antecipou, desembarcando nesta sexta.
Em discurso, Campos realçou o seu desejo de valorizar o servidor de carreira. Por que só agora? Segundo ele, Pernambuco não dispunha de mão de obra qualificada. Heim?!? “A contratação de comissionados foi necessária para suprir uma demanda urgente”, alegou Eduardo Campos. Absteve-se de explicar as razões que o levaram a conviver com a “urgência” por arrastados sete anos. Tomado de pressa repentina, o governador espera que seu projeto seja aprovado até dezembro.
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