Paulo Henrique Amorim - daqui para frente é assim; daqui prá trás é assado

no Conversa Afiada

A OAS pode quebrar.
Se sobreviver, ficará do tamanho que tinha quando era a Obras do Amigo Sogro – quando ACM era governador da Bahia.
A UTC pode quebrar.
A Camargo Corrêa deve abandonar o setor de construçao pesada, para sobreviver em outras atividades.
A situaçao da Odebrecht, a maior de todas, é delicadissima.
Ela não tem a opção de “sair” da construçao pesada e se dedicar, por exemplo, à petroquímica, à Braskem.
Não paga as contas …
A Odebrecht é, na essencia, uma empreiteira.
A Odebrecht tem uma divida de R$ 80 bilhões, com R$ 100 bilhões de faturamento.
O que não é muito diferente do que acontece com todo o setor da construção pesada: as empresas costumam dever 80% de seu faturamento, são “alavancadas” demais.
Por quê ?
Porque elas vivem obra-a-obra.
Porque acreditaram – como todo o Brasil ! – na demanda gerada pela Petrobras e induzida pela Petrobras.
O que a Lava Jato e o PiG conseguiram ?
A Petrobras tem aproximadamente R$ 130 bilhoes em contratos de obras já realizadas ou devidas – e não paga!
Os fornecedores estão com a língua para fora !
Não recebem.
Agora, o Ministério Público resolve cobrar delas R$ 4,5 bilhões, na lata !
O efeito disso tudo já é do conhecimento geral: as empreiteiras brasileiras quebram, a Petrobras leva um tiro no peito, as obras de infra-estrutura ficam estagnadas, o Brasil mergulha em profunda recessão e a Dilma cai.
(No caminho, como se vê em “utensilios do ‘método Moro”, encarceram o Lula, para impedir que se eleja em 2018.)
A Petrobras se enfraquecerá de tal forma que se submeterá a uma privatização “branca”.
O que significa entregar o pré-sal à Chevron, como prometeu o Cerra.
Retirar a condição de única exploradora do pré-sal.
Rasgar a regra do “conteúdo nacional”.
Portanto, desfazer a obra histórica do Presidente Lula, que devolveu a Petrobras ao povo brasileiro: retomou-a do entreguista Fernando Henrique Cardoso e dos investidores da Bolsa de Nova York (clique aqui para ler três dos pecados do entreguista FHC).
Sem menosprezar a gigantesca fenda que se abrirá no sistema financeiro.
Onde é que essas empresas “se alavancam” ?
Nos bancos !
Quais e quantos bancos podem quebrar ou definhar com a expansão dessa crise ?
A quebra das empreiteiras e o desmanche da Petrobras podem repercutir de forma avassaladora sobre o sistema bancário nacional.
O “método Moro” e a cumplicidade do PiG conseguiram, portanto, armar a “tempestade perfeita” !
Dá para evitar ?
Daria.
Daria para passar a regua e estabelecer uma linha de fronteira: daqui pra tras será assim, e daqui pra frente será assado.
Para punir os culpados, punir as empresas, mas salvá-las e à Petrobras.
Como ?
Trancar numa sala o Ministério Público, o CADE, a CGU, a OAB, o Presidente do Supremo, o do Congresso – e o Governo.
E o Governo perguntar: vocês querem quebrar o Brasil ?
Querem desempregar o netinho de vocês, aquele que estuda engenharia na POLI ?
Querem empregar os metalúrgicos de Cingapura ?
Comprar parafuso da Haliburton ?
Ou vocês acham que o desempregado vai ser só do trabalhador que está no canteiro de obras – paradas - do Comperj?
O “Governo”, é óbvio, implica em que a Polícia Federal dos delegados aecistas seria devidamente representada na reuniao…
Trancados nessa sala, se formularia uma “solução de beira de abismo”.
Com aplicação imediata.
Ratificada no Congresso e no Supremo.
Dirá o amigo navegante: ora, ansioso blogueiro, ouvis estrelas …
Então, amigo navegante, já que falaste em estrelas…
Vamos sonhar !
Vamos imaginar que Evandro Lins e Silva fosse o Ministro Chefe da Casa Civil.
Como foi do grande presidente João Goulart.
Que o ministro da Justiça fosse o Tancredo Neves, o Tancredo ministro da Justiça de Vargas.
Que Delfim Netto fosse o Ministro da Fazenda.
Um dos últimos ministros da Fazenda com visão de Estado.
(Independente de “que Estado”…)
O Raymundo Faoro fosse o Presidente da OAB.
E Petronio Portella, presidente ad hoc dessa Comissão de Salvamento.
Portella foi contra o Golpe de 64, como governador do Piauí, e, depois, na presidência do Senado e Ministro da Justiça de Figueiredo negociou – com Faoro – a transição para um regime menos autoritário.
Ou que o Gilmar Mendes trocasse de sinal.
Em lugar de promover  a ediçao de um livro sobre o impeachment resolvesse impedí-lo.
Ou que o Lula apitasse mais – do lado de fora.
Sentado na modesta sala do Instituto Lula.
E, agora, amigo navegante … dava passar a régua ?
As reuniões poderiam ser em Yalta.

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