Até que ponto chega à obsessão de uma pessoa sobre a outra


A perseguição que vem sofrendo José Dirceu, por Joaquim Barbosa e seus aliados tornou-se pública e disso ninguém tem mais dúvida. O ex-ministro José Dirceu completou na quarta-feira (09), 145 dias às espera do regime semiaberto a que tem direito desde à primeira hora que se entregou às autoridades na Polícia Federal (PF) em São Paulo, no dia 15 de novembro.
E até agora nada. Ele também espera  a liberação para que seja concedida o direito dele trabalhar, mas o juiz Bruno Ribeiro da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal ainda expediu e cometeu mais uma arbitrariedade; pediu uma quebra indiscriminada de sigilos telefônicos, que atinge até o Palácio do Planalto.
O que ele pretende com isso?
Leia na íntegra abaixo a matéria publicada no Blog do Zé Dirceu:


A defesa de José Dirceu encaminhou nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal nova petição solicitando a pronta análise do pedido de trabalho externo para o ex-ministro. Junto com a petição, foram encaminhados documentos que reforçam ainda mais a urgente necessidade dessa análise.
A petição diz que Dirceu é o único dos condenados da AP 470 que não teve seu pedido de trabalho externo analisado, embora possua todos os pareceres favoráveis à concessão desse direito.
O documento lembra que a análise foi suspensa após nota na imprensa dizendo que o ex-ministro teria falado ao celular dentro da cadeia – conversa esta que já se provou inexistente. A investigação foi encerrada sem o Ministério Público do Distrito Federal lhe fazer nenhuma pergunta.
Apenas em 27 de março e depois de se declarar “suspeito por motivo de foro íntimo relativamente às execuções penais envolvendo os sentenciados da AP 470″, o juiz Bruno Rodrigues, da Vara de Execuções Penais de Brasília, determinou o envio de um pedido quebra de sigilo telefônico feito pelo MP-DF.
Universo indefinido
Na solicitação, o MP pede a quebra de sigilo telefônico de todas as ligações feitas e recebidas em um período de 16 dias provenientes de estações de rádio base instaladas na região – isso mesmo sabendo que o jornal relatou que a conversa aconteceu no dia 6 de janeiro. E o MP também não pede a quebra do sigilo de quem teria sido o interlocutor de Dirceu, o secretário James Correia, da Bahia.
“Optou o MP-DF por fazer um pedido genérico, alcançando um universo indefinido de usuários de telefonia”, dizem os advogados.
Junto com a petição, os advogados também enviaram ao Supremo extratos telefônicos de James Correia, fornecidos por ele, revelando a ausência de ligações que indiquem o suposto contato feito com Dirceu.
Área da quebra de sigilo
“Porém o mais grave é que um dos pontos físicos estabelecidos no pedido de quebra de sigilo, o que indicam as coordenadas fornecidas pelo MP-DF, corresponde ao Palácio do Planalto, sede do governo brasileiro”, diz a petição.
Os advogados também entregaram ao STF informações que mostram essa abrangência do pedido do MP, segundo as coordenadas fornecidas pela instituição.
“O absurdo da pretendida quebra de sigilo telefônico revela o quão indiscriminada, genérica e abusiva é a medida pleiteada pelo MP-DF, sem considerar, ainda, a sua absoluta falta de justa causa, uma vez que possui como base fática somente uma nota de jornal que já foi cabalmente investigada em procedimento que contou com a participação do Poder Judiciário e Ministério Público”, acrescenta a petição.

Acompanhe o site do MobilizaçãoBR. Curta, siga, compartilhe!


Twitter: @MobilizacaoBR

Nenhum comentário:

Postar um comentário