Nova Empresa Estatal
- O companhiera Dilma, eu não sabia (nunca sabe de nada mesmo) da criação desta nova estatal de contrução civil. Esta é mais uma boa idéia sua. Vai ser, sabe, uma empresa tão grande quanto a Petrobras?
- Que estatal o senhor está falando companheiro Lula?
- Ora cumpanheira, sabe, esta Emobras.
- Senhor presidente. Não é Emobras a placa diz Em Obras.
Faz sentido
- Que é que está acontecendo ai dentro?
- Jesus está operando irmão!
E o bêbado:
- Esse cara não usa anestesia não?
Desiderata
Os Gansos
BB - Votorantim: Mais tranparência
Nesse negócio é preciso mais transparência. E já! A nação, os brasileiros, o Congresso Nacional precisam ser informados das condições nas quais o Banco do Brasil (BB) está comprando o Banco Votorantim, o que numa análise objetiva, e falando com todas as letras, nada mais é do que uma ajuda ao grupo Votorantim em dificuldades.
Ao invés de dar R$ 4,2 bilhões (via BB) pelo Votorantim (cujo patrimônio é de R$ 6,45 bilhões), comprar 50% do banco da família Ermírio de Moraes, e compartilhar sua gestão, melhor é ajudar o banco a buscar uma solução (via banca) privada.
Essa compra não parece uma saída aceitável e nem republicana porque, por enquanto, pelo que se tem, trata-se de uma história mal contada.
Por que nenhum banco privado se interessou pelo Votorantim?
Os contribuintes, os eleitores e o PT deveriam ser os primeiros a questionar a operação, porque tem o direito de saber: o que aconteceu no Votorantim e em suas operações de derivativos; em suas relações com a Aracruz (do mesmo grupo); qual é a real situação do banco e do grupo Votorantim; e quais as razões para o BB comprar a parte da família Ermírio de Moraes.
Outro questionamento a ser feito urgente - ou o BB pode antecipar-se e explicar - é com que objetivo faz essa aquisição, já que acabou de comprar a Nossa Caixa (do governo de São Paulo) e está para comprar, também, os bancos Regional de Brasília (BRB), e caminha para adquirir o Banco Regional do Estado Espírito Santo (BANESPES).
É bom que se diga, ainda, que o Votorantim tinha, em julho de 2008, uma carteira de financiamento de carros usados de R$ 17,9 bilhões, o que pode ser agora um problema e tanto. E atenção: a pergunta que se faz, e a mais enigmática no negócio, é uma só: por que nenhum banco privado se interessou pelo Votorantim?
Foto: Elza Fiúza/ABr
Mais torce que age
- "Fala sério" , disse mais ou menos Henrique Meirelles a Marcio Cypriano, presidente do Bradesco, que reclamava dos juros altos do Banco Central na reunião de lideranças empresariais com a cúpula econômica do governo, anteontem. Foi "incrível, fantástico, extraordinário", como dizia um velho samba da Portela, um banqueiro do porte de Cypriano, falando pela Febraban, pleitear em público a redução emergencial da Selic. Mais divertido ainda foi que Meirelles cobriu a aposta de Cypriano: disse que o problema não era a Selic, mas o "spread" bancário, a diferença entre a taxa de juros cobrada do público e o custo de captação de fundos pelos bancos. Desde outubro, o "spread" de fato passou a flutuar em camadas ainda mais altas e rarefeitas da estratosfera. Os juros "básicos" na praça, em termos reais, caíram para o piso histórico, a uns 7%.
Estamos diante de um Proer disfarçado. O Banco Votorantim não ia bem e o governo teve de ajudá-lo. O BB compra 49% das ações e o grupo Votorantim, com 51%, continua a ser o titular do banco. Futuramente, a Votorantim comprará a parte oficial e continuará a deter 100% das ações. É uma ajuda disfarçada. Os donos da Votorantim nunca quiseram ser banqueiros. Em certa época, foi-lhes oferecido o grupo Itaú de Minas, cimento e banco. Só compraram as fábricas de cimento, sendo a parte financeira comprada pela família Setúbal e sócios. Perderam a chance de se tornarem proprietários do Itaú. Depois, resolveram entrar no ramo bancário com o Planinbank. Também não deu certo porque houve uma queda na bolsa motivada pelo processo contra Naji Nahas, que seria um dos futuros clientes do grupo. Agora, com a reabilitação promovida pelo governo, talvez o grupo comece a se adaptar à área financeira. Para nós, leigos, parece fácil ser banqueiro. Na realidade, não é bem assim.
10 de Janeiro de 2009 11:50