Punição para os conspiradores

Numa democracia séria, a cúpula do PMDB, incluindo Temer, Eduardo Cunha, Sarney, Romero Jucá, junto com Aécio Neves e outros personagens sombrios do conglomerado que se articula em torno do PSDB estariam presos e julgados por conspiração contra o Estado e contra a democracia. Até mesmo juízes do STF e o Procurador Geral da República estariam sendo investigados e sob o risco de prisão por conspiração. As gravações de Sérgio Machado não deixam dúvidas de que houve uma ampla e criminosa conspiração contra o Estado e contra a ordem democrática. Se não forem derrubados e presos nos próximos meses em consequência da luta política e da desobediência civil em curso terão que ser presos e julgados num futuro governo democrático.

Não se poderá incorrer no mesmo erro que se incorreu com aqueles que cometeram crimes no regime militar. Nenhuma anistia futura deverá livrar os golpistas de hoje de condenações amanhã, quando a normalidade democrática e constitucional for restabelecida. O ativismo político e social progressista e os intelectuais honestamente comprometidos com o Estado de Direito devem defender abertamente e cobrar das autoridades a necessidade de deter e julgar os golpistas. É até mesmo conveniente que se instaure um tribunal popular, dado o possível comprometimento do STF com o golpe, para que os conspiradores sejam julgados num ato de julgamento cívico e político. Continua>>>

Um comentário:

  1. O que era considerado "golpe" apenas pelo fato de não haver crime nas acusações do impeachment, começa agora a tomar a forma de "golpe" mesmo, ou seja, com motivação, quadrilha e ações específicas. O post aqui é, até agora, o mais específico em relação ao "golpe" estruturado, sujeito a acusação e punição. Acontece que hoje estamos a meio caminho de configurar o "golpe" em todos os seus aspectos, pois há grampos, mas não há provas ainda contundentes. A declaração de Dilma para a intimação de Rosa Weber (STF) sobre os motivos que levam Dilma a falar em "golpe" terá aqui uma boa demonstração para nos indicar em qual ponto estamos, entre um golpe conceitual, pela falta de crime, ou um golpe estruturado, com indicação de nomes e fatos.

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