Luis Nassif: xadrez do segundo turno



(...) e a comunidade amish de Bolsonaro

Toda eleição prolongada é composta por ondas sucessivas, algumas pequenas, outra que ganham dimensão e refluem, outras que se tornam vitoriosas. Foi assim em quase todas as eleições pós-ditadura, embora o resultado final consolidasse a polarização PT x PSDB.
Nesses tempos todos observou-se o fenômeno breve de Mário Covas e Guilherme Afif em 1988, Garotinho, Ciro, Marina em outros momentos.

Essa eleição teve três ondas nítidas.
A primeira, pró-Bolsonaro após a facada.
A segunda, pró-Haddad depois de oficializado como candidato a presidente.
A terceira pró-Bolsonaro, provavelmente como reação à consolidação de Haddad, aos ataques dos demais candidatos, aos vazamentos da dupla Sérgio Moro-Globo, reavivando o clima da Lava Jato e as fantásticas passeatas das mulheres contra Bolsonaro.
Vamos tentar entender melhor esse motivo final.

Peça 2 –os porões da opinião pública

1.     Há um aspecto interessante nas denúncias. Denúncias de pessoas contra seu próprio campo são mais aceitas que contra o campo adversário. Um analista neutro ou progressista criticando o PT tem mais credibilidade que um Merval da vida. E vice-versa.
2.     Os bolsonaristas são essencialmente anti-sistema. O que seria o sistema? Os partidos políticos, incluindo PT, PSDB e PMDB, é claro. A Justiça, as instituições em geral, a mídia e os chamados leitores incluídos no mercado de opinião pública, aqueles nacos de público moderno, moralmente avançado, refletido nas novelas da Globo e nas manifestações de artistas. A TV Globo é sistema. Qualquer denúncia contra o sistema pega. Contra Bolsonaro, não.
Com ajuda profissional ou não, os bolsonaristas vem montando há tempos seu microssistema de informações através de grupos de WhatsApp, Telegram e Youtube. É um mundo novo, onde notícias falsas se misturam com verdadeiras, com teorias da conspiração, por mais inverossímveis que sejam. Quem define o que é verdade ou não é a própria comunidade. É uma imensa bolha que junta comunidades, tipo amish, apartadas do mundo moderno e vivendo de acordo com seus próprios códigos. Mas, ao contrário dos amish, alimentados em ódio permanente.
E nem se imagine apenas populações pouco instruídas dos sertões. Essa ignorância cívica pega desembargadores de tribunais, pequenos e médios empresários (os grandes estão de longe nos bons negócios que podem se abrir), e uma classe média que ainda acredita no mito do comunista-comendo-criancinha.
Seria apenas uma excrescência não tivesse envolvido metade do país. Tudo isso possível graças ao processo de degradação da notícia que ocorreu com o jornalismo de esgoto dos grandes veículos e os programas sensacionalistas da TV aberta e o caos que se instaurou no mercado de opinião com o advento das redes sociais. Mas, principalmente, pela falência das instituições.
É por isso que uma manifestação épica, como a das mulheres, provoca uma contrarreação maior nas profundezas do país. É bem possível que se encontre aí as explicações para o aumento da rejeição feminina a Haddad.
Mas aí já é tema para os cientistas sociais explicarem mais à frente

Peça 3 – as novas ondas

O que interessa é daqui para frente.
Hoje, a pesquisa IBOPE mostrou alguma estabilização na última onda, com Bolsonaro e Haddad mantendo-se na margem de erro e, no segundo turno, um empate técnico, mas com Haddad levemente na frente. Significa que a segunda onda Bolsonaro pode ter chegado ao pico sem garantir a vitória no 1º turno.
Partindo-se para o 2º turno, haverá  uma nova onda Haddad, juntando todos os atemorizados por Bolsonaro.
Haverá os seguintes atores políticos tentando brecá-la:

Sérgio Moro – não se tenha dúvida que vazará mais delações de Haddad. Moro se tornou o símbolo máximo da desmoralização do Judiciário, enquanto instituição. A cada abuso, a reação são algumas palavras de condenação. E só.

