A primeira coisa que quero “confessar” nesse artigo é a sensação que me dominou desde o domingo à noite, quando li, no GGN, um post sobre as bombásticas revelações de Glenn Greenwald sobre as promíscuas relações entre o ex-juiz Sérgio Moro e o “temente a deus, pai e marido apaixonado”, o procurador Deltan Dallagnol: senti-me de “alma lavada”.
Centenas de amigos expuseram o mesmo, e cabe ressaltar aqui um detalhe importante sobre a “sensação epidêmica” de euforia, uma espécie de “catarse” coletiva de todos os que ansiavam por um momento épico banhado em justiça e verdade: não é apenas o fato de Moro e os procuradores se cobrirem repentina e definitivamente de opróbrio a nossa alegria, não somos tão mesquinhos assim… É uma espécie de ALÍVIO, pelo fato das coisas “entrarem no seu eixo normal” – traduzindo: é a satisfação de vermos de modo absoluto e irreversível, A VERDADE TRIUNFANDO SOBRE A FARSA E OS FARSANTES, porque sem a verdade (comprovada!…) não há como termos a “sensação de justiça”.
O próprio Lula declarou emocionado, que “não queria sair da prisão sem ver o cinismo e a perfídia de Moro e os procuradores da Lava Jato, revelados integralmente”. Teve seu sonho parcialmente atendido pelo The Intercept e o jornalista Green Greenwald.
Precisávamos dessa catarse, desse alívio, desse “lavar a alma” que só a colocação da VERDADE no pedestal que ela sempre merece, nos proporciona. Lula já está totalmente absolvido pelos fatos, pela História, na mesma proporção em que, ETERNAMENTE, estão cobertos de vergonha e ignomínia, de desonra, Moro, Dallagnol, a Globo, os procuradores da Lava Jato e, por tabela, os desembargadores cretinos do TRF4 e os covardes ministros do STF, todos cúmplices do que se sabia, mas só agora veio à luz de maneira irrefutável – faça a Globo os esforços patéticos de retórica que quiser….
Dito isso, vamos a Mefistófeles e sua dança final com Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. Não é que o matreiro demônio permitiu-se ser debochado dessa vez ao cobrar a fatura dos que lhe venderam a alma…? É de uma IRONIA INDIZÍVEL, o fato do castelo de areia de Moro e Dallagnol desmoronar tendo como ferramenta o vazamento de informações sigilosas. Coisa de que só Mefistófeles seria capaz!
Todo o reinado, a celebridade, a fama, os holofotes, as vitórias sobre seus inimigos, conquistados pela dupla veio desse artifício: a manipulação da sociedade através do vazamento de informações escolhidas a dedo, não importando jamais o serem ou não verídicas, o serem ou não sigilosas aos olhos da Lei, nada importava, apenas se cumpririam ou não os objetivos: blindar os amigos, destruir a reputação dos inimigos, manipular os sentimentos da sociedade, criar um ambiente de ÓDIO E NOJO em relação à Dilma, a Lula, ao PT… – NÃO HAVERIA LAVA JATO SEM O VAZAMENTO DE INFORMAÇÕES À GLOBO!
Como não haveria a MORTE SIMBÓLICA DA LAVA JATO sem o vazamento das informações conseguidas pelo The Intercept.
Mefistófeles deu com a mão esquerda e com a mão direita, retirou tudo o que antes havia concedido… Acabou-se a celebridade positiva, agora é a era da vergonha, acabou-se o tempo do poder absoluto, vem aí o tempo de se defenderem em desespero, acabou-se a fama de justiceiros, entramos no tempo em que serão vistos como conspiradores sujos, mentirosos, cínicos, farsantes…. Nada sobrou!
Cruel como sempre, dessa vez Mefistófeles usou de um deboche inenarrável!
Foi merecido o fim que tiveram….
"As vezes caio, mas me levanto e sigo em frente, nunca desisto, porque a mão que me ampara não é a do cão, é a de Cristo"
Vida que segue...
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