A política brasileira já foi colocada em outra dimensão. Pode ser até que Kassab e áreas do PSD venham a se tocar da gravidade que vive o Brasil neste momento.
O que há de real é que a política praticada em nível superior, até mesmo pelas circunstâncias vividas pelo Brasil, está arrastando tudo.
Na situação em que se encontra a política em São Paulo, em termos pragmáticos, os caminhos já estão se fechando.
Alckmin é forte candidato ao Governo de São Paulo. Mas somente teria viabilidade ao lado de Lula.
Se Alckmin cogitar ficar ao lado de outra candidatura, como o Pacheco do Senado, será tragado pelos acontecimentos que cercarão a candidatura de Lula e, em consequência, de Haddad ao governo do Estado.
É evidente que para nós do setor popular seria o melhor dos mundos um projeto nítido, cortante, de avanços sociais e anti-imperialista de maneira irretorquível.
Aliás, o Brasil e o povo brasileiro bem o merecem.
A sensibilidade do Lula está a nos apontar que o projeto de avanços seria melhor alcançado com mais firmeza mas sem os sobressaltos que desde o golpe contra Dilma e as mazelas do governo Bolsonaro estão marcando o Brasil.
Os ventos superiores da política estão conduzindo os diálogos entre Lula e Alckmin, mesmo que até aqui tenham sido apenas imaginários. Não importa.
O que importa é o bom senso e a compreensão superior da política.
A política tudo arrasta quando se encontra em seu leito natural, quando não é perturbada por golpes ou armações desavergonhadas.
Assim é a República. Brizola chamava isso de “processo social”.
por Vivaldo Barbosa
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