Status quo -  trata-se de um contingente que aderiu a Bolsonaro pensando nas possibilidades futuras. Entram aí bilionários. É curiosa a adesão de parte da comunidade judaica, já que os judeus são alvos históricos do fascismo. Até famílias de bom nível intelectual, como os irmãos Feffer, caíram de cabeça na defesa de Bolsonaro. Não são numericamente significativos, mas tem poder de indução sobre os veículos de comunicação. Mas entram também associações empresariais, comunidade jurídica e outros setores conservadores.

Rede Globo – o editorial de hoje do jornal O Globo confirmou o que antecipamos na 6ª. A decisão do Ministro Luiz Fux, de desautorizar seu colega Ricardo Lewandowski, contou com a cumplicidade de Dias Toffoli e o salvo-conduto da Globo. O editorial faz críticas leve a Moro e pesadas a Lewandowski. Nenhum pio sobre a decisão de Fuxque, além de ilegal, atentava contra a liberdade de expressão e defendia a censura prévia. A Globo incorre na mesma posição de Ministros do Supremo, como Luis Roberto Barroso, políticos, jornalistas, de não se guiar por princípios doutrinários, nem sequer pelos fundamentos da liberdade de imprensa. Aliás, este é o preço maior do subdesenvolvimento brasileiro, a praxi macunaímica de parte relevante da elite. Significa que continuará dando respaldo aos vazamentos de Moro ou à disseminação de factoides.
Por outro lado, haverá os seguintes fatores à favor:

Fim dos ataques de outros candidatos – No 2º turno, rasgam-se as fantasias. No 1º, Haddad foi alvo de vários candidatos, por motivos diversos. Ciro, para tentar substituí-lo como o algoz de Bolsonaro. Alckmin para substituir Bolsonaro como algoz do PT. Marina por ser um poço até aqui de mágoas. E Álvaro Dias por ser um político provinciano de baixíssimo nível.

Clareza sobre a disputa - No 2º turno, esse Brasil mais moderno, espalhado por parte do eleitorado de Alckmin, por Ciro e Marina terá que se decidir entre Bolsonaro e Haddad. Agora, não haverá mais zonas cinzas. A disputa será entre modernidade e atraso, civilização e barbárie.

Tete-a-tete nos debates – Bolsonaro terá que se mostrar, agora. E caberá a Haddad o desafio de domar o bruto, evitando a armadilha de se fixar em temas morais ou de desqualificar o oponente por sua ignorância. Qualquer dessas estratégias será considerada ofensa pessoal a cada bolsominion – já que o candidato tem a mesma dimensão de seu eleitor médio. O desafio será explicitar os efeitos nefastos do liberalismo selvagem de Bolsonaro sobre emprego e renda. Nesse campo, Haddad contará com o apoio inestimável do general Mourão. Espera-se que apenas esconda o Mourão do PT, o ex-Ministro José Dirceu. Terá também que afirmar sua personalidade, para cativar os anti-lulistas.
Serão três semanas de pau puro. Na primeira, será possível esperar o crescimento da onda Haddad. Depois, é torcer.

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Caiu na rede: é verdade este atestado


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Atestado médico

Atesto que Bolsonaro
não pode ir para o debate na Globo.
Motivo:
Gases
Ass: Dr. Bumbum

Obs: é verdade esse atestado

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Tá chegando a hora


Vem com a gente.
Vamos juntos 
Fazer o Brasil 
Ser feliz de novo


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Modelos de fruteiras

Fruteira feitas com madeira reciclada. BBB - Boa, Bonita, Barata - e também fáceis de fazer. Confira:

A imagem pode conter: comida
Nenhum texto alternativo automático disponível.
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Caridade x Justiça social


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O brasileiro (a) via de regra
gosta de fazer caridade
Mas não gosta de justiça social.
Caridade aplaca a consciência pseudo-cristã
Mas justiça social
Permite a ascenção de classes
E disso o brasileiro não gosta
Porque prefere olhar de cima para baixo e não de igual para igual.

