O que é mais eficiente na hora da conquista, beleza, fama, dinheiro ou o vocabulário parecido com o dela?...
A pesquisadora americana Molly Ireland, professora do departamento de psicologia da Texas Tech University, nos Estados Unidos, aposta na quarta opção. A pesquisadora estudou diálogos entre pessoas em primeiros encontros e descobriu que os que vingaram e se tornaram em relacionamentos longos tinham muitas palavras em comum.
“Conversas entre parceiros românticos são um dos mais importantes diálogos da vida adulta”, disse Molly, que teve a cooperação de outros dois cientistas: Rich Slatcher, da Wayne State University, e James Pennebaker e Paul Eastwick, ambos da University of Texas. “Relações românticas têm uma imensa influência na nossa saúde e no nosso bem-estar, e eu acredito que a conversa é uma grande parte do que faz essas relações darem certo ou errado”.
Para chegar a esta conclusão, ela acompanhou os primeiros encontros de 40 rapazes e garotas heterossexuais, nos quais os analisou com programas de computadores feitos especificamente para avaliar a linguagem desses casais. “Nós ficamos surpresos em ver como a similaridade na linguagem prevê a estabilidade do relacionamento mais do que outras variáveis”, disse Molly.
Mais especificamente, o que tornou as conversas mais produtivas foi o uso das mesmas conjunções, preposições e outras palavras de ligação. Essas similaridades foram mais importantes até do que o conteúdo da conversa, segundo os pesquisadores. “Em relacionamentos e encontros, as pessoas focam em coisas superficiais como a aparência ou os assuntos que o parceiro está falando”, acrescentou ela. “Mas a verdade é que os primeiros encontros são sempre iguais. As pessoas falam do que gostam e do que não gostam – música, hobbies. Nada disso importa se você não estiver prestando atenção no que outro diz”.
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