O momento político é de Ciro, por Gustavo Castanon

O xadrez na infância e a política na vida adulta nos ensinam a tentar pensar como o adversário.

Quem são nossos verdadeiros adversários? Nossos, do campo progressista? 

Na minha visão os EUA, o sistema financeiro e os golpistas.

Se vocês fossem eles, o que estariam tentando evitar a todo custo? 

Uma grande unidade do centro com a centro-esquerda que matasse as eleições e ainda garantisse governabilidade para o futuro governo eleito numa plataforma desenvolvimentista e anti-rentista.

Eles vão tentar evitar isso a todo custo.

Claro que há opções ao centro e à centro-direita. Claro que se alguém perguntar de Josué ou Steinbruch, Ciro será só elogios. Nós queremos e precisamos do apoio de todos os que estiverem dispostos a salvar o que sobrou de nossa soberania e indústria, e precisamos do empresariado conosco para transitar do rentismo de novo para uma economia voltada para a produção. Mas vice é outra coisa. 

Vice será unidade da centro-esquerda, palanques, tempo na TV e, principalmente, seguro de vida. Um vice precisa dar estabilidade política a um projeto nacional, não pode ser uma ameaça a ele. Esses aí só dariam uns minutinhos na TV isoladamente. 

Quem está anunciando apoio? Maia até é ingenuamente sincero: fala que o objetivo de um eventual apoio do DEM a Ciro seria afastar Ciro do PT. Então a imprensa chove nomes e perguntas: "Haddad vice? Maia vice? Steinbruch vice? Josué vice?

Olho na bola gente, isso tudo é um grande jogo. De todos os lados. 

Quem veicula essas notícias é a imprensa golpista e rentista. Não nós.

O objetivo é um só: implodir a união do campo popular no momento em que ela se torna uma possibilidade concreta.

Ao mesmo tempo o PDT e Ciro aproveitam para mostrar que estão cheios de opções.

Quem acompanha a rede com tratamento de dados e a vida política sabe que o momento depois da renúncia de Barbosa é de Ciro.

E ele sabe que a prioridade agora é PSB e PCdoB.

Mas também sabe que como diz o ditado, "Deus quando fecha uma porta, abre outra..."

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