A nova investida contra Michel Temer cumpre muitas funções (em ordem crescente de especulação:
- 1) Devolve à Lava Jato o poder absoluto sobre a produção da agenda política.
- 2) Serve de insígnia da pretensa "imparcialidade" da operação, que atinge a todos sem distinção - como se Temer tivesse, para a direita, uma fração da dimensão que Lula tem para a esquerda.
- 3) Relembra ao usurpador que ele é um simples instrumento da coalizão golpista e não deve tentar abrir as asinhas.
- 4) Dada a vulnerabilidade de Rodrigo Maia, a eventual saída de Temer abre caminho para o empossamento de Carmen Lúcia na presidência da República, o que confirmaria de vez a tese de que o Judiciário ocupa, no golpe de 2016, a posição que foi dos militares no golpe de 1964.
- 5) Com o aumento da instabilidade política, reforça-se a ideia noblatiana de que "não há condições" para a realização de eleições.
- 6) Com uma "magistrada" no Planalto, um governo extraordinário seria mais fácil de ser vendido como legítimo - e todos poderíamos dormir tranquilos, sob uma ditadura "de tipo romano".
Pitacos da Vovó Briguilina: Todas as funções acima, atribuídas a nova investida contra Michel Temer são absolutamente reais. Mas, acredito que o primeiro objetivo é outro, muito mais claro e que jornalistas e comentaristas políticos estão passando batido. O objetivo número 1 desta jogada é: Entregar o tempo de tv ao candidato da máfia jurídico-midiática e da banca.
Hoje o candidato dessa Orcrim é Geraldo Alkcmin (Psdb).
Hoje o candidato dessa Orcrim é Geraldo Alkcmin (Psdb).