Boas notícias

A inflação dá sinais de enfraquecimento e isso não tem nada a ver com o aumento dos juros e da taxa Selic.

A indústria continua a crescer, e muito, o que sinaliza que os investimentos e o consumo continuam firmes.

O maior crescimento dos últimos quatro anos.

No fronte externo, as notícias também são boas.

Já temos mais de US$ 14 bilhões de superávit na balança comercial, que em julho foi de US$ 3,3 bilhões, excelente.

Crescem as importações de máquinas e equipamentos e cai a quantidade de petróleo importado, 3%, apesar dos preços terem subido 70%, o que pesa no aumento das importações, deformando o índice de crescimento das importações em geral.

Esses dados indicam que a economia do país tem já um ciclo de crescimento apoiado no aumento dos investimentos e do consumo.

Também espero que o excesso de arrecadação sustente o aumento do superávit sem prejudicar os investimentos públicos, tão necessários na infra-estrutura do país, na educação e na política industrial e de inovação.

Variação Anual do IGP-M

A variação do Índice Geral de Preços - Mercado nos últimos anos foi o seguinte:

2003 - 8,69%
2004 - 12,42%
2005 - 1,20%
2006 - 3,84%
2007 - 7,74%
2008 - 8,69% (até julho deste ano)

É mas a inflação é um fenômeno mundial com o qual não devemos nos preocupar. É o que dizem os idiotas que defendem a todo custo o Cappo dei tutti Cappi Lula.

o feijãozinho amigo leva a culpa

segunda, 26 de maio de 2008

Desde meados de 2007, a taxa de inflação nos países emergentes e no Brasil tem mostrado sinais claros de aceleração. Como uma parte importante dessa aceleração decorre do aumento dos preços dos alimentos, o fenômeno foi, num primeiro momento, debitado por muitos analistas a choques de oferta decorrentes de condições climáticas adversas em diferentes países do mundo. Entretanto, à medida que a aceleração da inflação persistia, tornou-se cada vez mais claro que algo além de choques de oferta estaria presente no cenário.

Diante dessa constatação, passou-se a reconhecer que o aumento dos preços dos alimentos estaria relacionado não apenas a choques específicos de oferta, mas também a um forte crescimento da demanda, cuja origem é o processo de urbanização de países asiáticos muito populosos, como a China e a Índia. Ou seja, como eles têm uma parcela importante da população mundial e estão em forte processo de urbanização que é muito intensivo em alimentos, principalmente proteínas, o crescimento desses países tem gerado forte pressão sobre os preços destes bens.

Porém, ainda que o diagnóstico tenha mudado de choque de oferta para excesso de demanda, persistia a suposição de que esta é uma inflação importada, no sentido de que está sendo originada no exterior e estaria concentrada nos preços dos alimentos. E, da mesma forma que no caso de uma inflação gerada por um choque de oferta, as políticas monetárias internas pouco podem fazer para resolver esse problema. Segundo esta interpretação, este é um processo de mudança de preços relativos, e não um processo inflacionário.

Suponhamos que, efetivamente, a inflação atual seja decorrente apenas do aumento dos preços dos alimentos e das commodities em geral, o que, como veremos, não é estritamente verdadeiro. Alimentos e commodities são parte importante do custo de produção de bens industriais e de serviços, ou diretamente, ou por causa do custo da mão-de-obra. Um aumento dos preços dos alimentos reduz o salário real dos trabalhadores. Se o mercado de trabalho está muito “apertado”, os trabalhadores conseguem repor essas perdas de salário real por meio de reajustes de salários nominais. Os custos das empresas com mão-de-obra aumentam e, caso o mercado de bens (ou de serviços) esteja muito “apertado”, as empresas podem repassar esses aumentos de custos aos preços finais dos bens. Por esse processo, um fenômeno que se iniciou como uma mudança de preços relativos se transforma rapidamente num processo inflacionário generalizado.

Note-se que, no parágrafo anterior, a palavra-chave que transforma mudanças de preços relativos em inflação é “apertada”. E “apertada”, neste contexto, significa que não existe folga na utilização de recursos produtivos, seja máquinas e equipamentos, mão-de-obra ou matérias-primas em geral. A política monetária tem o objetivo de evitar que isso ocorra.

Ou seja, diante do aumento dos preços das commodities, cabe aos bancos centrais “calibrar” a taxa de crescimento da demanda à taxa de crescimento da oferta de bens e serviços na economia para evitar que a mudança de preços relativos se transforme em inflação generalizada. Devido ao diagnóstico equivocado citado do início deste artigo, muitos bancos centrais de países emergentes que seguem o sistema de metas para inflação, da Turquia ao Chile, não apenas não conseguiram manter a inflação próxima do centro de suas respectivas metas, como, em pouco tempo, viram a inflação em seus países furar o limite superior do intervalo de variação perseguido pelo banco central.

O caso do Brasil é particularmente interessante neste contexto. Não há dúvidas que os preços dos alimentos têm sido um fator importante de pressão inflacionária desde 2007. Porém os sintomas de que a economia vive um período de excesso de demanda são bastante eloqüentes. Um primeiro sintoma importante é o fato de que a taxa de variação dos preços dos bens comercializáveis, excluindo alimentos, está rodando na casa dos 2,8% ao ano, apesar da forte valorização cambial do período. Na verdade, em dólares, a taxa de inflação deste conjunto de bens supera 20% no último ano. Um segundo sintoma de excesso de demanda é o forte crescimento das importações, que atingiu mais de 40% ao ano nos primeiros meses de 2008, o que está gerando uma queda do saldo na balança comercial e uma tendência a déficit na conta de transações correntes do balanço de pagamentos. Terceiro, os dados do primeiro trimestre de 2008 têm revelado uma situação na qual os indicadores de demanda têm apresentado sinais de aceleração, enquanto os indicadores de oferta parecem estar mostrando que o crescimento da oferta começa a arrefecer (talvez devido ao fato de que as máquinas, equipamentos e oferta de insumos podem estar atingindo seu limite).

