A maior empresa do Pais vai fechar sua filial em São Paulo. Faz parte do delírio neoliberal do cabeção de planilha que dirige a empresa. A Petrobras não precisa estar em São Paulo, já que ele declara que vai vender as quatro refinarias da Petrobras no Estado.
A Petrobras foi criada por Lei do Congresso, apoiada inclusive pela UDN, maior partido conservador da época e sua privatização só pode ser aprovada por Lei do Congresso.
Os fanáticos neoliberais encontraram um atalho para privatizar a Petrobras sem passar pelo Congresso, vão vender os ativos da empresa deixando a casca vazia.
A PETROBRAS é uma grande empresa de petróleo integrada, vai da produção à distribuição, assim como a Exxon, Shell, BP, Total, ENI, Chevron. O valor de uma empresa de petróleo está na sua integração, do poço ao posto. Desintegrar a empresa anula seu valor, as grandes do petróleo são integradas, o valor está na integração.
O Brasil é o 2º mercado mundial para óleo diesel que é hoje quase todo importado dos EUA porque a Petrobras acha que isso é mais interessante.
Interessante para quem? A logica seria investir mais no refino para produzir o diesel no Brasil, a Petrobras foi criada para dar ao Brasil auto-suficiência em combustíveis e não para agradar acionistas em Nova York. Mas o cabeção de planilha já disse que a Petrobras deve vender suas refinarias, quebrando a integração que é a LÓGICA das grandes companhias de petróleo – o lucro vem da integração e não de negócios isolados.
Os doentes do neoliberalismo não admitem a existência da Petrobras, cujo maior valor é o MERCADO BRASILEIRO DE COMBUSTÍVEIS, que ela domina, um dos maiores mercados do mundo, cujo valor estratégico é gigantesco.
Ao desintegrar a empresa estão entregando seu mercado DE GRAÇA a outros grupos, todos com ligação estrangeira. A principal interessada nos ativos da Petrobras é a COSAN, associada a Shell. Os congressistas devem ser alertados por esse “passa moleque”, que se completará com a venda da grande BR DISTRIBUIDORA, o coração estratégico capital de giro da Petrobras, que domina 80% do mercado de combustíveis do Brasil.
O cabeção de planilha, muito à direita de Paulo Guedes, com sólida fama de antipatia e arrogância, disse que se a Petrobras precisar de alguma atividade em São Paulo pode usar escritório compartilhado, desses que se aluga por dia, usado por despachantes e corretores.
No mundo real e não das ideologias, hoje as reservas de petróleo do mundo pertencem 91% a empresas estatais. Saudi Aramco , estatal, é a maior petroleira do mundo, segue-se a PEMEX do México, a ENI, da Itália, a NIOC, do Irã, a STATOIL da Noruega, a RUSSNEFT, da Russia, das 20 maiores empresas de petróleo do mundo 13 são estatais, inclusive as quatro primeiras, todas chinesas, como SINOPEC e China National Petroleum.
Privatizar a PETROBRAS vai contra toda a lógica mundial que viu nos últimos 50 anos crescer extraordinariamente o peso das empresas estatais contra as SETE IRMÃS do anos 50.
A Petrobras já vendeu muitos pedaços, os oleodutos e gasodutos foram vendidos ou estão a venda, as importantes subsidiarias no exterior, como a da Argentina, já foram vendidas, fabricas de fertilizantes, a petroquímica BRASKEM, maior da America Latina. A PETROBRAS está encolhendo até desaparecer, marca da desastrosa gestão Pedro Parente, que causou a crise dos caminhoneiros, com enormes perdas do PIB, por focar toda a administração da empresa no interesse dos acionistas minoritários estrangeiros da Bolsa de Nova York e não no interesse do Estado brasileiro que tem 64% das ações da empresa. Se acharam a gestão Parente ruim, esperem pela de Castelo Branco, que vai surpreender pela ousadia destrutiva.
Os 600 funcionários da filial São Paulo da Petrobras serão “realocados”, uma piada para provocar a demissão voluntaria, engrossando o já oceânico rol dos desempregados do Brasil.
Alega o CEO da Petrobras que seu único interesse é o pre-sal, que só existe porque em algum momento da vida da Petrobras gestores com visão estratégica ARRISCARAM sem garantia de retorno investir em uma aventura no meio do oceano, algo que JAMAIS seria feito por cabeças de planilha focados exclusivamente no balancete trimestral e sem nenhuma visão estratégica. A historia do pre-sal mostra o valor de dirigentes de perfil estratégico, o oposto dos cabeças de planilha bitolados, sem noção de Pais ou do setor, oriundos do mercado financeiro, figurino do atual presidente da Petrobras.
Agora diz ele que seu único interesse é o pre-sal, já todo retalhado com empresas estrangeiras, um recurso finito, enquanto que o mercado brasileiro é o valor infinito que ele quer doar.
O desmonte planejado da Petrobras é uma marca cruel e simbólica do desmonte geral do Pais nestes tempos sombrios.
Jamais antes, em nenhum governo, se juntaram debaixo de um só guarda chuva tantos operadores de mercado financeiro para cuidar com exclusividade da economia.
NENHUM pensador estratégico para atrapalhar o desmonte, seremos o grande Haiti do mundo.
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A maior empresa do país não ter uma filial no estado mais rico? Sinceramente, é inexplicável.
Todo mundo quer ser bom, mas da lua só vemos um pedaço
Vida que segue...
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