no site jurídico Conjur: MP - Ministério Público - omitiu depoimento de Paulo Roberto Costa para incriminar Marcelo Odebrecht
“Ao transcrever a delação de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, na operação “lava jato”, o Ministério Público Federal deixou de fora trecho no qual ele diz que Marcelo Odebrecht nunca esteve relacionado à corrupção investigada na Petrobras. “Nunca tratamos de nenhum assunto desses diretamente com ele” e “ele não participava disso”, diz Costa, quando questionado sobre Odebrecht”.
A fala do delator está registada em vídeo reproduzido no site e que reproduzo ao final do post.
Nabor Bulhões, advogado de Marcelo Odebrecht, está pedindo acesso a todos os vídeos dos depoimentos de Costa e outros delatores para verificar se o que disseram está transcrito nos relatos do Ministério Público ou se houve, como neste caso, omissões que bem poderiam levar o apelido de “podemos tirar, se achar melhor”, como ficou ridicularizado na matéria de agência Reuters onde se faziam referências a Fernando Henrique Cardoso.
Na sua petição, Bulhões reproduz o termo de depoimento apresentado do MP onde Costa diz que teve contatos com dirigentes da Obebrecht mas omite o que disse sobre Marcelo Odebrecht, embora tenha sido diretamente inquirido sobre isso:
Trecho do vídeo (omitido na transcrição do termo):
“Procurador: Com a Odebrecht tinha contato com…
PRC: Marcio Faria e Roberto Araújo…
Procurador: Mas e o Marcelo Odebrecht?
PRC: Uai, eu conhecia ele, tive algum contato com ele, mas nunca tratamos de nenhum assunto desses diretamente com ele…[balança a cabeça em sinal de negativo]
Procurador: Não?
PRC: Eu conheço ele porque fui do conselho da Braskem que é uma empresa da Petrobrás e da Odebrecht, ele era o presidente e eu o vice-presidente do conselho… então, eu conheço ele, mas nunca tratei de nenhum assunto desses [refere-se a propina] com ele, nem põe o nome dele aí porque com ele não, ele não participava disso…
Alguém ainda precisa de esclarecimentos sobre a razão do manifesto dos advogados reclamando de arbitrariedades na Lava Jato?