Em sua fracassada tentativa de fechar um acordo de delação na Lava Jato, o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), que está preso há três anos, atribuiu irregularidades a cerca de 120 políticos e disse ter arrecadado R$ 270 milhões em um período de cinco anos para repartir com correligionários e aliados, sendo 70% via caixa dois.
O processo contra ele na Câmara se arrastou até setembro de 2016, quando o plenário da Casa votou pela cassação. Ele foi preso por ordem do então juiz Moro um mês depois de perder o mandato. Em abril daquele ano, comandou como presidente da Casa a sessão na qual a Câmara votou pelo impeachment da então presidente Dilma.
Artífice do afastamento da petista, na delação Cunha atribui papel de destaque ao empresário Joesley Batista, da JBS, na articulação pela chegada de Temer ao poder.
Afirma que Joesley, que mais tarde viraria delator, buscava emplacar no Ministério da Fazenda do futuro governo Henrique Meirelles, que naquele ano presidia o conselho de administração da controladora da JBS. Cunha diz que, por ter conseguido convencer Temer dessa nomeação, obteve junto ao empresário promessa de “crédito ilimitado”.
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