A carta de vinhos do Boulud tem um Domaine Romanée Conti, 2011, por US$ 13,500
O notável trabalho do Chico Otávio no Globo de descrever a extensão e a profundidade da roubalheira do Serginho Cabral, aquele que gosta de rico, levou o ansioso blogueiro a meditar sobre outros governadores que, fatalmente, serão visitados – ou pelo Chico Otávio ou pela Lava Jato, já que Cabral arrombou a porta do Palácio do Planalto.
O primeiro alvo do Chico Otávio, já que estamos no PMDB do Rio, será o gatinho angorá, que operou quando estava numa diretoria da Caixae, mais tarde, quando dirigia o Ministério da Aviação Civil, do Governo Dilma (são todos traíras) e foi premiado com um grampo da OAS, indignada com a escrachada preferencia ministerial pela Odebrecht.
O trabalho de um bom repórter no Rio, São Paulo e Minas poderá analisar o que o gatinho angorá, Aecím, o mais chato e o Padim Pade Cerra, que recebeu a ninharia de R$ 23 milhõesda Odebrecht na Suíça fizeram quando eram governadores de Estado.
A gangue do Serginho Cabral tinha uma amplitude horizontal e uma penetração vertical.
Ela tomava dinheiro horizontalmente – em TODAS – as obras do Governo.
E penetrava horizontalmente em toda a linha da burocracia governamental – de secretários de Estado a juízes do Tribunal de Contas!
Um fenômeno!
Mas, não raro, nem original.
É aí que devem entrar os repórteres de Minas e de São Paulo – se é que existem, pois o reportariado brasileiro se transformou num sindicato de vazadouros.
É muito provável que Moreirinha, Aecím e Cerra operassem com a mesma horizontalidade e verticalidade.
Em TODAS as obras (relevantes, gordas, é claro) e com a profundidade de beneficiar todos os necessários às diversas etapas do roubo – desde a captação, à guarda e a ocultação da Justiça.
É possível que só o Serginho e sua gangue do Rio chegassem ao requinte de contratar empresas de guardar valores, tipo Brink's, para esconder grana em dinheiro – os políticos corruptos gostam de dinheiro vivo!
Essa seria uma contribuição original do Serginho à corrupção mundial…
Mas, como ele, é bem possível que Moreira, Aecím e Cerra operassem com a mesma amplitude.
E todos com o emprego de familiares.
Serginho e a mulher, Aecím e a irmã, Cerra e a filha. Moreirinha talvez recorresse à colaboração na equipe imediata de ex-comunistas que o cercavam no Palácio Laranjeiras e, depois, se tornaram prósperos proprietários rurais.
(Uma vez, Moreira, governador, convidou um jornalista para fazer parte de sua equipe. O jornalista se recusou. Mas, no meio da conversa, o gatinho angorá lhe disse: um homem só pode ficar tranquilo depois de ter uma reserva de US$ 10 milhões.)
(Um dia no calçadão da praia de Ipanema, Ronaldo Cesar Coelho, operador de Cerra, assim como Márcio Fortes disse ao ansioso blogueiro: o Moreirinha fez a opção preferencial pelos ricos.)
(Quem sabe, mesmo, da vida do Moreira é o Eduardo Cunha)
(E o FHC da Privataria que contou ao ACM aquela metáfora do cofrinho)
(Agora, amigo navegante, qual empresário minimamente sério vai fazer uma PPP com o gatinho angorá?)
Os quatro são deslumbrados.
Fascinados com o mundo das celebridades e a ostentação.
Dos quatro, só o Aecím nasceu em berço de ouro.
Mas, também gosta de rico e de construir aeroporto para ir à sua Versailles.
Cerra se veste como um sem-teto no Brasil, mas, em Nova York, janta no Café Boulud.
O gatinho angorá tem uma queda por pequenos hotéis da Rive Gauche, em Paris, e a vista da Lagoa Rodrigo de Freitas.
São gente finíssima (depois de acumular US$ 10 milhões, provavelmente…)
Não são como os Picciani, também do Rio, que recebem propina com o superfaturamento de gado.
Cabral arrombou a porta do Palácio.
Mais do que isso, revelou um método de Governador roubar que pode servir de pista para o Chico Otávio – e os lavajateiros.
Vamos ver se eles tem peito pra subir a rampa do Palácio!
Pra encanar tucano gordo, já é preciso mais do que peito...
PHA
Nenhum comentário:
Postar um comentário