A desculpa da inflação em alta já furou, todo mundo percebe que ela tá domada.
Agiotagem, pig e BC, tudo a ver?
A desculpa da inflação em alta já furou, todo mundo percebe que ela tá domada.
Cada presidente tem seu estilo e suas características próprias
A pergunta feita em Brasília, no fim de semana, era sobre a eficácia da divisão do ministério em quatro vertentes principais, como anunciou a presidente Dilma Rousseff na última sexta-feira. Como uma espécie de subcomandante da tropa, coordenador geral, o chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, e como líderes de cada grupo: Teresa Campello, ministra do Desenvolvimento Social, comandando Desenvolvimento Social e Erradicação da Miséria; Guido Mantega, ministro da Fazenda, à frente do Desenvolvimento Econômico; Miriam Belchior, ministra do Planejamento, liderando Gestão, Infraestrutura e PAC; e por fim, Direitos da Cidadania e Movimentos Sociais, com Gilberto Carvalho, secretário geral da presidência.
Os ministérios foram separados por critério temático ou estratégico, gerando quatro super-ministros, aos quais se subordinam os demais, mas por sua vez subordinados à Casa Civil.
Isso significa, numa primeira impressão, que dos 37 ministros, 32 precisarão passar pelo filtro dos respectivos chefes de setor. Até chegarem à presidente, seus pleitos, planos e programas dependerão da aprovação dos comandantes de área e, depois, do coordenador-geral?
Existem ministérios cuja integração num dos quatro setores gera duvidas. Os ministros da Justiça e da Defesa, por exemplo, participarão de que grupo?
Na teoria, e ainda na falta de um organograma, todos os ministros despacharão com Dilma Rousseff. Será exigida a concordância e até a presença dos super-ministros e do coordenador geral, nesses despachos? E quando houver divergência entre o chefe de área e um de seus subordinados, a questão será decidida na base da hierarquia ou por Antônio Palocci, podendo subir até Dilma Rousseff?
Cada governo tem seu estilo e suas características próprias, mas o atual inova com um modelo ainda necessitado de submeter-se a testes. Pelo jeito, a presidente decidiu descentralizar o processo de tomada de decisões, mas dará certo?
Nos tempos de Fernando Collor não deu: um ministério enxuto, na primeira fase, precisou ceder lugar a um ministério ampliado, na segunda. Ernesto Geisel era ministro de todas as pastas, diretor de todos os departamentos e chefe de todas as seções do serviço público, mas apoiava-se em Golbery do Couto e Silva, chefe da Casa Civil. Garrastazu Médici entregava o governo a Leitão de Abreu, chefe da Casa Civil, e a Delfim Netto, ministro da Fazenda, este também todo-poderoso com João Figueiredo. José Sarney mudava de fonte inspiradora a cada verão e Fernando Henrique dava mais atenção ao grupo palaciano do que à periferia de seu ministério. Quanto ao Lula, levando meses sem despachar com alguns de seus ministros, encontrava tempo para percorrer o país e o exterior delegando o poder à Casa Civil: primeiro a José Dirceu e, depois, a Dilma Rousseff...
Ex-blog do Cesar Maia
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Os abutres estão chegando
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Raridade nas amizades verdadeiras
E dizia mais: "Quem não tem amigos, merece encontrá-los; quem não tem nenhum, nunca os desejou". De mim, confesso: sempre fui muito seleto com amigos, e tive-os poucos, desde a juventude distante. Sei daqueles que nos cumprimentam com a ponta dos dedos, quase com nojo, e sei dos que nos procuram por interesse profissional ou pessoal.
Não confundo amigos com meros conhecidos, aproximados sem nenhuma razão especial. Esqueço-os no dobrar da esquina. Outro dia, dei-me ao trabalho de fazer uma lista dos amigos mortos. De amigos que só voltarei a encontrar dentro de mim, trazidos pela memória. Valha-me Deus! São 5, 10, 15... Um cemitério!
Ainda bem que os levo comigo, por onde quer que vá, e os ressuscito na luz de minhas recordações. É isso mesmo a saudade: -- o dom privativo de reviver os amigos mortos. Lembra-me poucos, bem poucos, alguns apenas pelo apelido, mas os vejo todos de olhos fechados, através das luzes de um passado já distante.
Agora, de todo afastado das ruas, preso a trabalhos no computador, numa espécie de exílio voluntário (com os telefones desligados), vivo na paz doméstica, com a família que eu amo, meus livros, minhas músicas, o cachorrinho Yorshire, meus pássaros. Tem coisa melhor? Não digo que me fecho aos colegas que me procuram.
Afinal, não sou homem de caverna. Mas repito: -- o tempo é seletivo, gosta de compor florilégios. Feita a escolha, aviva as imagens, banha-as de uma luz generosa, eliminando os excessos. A infância e a juventude constituem, por isso mesmo, suas inspirações prediletas, nem sempre rigorosamente fieis, já que a distância no tempo por vezes nos engana.
Mesmo assim, conservam para sempre as linhas fundamentais das amizades verdadeiras. Hoje, da minha geração, resta apenas um, com quem almoço a cada 15 dias. Como observa Henry Adams. "Um amigo durante a vida é muito; dois é demais; três, quase impossível. A amizade exige um certo paralelismo de vida, uma comunhão de ideias, uma rivalidade de objetivos". leia http://hapassos.blogspot.com)
Briguilino
A Globo resolveu usar a triste situação da Região Serrana do Rio para fazer politicagem
Para isso recorreu a uma edição absolutamente tendenciosa, o que é comum naquela emissora, mas que não se esperava que chegasse a tanto.
No Jornal Nacional, desta sexta-feira, 14, os editores utiilizaram passagens da reunião ministerial convocada pela Presidente Dilma Rousseff e juntaram as imagens a um texto que tratava enfaticamente da ajuda aos desabrigados e às cidades atingidas.
No texto, a repórter dizia que a tragédia da Região Serrana ocupara boa parte da pauta do encontro interministerial. Mas as imagens mostradas eram de um momento de descontração dos ministros em que mesmo a presidente sorria. A intenção dos editores era mostrar uma cena de descaso com o drama do Estado do Rio.
Essas pegadinhas de edição são muito comuns entre amadores. No youtube, podem ser encontradas centenas delas.
Mas não é hora de profissionais responsáveis pela informação pública brincarem de pegadinha quando o assunto é tão sério.
Ali Kamel é o responsável último por esta falta de respeito ás vítimas da tragédia e por este uso político do drama de milhares de pessoas.