Há quase uma semana, no dia 17, o Estadão publicou uma reportagem com título “Governo investiga conta de Pizzolato em banco da Suíça”. A informação era de que o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato teria aberto uma conta num banco suíço com saldo de quase 2 milhões de euros.
O assunto não despertou muita atenção do restante do noticiário e o próprio Estadão abandonou a pauta. Por quê? Provavelmente porque a reportagem não se sustentava.
Essa suspeita de factóide já foi levantada por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho. “Ninguém sabe a fonte exata da notícia. Ninguém publicou qualquer documento, nem mesmo alegou tê-los”, diz o blogueiro.
De fato a matéria é vaga demais. O jornal primeiro crava a existência da “conta secreta”, depois diz que “se suspeita” que o saldo seria de quase 2 milhões de euros.
No dia seguinte, o jornal fez uma menção ao caso, dizendo que “a conta teria sido movimentada por Pizzolato após ter sua prisão decretada”.
Ou seja, o Estadão ora fala em certeza, ora fala em suspeitas. Não bastasse isso, o jornal O Globo, ao dar uma nota sobre a matéria do Estadão, conta que o Ministério Público e do Departamento Federal da Justiça disseram desconhecer qualquer cooperação entre o país e o Brasil para investigar o saque na suposta conta.
Diante de tamanho desencontro – para dizer o mínimo – de informações, Miguel do Rosário sugere uma CPI sobre o assunto, já que integrantes da oposição ouvidos pelo Estadão cobraram uma “investigação profunda”.
“Quero saber que conta é essa. Ela existe ou não? Por que a notícia de repente sumiu do noticiário? Se a conta existe, quero saber de onde veio o dinheiro que a abasteceu. Quantos depósitos foram feitos, quantos saques?”, pergunta.
do Blog do Zé
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