Dias Tofolli, Carolina Lebbos e Leandro Paulsen |
Parabéns, magistrados, seguiram a regra exposta no despacho, constituíram os obstáculos possíveis, honraram seus iguais e impediram o ex-presidente Lula de render seu último adeus ao irmão querido.
Existe a lei, mas ela sempre pode ser reinterpretada, não é mesmo? Portanto, é certo que os nobres togados são craques no ofício, alunos diletos de Protágoras e Górgias.
Também é notável como estabeleceram uma relação de colegialidade pragmática entre a magistratura, o Ministério Público e as autoridades policiais.
Como ditou Epicuro, a vingança é a justiça do homem em estado selvagem. Ora, que celebremos, então, essa natureza do instinto, não é mesmo? Para que tantas amarras da civilidade?
Agora, Inês é morta. E Vavá, também, e já sepultado, sem que sobre ele se deitasse o olhar fraterno do apenado de Curitiba.
Parabéns, porque o sistema hoje matou também um pouquinho deste amado, mas também muito odiado, Luiz Inácio.
Prezados funcionários do Estado: nós que pagamos vossos valiosos salários, não contestamos autoridades, tampouco reivindicamos privilégios. No entanto, temos direito cidadão ao envio de uma mensagem.
Que vocês jamais precisem recorrer ao desespero do pranto, ou a uma justiça surda, para reclamar a presença diante de um ente querido enfermo ou tomado do convívio pelo Todo Poderoso.
Tal qual, que jamais seus filhos, pais e irmãos sejam apartados de vossos alvos túmulos na hora final. Desejamos vida longa aos agentes do poder Judiciário e que, no momento derradeiro, sejam assistidos por seus anjos e amores.
Por quê? Simplesmente porque somos diferentes. Perdura cá o sentido humano desta passagem mística pela materialidade. Somos filhos da solidariedade, militantes da empatia e nos fascinamos pelo bem.
E, sempre, rogamos ao pai perdão por estes irmãos e irmãs que, nas palavras do Nazareno, não sabem o que fazem
Walter Falceta
Vida que segue
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