Em números de partidos, governadores e tempo de propaganda eleitoral
Encerrado ontem o prazo para o fechamento de alianças e coligações e divulgado o balanço dos tres principais candidatos à Presidência da República na eleição deste ano, verifica-se que fracassaram por completo as intrigas, campanhas contra e torcida da oposição e mídia pela desestabilização da candidatura à reeleição da presidenta Dilma Rousseff.
Não vingaram o “Volta Lula”, movimento no qual tanto investiram; nem a torcida para que o PMDB, dentre os maiores partidos do país, se desgarrasse da base de apoio à reeleição da presidenta; nem as tentativas de aliciamento para captura de partidos menores que se desertassem do governo para engrossar o apoio às candidaturas de oposição.
O candidato tucano ao Planalto, senador Aécio Neves (PSDB-MG), esperou até a última hora que um partido de porte deixasse a base do governo para escolher nele seu companheiro de chapa e como isto não aconteceu, optou ontem pelo convite a um companheiro tucano mesmo, o senador Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB-SP), seu candidato a vice-presidente.
Aécio e Eduardo Campos não receberam os apoio que tanto esperaram
O candidato do PSB ao Planalto, ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não fez diferente. Marcou a convenção para homologação de sua candidatura para o sábado último, quase ao término do prazo para reforçar sua base de apoio partidário. Não adiantou nada, entra em campanha praticamente só com a sua parceira de chapa, a candidata a vice, senadora Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, que só se aliou a ele porque seu partido não preencheu as exigências legais e não obteve registro na justiça eleitoral.
Campos faz agora uma declaração que parece o velho ditado popular da raposa sobre as uvas verdes. Como não conseguiu mais partidos para a sua coligação, diz que o povo brasileiro não está interessados nessas alianças e coligações.
Encerrado o prazo, fracassadas todas as empreitadas para esterilizar a candidatura da presidenta Dilma, divulgado o balanço constata-se que ela começa a campanha pela reeleição com o apoio formal de nove partidos, quase metade do horário eleitoral gratuito de rádio e TV e como a única candidata cujas alianças fazem sua coligação ser a única entre as 11 candidaturas ao Planalto ter palanque próprio em todos os 26 Estados e mais o Distrito Federal no país.
O senador dos tucanos, Aécio Neves, contará com apoio de candidatos a governador em 21 unidades da Federação e Eduardo Campos, em 14. Não é nada, não é nada, para quem se viu às voltas com campanha contra como a presidenta Dilma enfrentou, já é uma grande e primeira vitória a comemorar.
da Equipe do Blog do Dirceu
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