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Nova pesquisa do Ibope


Resultado de imagem para haddad e bolsonaro

Primeiro turno
Jair Bolsonaro: 32% (+1%)
Fernando Haddad: 23% (+2%)

Ciro Gomes: 10% (-1%)
Geraldo Alckmin: 7% (-1%)
Marina Silva: 4% (sem variação)


Segundo turno
Fernando Haddad 43% (+1%) 
Jair Bolsonaro 41% (-1%) 

Rejeição dos candidatos
Bolsonaro 42%
Haddad 38%

Vamos fazer o Brasil feliz de novo, como nos tempos dourados de Lula 
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Bolsonaro e o filho votaram contra Lei que protege pessoas com deficiência


Resultado de imagem para bolsonaro armas



O assunto viralizou nas redes depois que a cantora Olivia Byington contou que tem um filho com síndrome de Apert, uma doença rara, e que o candidato do PSL votou contra a Lei que protege pessoas com deficiência.
Escrito por: Rosely Rocha, especial para Portal CUT
O desabafo da cantora Olivia Byington comoveu a internet. Em sua rede social, ela conta que tem um filho com Síndrome de Apert – uma doença rara que atinge 1 em cada 160 mil nascidos vivos. Seria mais um desabafo de uma mãe, se a cantora não trouxesse à tona um dado importante para que a população brasileira saiba como Jair Bolsonaro, o candidato do PSL à presidência da República, trata as pessoas com deficiência.
O candidato de extrema-direita votou contra o Projeto de Lei (PL) nº 7699/2006, que criou a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), um dos dispositivos mais avançados do mundo na defesa de direitos das pessoas com deficiência.
No texto que já teve mais de 55 mil compartilhamentos, a cantora Olivia Byington, que também é mãe do ator e humorista Gregório Duvivier, diz: “Meu filho João Byington de Faria tem Síndrome de Apert. Jair Bolsonaro votou, juntamente com seu filho, Eduardo Bolsonaro, contra a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), um dos dispositivos mais avançados na defesa de direitos das pessoas com deficiência do mundo. Quem duvidar e quiser conferir todos os votos na Câmara aí vai o link. Se você acredita que alguém que não reconhece os direitos das pessoas com deficiência merece o seu voto, vá em frente. Mas durma com este barulho".
O que diz a Lei
A Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência, que era conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, foi aprovada com mais de 100 emendas, na forma do substitutivo, em março de 2015, pela Câmara Federal.
A Lei prevê o direito das pessoas com deficiência de serem incluídas na vida social nas mais diversas esferas por meio de garantias básicas de acesso, seja por meio de políticas públicas ou iniciativas também a cargo das empresas.
A Lei também dá direito ao auxílio-inclusão para a pessoa com deficiência moderada ou grave. Tem direito a esse auxílio a pessoa com deficiência que já recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), e venha a exercer atividade remunerada que a enquadre como segurado obrigatório da Previdência Social.
PORTAL CÂMARAPortal Câmara
Síndrome de Apert – o que é?
É uma má formação específica do crânio mãos e pés, além de várias outras alterações funcionais que variam muito de indivíduo para indivíduo. A fusão do crânio ocorre prematuramente e não possui capacidade de desenvolver-se normalmente, restringindo o crescimento do cérebro e causando um aumento de pressão (craniocinostose); a retração (afundada) do terço médio da face; e os dedos das mãos e pés apresentam-se fundidos (sindactilia) em graus variados.
Essa afecção foi descrita pela primeira vez no ano de 1906, pelo médico E. Apert, definida como uma anomalia craniofacial denominada Acrocefalosindactilia Tipo I.
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