Coisas que só um Cartão Compra

Nem a mais incompetente oposição, nem o mais populista líder político, como Lula, conseguirá evitar as conseqüências da poderosa propaganda antigoverno que a despensa do Palácio do Planalto acaba de por nas mãos dos adversários para ser usada nas eleições municipais deste ano.
Mensalão, sanguessugas e aloprados eram escândalos complicados demais para o eleitor médio entender, mas a tungada dos cartões, não. Onze mil companheiros tinham cartão de crédito para gastar ou sacar dinheiro para fazer compras.

Para o governo? Não. Para os próprios companheiros, como demonstram os importados da ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial), o chopinho do ministro Altemir Gregolin (Pesca) e a tapioca do colega Orlando Silva (Esportes).

Se esses três personagens, sobre os quais ninguém ouviu falar, fizeram uma farra de um quarto de milhão de reais, o que não deve estar acontecendo com um ministro de verdade, que tem mesmo contas a pagar?

Infelizmente não se pode mais saber com apenas alguns cliques (pelo menos no caso das despesas de Lula), pois por ordem do general Jorge Félix, encarregado da segurança do presidente, a cozinha de Lula é um problema de segurança nacional. A intervenção do general tem pelo menos a vantagem de mostrar para o contribuinte que o governo tem, sim, algo a esconder.

Por qualquer ângulo que se tente analisar o assunto ele é uma hilariante mistura de corrupção e cara de pau. Em vez de recursos não contabilizados, Matilde chamou os seus R$ 171.500 de “erro” e antes de ser demitida mandou dois assessores embora. A ex-ministra não se enganou. Ao contrário. Acertou em cheio. Só que com o meu, o seu, o nosso. Com isso os aloprados evitaram intermediários e complicadas operações cruzadas. Era só pegar o cartão e sacar.
Desta vez não é preciso sequer investigar, pois os petistas resolveram inovar e criar a caixa preta da roubalheira, que é o site Transparência (www.portaltransparência.gov.br) , de onde o general Jorge, aborrecido com a verdade, mandou tirar os dados das comprar de supermercado de Lula. Até o slogan do horário eleitoral da oposição está incluído: “Existem pouquíssimas coisas que o dinheiro não pode comprar. Para todo o resto existe o cartão corporativo Visa Companheiro!”

José Negreiros é jornalista

Do Blog do Noblat


O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), acaba de confidenciar a jornalistas que Lula o autorizou a colher assinaturas para instalar a CPI dos Cartões Corporativos. Segundo Jucá, ele e Eduardo Suplicy (PT-SP) já conseguiram 28 assinaturas - uma a mais que as 27 necessárias - para abrir a CPI no Senado.

Jucá explicou assim a decisão de apoiar a criação da CPI no Senado, segundo Carol Pires, repórter do blog:

- A CPI é para mostrar que o governo não têm medo de investigação. O governo não tem o que esconder. CPI nunca é bom para qualquer governo, mas é melhor do que ficar pairando uma dúvida.

- Na Câmara o governo tem maioria. Mas no Senado é onde o governo e oposição têm maior igualdade de força.

A verdade é que o governo sabe que perderia a batalha se tentasse barrar a CPI, especialmente no Senado onde a oposição controla mais do que o 1/3 de parlamentares necessários para criar uma CPI. Nesse caso, melhor que o governo tomasse a iniciativa da CPI para calar os críticos. E ao fazê-lo, o governo passa a ter mais um argumento para indicar o presidente ou o relator da CPI, se quiser. Tem se tornado tradição nessa legislatura no Senado que a relatoria ou a presidência das CPIs fique sob comando do partido que tomou a iniciativa de criá-los.

Desde o último fim de semana, quando as notícias sobre a farra com os cartões atingiram a filha de Lula, o PSDB, por meio do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), passou a contar com o apoio informal do DEM para instaurar a CPI dos Cartões. Seria uma CPI mista (Senado e Câmara).
Durante reunião do DEM, ontem à noite, da qual participaram o senador Demóstens Torres (GO), Jorge Bornhausen, ex-presidente, e Onyx Lorenzoni, líder na Câmara, ficou acertado que o partido apoiaria a CPI dos Cartões.

Atualização das 17h58 - Jucá já coletou 35 assinaturas de senadores favoráveis à instalação da CPI do Cartão - oito além do número mínimo necessário.

Atualização das 18h05 - O presidente e o vice de uma CPI são eleitos pela maioria dos votos dos 81 senadores. O presidente eleito indica o relator. É da tradição do Congresso que o presidente e o relator representem governo e oposição. Mas a tradição já foi quebrada várias vezes nos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula.

A CPI do Correio, por exemplo, destinada a apurar o Caso do Mensalão, foi presidida pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) e o deputado Osmar Serráglio (PMDB-PR), ambos aliados do governo. Mesmo assim ela denunciou 19 parlamentares envolvidos no escândalo.
"CPI a gente sabe como começa, mas não sabe como termina", disse Jorge Bornhausen quando era Chefe da Casa Civil do governo Fernando Collor.
Agora com a CPI vamos passar a limpo esta história da farra com os cartões corporativos. Se não fossem as denuncias do P.I.G. tudo continuava na mesma.
Como são fatos ocorridos durante 2007 e publicados no Portal Transparência, do governo federal, pergunto por que os lulistas tão honestos e corretos, não tomaram providências antes da publicação pela imprensa?

Tucano insinua manobra do governo

Após anunciar, mais cedo, que aceitaria investigar os gastos com cartões corporativos desde o governo FHC , o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), distribuiu nota, sobre a suposta "farsa" que estaria sendo montada pelo governo para transformar em pizza o caso dos cartões corporativos.

O partido afirma que não compactuará com "nenhuma tentativa de setores governistas de, pretensamente antecipando-se às oposições, propor CPI para transformar em 'pizza' uma investigação sobre o escândalo dos cartões corporativos," reiterando que assinará qualquer requerimento de criação de CPI, "mas para buscar a verdade, de Lula e FHC".

Até o começo da tarde desta quarta-feira, os partidos de oposição DEMO, PSDB e PPS defendiam a instauração de uma CPI mista, formada por deputados e senadores, em favor das investigações sobre os cartões de crédito corporativos.

Foi só o governo coletar assinaturas para envestigar os cartões corporativos e as desconhecidas contas tipo B, que eles mudaram o discurso.

E agora PIG?

O governo se antecipando à oposição no caso dos cartões corporativos tomou a frente das discussões sobre a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), já coletou 35 assinaturas - oito a mais do que o necessário - para criar a comissão no Senado.

O objetivo dessa CPI será analisar não só as despesas com os cartões criados a partir de 2002, mas também os gastos administrativos efetuados desde 1998.

Vamos fazer uma análise dos gastos com cartão corporativo nos últimos dez anos e, se preciso, estabelecer novas regras.

Vamos fazer uma comparação , disse Jucá aos jornalistas, sem explicitar se a comparação é entre os gastos dos governos FHC e Lula.

Antes dos cartões, o governo mantinha as chamadas contas tipo B, movimentadas por funcionários de alto escalão por meio de cheques, também para pagamentos de emergência.

Pior do que fazer CPI é ficar essa nuvem pairando sobre gastos, inclusive da família do presidente da República , afirmou o senador, para justificar a iniciativa dos governistas.

Lacerda, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver


Sindicato do golpe, a pleno vapor



Cartões Corporativos

Qualquer semelhança será mera coincidência?

- Não! A diferença é que agora não usam um individuo mas, sim o PIG.

Nas Garras da Patrulha