Nós, principalmente da região Sul do Brasil, loirinhos dos olhos claros, cabelos caucasianos, estatura alta, sobrenomes que “parecem” ser chiques, somos todos descendentes de imigrantes, de refugiados, de pessoas “lascadas” na vida que não tinham como sobreviver em seus países de origens e vieram para cá em buscas de políticas públicas que atendessem os menos favorecidos, essas mesmas políticas que muitos de nós, “por ter tido sucesso na vida”, como disse Raul Seixas, negamos e achamos ser um despropósito, um “prejuízo para o mercado”. Os nossos antepassados eram iguaizinhos e não diferem em nada dos haitianos, venezuelanos, bolivianos e tantos outros que, hoje, vemos pelas ruas e discriminamos. Muitos, muitos e muitos de nós, além de sermos descendentes dessas pessoas, temos sangue índio, negro, mulato e/ou latino em nossos DNA,s devido aos casamentos interraciais. Então, antes de ser um racista, um xenófobo escroto ou burguesinho metida a besta. Dá uma olhadinha no espelho e imagine a miséria, a discriminação e a violência de onde saíram os nossos bisavós, avós e pais. Quem sabe na sopa de origem étnica, onde estão mergulhados os nossos DNA,s ou refletindo sobre a condição social em que viviam as pessoas que estão nos retratos, nos quadros dependurados em nossas paredes, encontremos um vislumbre de consciência e verdades.
Tim, Tim!
Daufen Bach
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O que tem de gente julgando-se melhor que os outros não tá no gibi
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