Como resultado deste cenário de excesso de demanda, se expurgarmos do IPCA os preços dos alimentos e os preços administrados, a taxa de inflação que resta está acelerando desde o início de 2007, atingindo o valor de 4% nas últimas divulgações. Ou seja, os preços dos bens não diretamente relacionados a alimentos e commodities estão acelerando há mais de um ano e não existe nenhum sintoma de que tal processo vá arrefecer no futuro próximo. É o começo do processo de transformação de uma mudança de preços relativos em inflação generalizada. E é exatamente para evitar que tal ocorra que o Banco Central do Brasil decidiu iniciar um processo de aumento das taxas de juros em sua última reunião. A expectativa é que, dado o descompasso entre crescimento da oferta e da demanda hoje existente, este processo deverá levar a um aumento significativo da Selic ao longo de 2008. Nem só de “feijãozinho” vive a inflação brasileira.

Artigo - José Márcio Camargo

É bom que as pessoas se informem melhor antes de sair por aí apregoando que a inflação é um fenômeno mundial e que nada pode ser feito

Para Lula, crise dos alimentos é "oportunidade extraordinária" para o país

FERNANDO ANTUNES
Colaboração para a Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado que a crise internacional dos alimentos é um desafio "positivo" para o país. "Se essa crise dos alimentos é um problema para alguns, para nós é uma oportunidade extraordinária", disse ele, em discurso durante a posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).

Se é assim pergunto: por que os preços dos alimentos estão subindo tanto no Brasil?

Não era mais lógico atender a necessidade de nossa população primeiro?

Punição para Torturadores

O Ministro Tarso Genro propos que torturadores do regime militar sejam processados e punidos por seus crimes.

Vou mais longe. Os atuais torturadores também.

Os que praticaram crimes durante o regime militar também. Isto é, aqueles guerrilheiros que assassinaram inocentes, os que roubaram bancos, etc.
"Todo presidente americano em fim de mandato, como Bush, já sem poder, é chamado de Pato Manco.No Brasil, Lula, no seu segundo mandato, já de olho no terceiro, é um pavão que não se manca.”

Millôr Fernandes

LEITE, CARNE E FEIJÃO ESTÃO MAIS CAROS

O preço da cesta básica subiu em 14 das 16 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em julho.

Pelo terceiro mês consecutivo, o maior custo dos itens da cesta básica foi apurado em Porto Alegre (R$ 259,29), seguida pela capital paulista (R$ 252,13). Nos últimos 12 meses (de agosto de 2007 a julho deste ano) todas as capitais pesquisadas apresentam variações expressivas, com a menor em Porto Alegre (29,02%) e as maiores em Fortaleza (52,48%), Belo Horizonte (52,13%) e Curitiba (45,55%). Nesta base, oito itens subiram em todas as capitais.

Com a alta ocorrida na maioria das cidades, o salário mínimo necessário para cobrir as despesas de uma família passou a corresponder, em julho, a R$ 2.178,30, o que representa 5,25 vezes o piso em vigor (R$ 415). A carne bovina, produto de maior peso na cesta, foi o principal destaque entre os produtos cujos preços mais subiram, com aumento nas 14 cidades pesquisadas em julho. As elevações mais expressivas foram apuradas em Brasília (10,49%) e Salvador (7,95%). O preço do leite subiu em dez capitais, principalmente em Goiânia (4,97%), Salvador (4,57%) e Rio de Janeiro (2,06%). Em 12 meses, o leite teve aumento de até 26,21%.

Segundo o Dieese, o feijão manteve a tendência já registrada em junho, com alta em 11 das 16 capitais pesquisadas. Os maiores aumentos ocorreram em Salvador (17,23%), Recife (10,75%), Aracaju (7,80%) e São Paulo (7,72%). O aumento anual do feijão continua como um dos mais expressivos entre todos os itens pesquisados: 91,15% em Belém e 173,86% em Florianópolis. Outro produto que tem afetado o bolso do consumidor, o pão francês teve alta de preço em 11 cidades, em especial, Aracaju (4,30%), Brasília (3,66%) e Recife (2,21%).

O preço dos alimentos sobe mais do que o salário mínimo. Ah mas este é um problema mundial, então para que nos preocuparmos? FHC dizia também que os problemas enfrentados na economia durante seu governo eram problemas mundiais.

Morre gente de fome na África, na Ásia, na Europa, nos Estados Unidos. Fome é um problema mundial. Não devemos nos preocupar com ela.

Este é o raciocínio tacanha dos lulopetistas. Sempre tem um culpado que não é Lula. São a herança maldita de governos anteriores, é o problema mundial, é que o governo de São Paulo gasta mais com cartões corporativos, é que o mensalão foi inventado por Eduardo Azeredo, é que existia corrupção no governo FHC etc... Lula e o PT nunca tem culpa de nada.

Quando é que os lulopetistas vão ter a hombridade e o caráter de assumir seus erros?

Acho que nunca.

São uma C O R J A D E C O V A R D E S.