"Todo ser humano deveria ter uma pessoa com uma marreta para bater na sua porta e lembrar que existem pessoas infelizes e que, independente do quanto ela está feliz, a vida logo vai mostrar suas garras, algum infortúnio vai acontecer – doença, pobreza, perdas, e aí ninguém vai vê-la ou ouvi-la, assim como ela agora não vê nem ouve ninguém.” - personagem do conto gooseberries, de chekhov.
Existem momentos em que me bate uma felicidade imensa. quando vejo meu trabalho me permitindo liberdade, quando estou sentindo o cheiro da pessoa que me acompanha, quando estou nadando, quando estou tomando sopa, quando estou conversando com pessoas amigas, quando vejo tudo isso acontecendo calmamente. todos os dias sinto a felicidade se fazendo presente.
Momentos como estes me deixam preocupada. não quero que seja necessária uma martelada para lembrar que isso é um privilégio.
O desafio agora é:
Que a felicidade venha, passe, seja sentida. mas que ela não seja um prisão. que ela gere gratidão, mas sem que pra isso seja necessário deixar de ver e ouvir o outro ser.
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