Procurador Geral da República sofre retaliação por investigar não petistas

do GGN

- Que defendam a quadrilha (togada ou do MPF, 99% de bandidos) não me iludo com essa máfia -
O procurador-geral Rodrigo Janot é alvo de "retaliação" na Câmara por ter instaurado inquérito contra "50 autoridades pública", sendo 23 deputados federais. Segundo informações da Folha de S. Paulo desta segunda-feira (11), o Congresso pretende aprovar até junho uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que impede a reeleição do chefe da Procuradoria Geral da República, comprometendo a permanência de Janot na Operação Lava Jato. O mandato do PGR termina em setembro.

"A cara de pau não tem limites: agora querem aprovar uma emenda constitucional que impede a reeleição do procurador-geral da República - no caso, Rodrigo Janot, que pediu investigação sobre quase 50 autoridades públicas (23 deputados) na Operação Lava-Jato. Retaliação mais direta impossível", criticou o deputado federal do PSOL, Chico Alencar.

Segundo a Folha, a PEC - que inclui proposta de limitar o mandato de ministro do Supremo Tribunal Federal em 11 anos, ou até que se atinja a idade máxima de aposentadoria, os 75 anos - será apresentada esta semana, e o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade) é responsável por coletar as 171 assinaturas necessárias à aprovação da proposta. "A recondução de um procurador-geral já viciado não é boa para o Ministério Público. É importante que haja uma oxigenação", disse Paulinho.

O jornal destacou que Paulinho é aliado de Eduardo Cunha (PMDB). O presidente da Câmara, desde que apareceu na lista de políticos da Lava Jato, tenta desqualificar a atuação do PGR, sugerindo que Janot foi influenciado pelo governo a instaurar inquérito contra peemedebistas. Cunha negou que tenha algum papel no encaminhamento da PEC que pode derrubar Janot da Operação, ou que tenha a intenção de retaliá-lo.

Se a recondução de Janot for viabilizada pela presidente Dilma Roussef, ele poderia atuar por mais dois anos na Procuradoria Geral, e teria mais tempo para continuar as investigações contra político na Lava Jato, já que este trabalho está em fase inicial.

Segundo Paulinho da Força, "a emenda tem o apoio do bloco liderado pelo PMDB na Câmara, formado também por PP, PTB, PSC, PHS e PEN", bloco que tem votado com Eduardo Cunha em matérias que contrariam os interesses do governo Dilma. Paulinho e o grupo também são responsáveis por aprovar a convocação de Janot à CPI da Petrobras, como forma de desgastar ainda mais o PGR.

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