Texto muito interesse, mas só serve de fato ao que ele é, uma ficção.
Muito legal dizer, faça isso, faça aquilo, mas o mundo real é diferente, é mais duro ainda do que aquele que a gente vê na telinha.
- Se livrar dos que a colocam na parede? Se assim fosse fácil já teria feito, a presidente até tentou isso, e o que ocorreu? O ex-ministro da educação Cid Gomes o bem disse, foi achacada.
- E como é se livrar dos corruptos? Eles andam com a inscrição na testa? Tipo: sou desonesto!
As únicas pessoas que têm certeza absoluta de quem são os honestos e desonestos, são quem foram às ruas, protestar, protestar para que a presidente renuncie, para que haja um impeachment, para que abominação seletiva prevaleça.
Outra pergunta é: como separar o joio do trigo? Criar mais mecanismos de controle? Ótimo, concordo, mas o país não pode gastar todas as suas fichas em órgãos de controle, o Brasil ficaria ainda mais caro do que já é. Tem de se punir quando se descobrir, mas em qualquer empresa, em qualquer país, em determinados pontos e determinados volumes, a confiança ainda tem de prevalecer. Fecha-se o cerco aos grandes volumes, mas pune-se a todos que forem pegos metendo a mão no dinheiro público.
A presidente tem agido, devagar, concordo, acabamos de chegar nos primeiros 100 dias, mas a batalha está grande para paralisá-la, e creio, que de certo modo há um sucesso quanto a isso, a operação Lava à Jato é o maior exemplo disso, não basta prender os ladrões do dinheiro público, tem de quebrar as empresas, cujos donos participaram do esquema, tem de se demitir os funcionários, tem de se paralisar todas as obras, tem de se parar o país. Pergunto, isso é sensato? O dinheiro vale mais que as pessoas? Não, não vale em lugar nenhum do mundo, já vimos inclusive isso aqui, no socorro aos bancos no período FHC, não foi pelo dinheiro, tem um documentário, grande demais para quebrar, esse texto, está no mesmo caminho das ruas, simplificando tudo em algumas palavras, mas a vida, ou melhor, o governo, as negociações entre entes e instituições, são infinitamente mais complexas.
Então, se eu fosse você, daria uns conselhos ao pessoal da telinha, deixando de promover o ódio e as notícias convenientes, pediria que se mostrassem os dois lados da moeda, explanaria o que é maturidade política e como deve ser uma discussão inteligente e moderada sobre política, ideologia e rumos de uma nação, e talvez, teríamos mas realidade e menos ficção em textos sobre política, economia e Brasil.
por Robson Lopes
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