A Operação "Alcateia Fluminense" da Polícia federal ocorreu nesta terça-feira (25), desbaratando um esquema de corrupção dentro da Receita Federal de Niterói (RJ).
Auditores que fiscalizavam empresas deixavam sonegar em troca de propina.
A corregedoria da Receita, que participou da operação junto com a PF, estima que a sonegação de impostos pode passar de R$ 1 billhão, ao longo de 15 anos de corrupção. Dez funcionários estão envolvidos, a maioria com mais de 20 anos de Receita.
“Quem pagou propina vai ter que pagar o imposto outra vez. Quem paga mal, paga duas vezes”, disse a superintendente regional da Receita Federal, Eliana Pereira. Já foram abertas 40 auditorias nessas empresas para refazer as cobranças.
A operação mobilizou 248 policiais federais e 54 servidores da Receita. Visou cumprir 29 mandados de busca e 35 de condução coerciva.
“Além de termos ouvido muita gente, conseguimos grande quantidade de material para juntar no inquérito que deve ser concluído até o final deste ano”, disse Roberto Maia, delegado da Polícia Federal em Niterói.
Os funcionários da Receita que forem culpados poderão pegar de 2 a 12 anos de prisão. Os empresários que corromperam, além de terem que pagar o imposto devido e com multa, devem responder criminalmente por corrupção ativa.