Duas notícias alvissareiras vieram do Congresso Nacional.
A primeira delas foi a aprovação da nova meta fiscal, que destrava o orçamento da União.
A segunda foi a liberação de um dos pedidos de impeachment por Eduardo Cunha, em vingança contra a decisão do PT de votar pela continuidade de seu processo de cassação no Conselho de Ética.
A oposição de direita e os desgarrados do centro precisarão reunir 342 dos 513 votos para aprovarem a admissibilidade do impeachment, sob a batuta de um homem marcado por denúncias fortíssimas de corrupção e movido pelo rancor.
Além do mais, as bases materiais do pedido são fraudulentas, referindo-se a supostas irregularidades fiscais que não foram ainda julgadas pelo TCU.
O campo governista precisa de apenas 172 votos para derrotar o impeachment. Se não for capaz de reuni-los, ainda mais em uma situação tão movediça para o conservadorismo, é porque o governo já não tem mais condições de dirigir o país.
A partir de agora, cabe apostar na mobilização dentro das instituições e nas ruas, para derrotar simultaneamente o golpismo e a chantagem, reconstruindo por baixo a governabilidade necessária para voltar ao programa eleito em 2014.
Os comparsas de Cunha estarão com ele?
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