Divulgado nomes dos aprovados no Sisu
Telescópio Kepler
- 1.235 candidatos a planeta
- 662 com dimensões semelhantes à de Netuno
- 288 "super-Terras", entre 1,25 e 2 vezes o tamanho da Terra
- 184 gigantes gasosos, 165 do tamanho aproximado de Júpiter e 19 maiores do que Júpiter
- 170 possíveis sistemas multiplanetários, com dois ou mais candidatos orbitando a mesma estrela
- 68 "exo-Terras", com dimensões até 1,25 vez o tamanho da Terra
- 54 "exo-Terras" circulando na zona habitável ao redor de suas estrelas, podendo ter água em estado líquido em suas superfícies
- 5 ao mesmo tempo do tamanho da Terra e orbitando na zona habitável
Estes dados são baseados nos resultados das observações realizadas de 12 Maio até 17 de Setembro de 2009, de mais de 156.000 estrelas no campo de visão do Kepler, que abrange cerca de 1/400 do céu.
Qual a importância de qualquer uma destas " descobertas"?... Nenhuma!
Investimento em Educação, Saúde e Distribuição de Renda dão retorno
- Bolsa Família 2, 25 para cada 1 investido no beneficio.
- Prestação continuada [ idosos e deficientes fisicos ] 2,2 para cada beneficio.
- Na Educação 1,85 por cada real investido.
- Na saúde 1,7 por cada real investido.
Ex-blog do Cesar Maia
|
Oposição ouvi, vê, lê e cobra o que não entendeu
Dilma Rousseff anuncia distribuição gratuita de remédios para hipertensão e diabete
Beto Barata/AE
A presidente Dilma Rousseff durante anúncio do programa Saúde Não Tem Preço
Lígia Formenti – O Estado de S.Paulo
A presidente Dilma Rousseff lançou ontem o primeiro programa com a sua marca, o Saúde Não Tem Preço. Promessa de campanha, prevê a distribuição gratuita de remédios para hipertensão e diabete nas farmácias conveniadas ao Aqui Tem Farmácia Popular.
Pelo cronograma, todos os 15 mil estabelecimentos ligados ao programa terão até o dia 14 para oferecer os dez medicamentos, que, até ontem, eram vendidos no sistema de copagamento: o governo encarregava-se de pagar até 90% do preço do remédio e o paciente, o porcentual restante. Para adquirir os remédios, basta apresentar uma receita médica, o CPF e um documento com foto.
A medida foi anunciada em uma cerimônia concorrida, a primeira realizada no Palácio do Planalto desde a posse de Dilma. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o novo programa é fruto de um acordo do governo com indústria e setor do varejo farmacêutico. Em troca do aumento do volume de vendas, que já é esperado com o novo programa, indústria e varejo abrirão mão de parte dos lucros.
O orçamento do governo para esse programa é de R$ 470 milhões. Pelos cálculos do coordenador do departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento, a renúncia do setor privado será de cerca de R$ 100 milhões. "O governo não interferiu no formato dos acordos. Indústria, distribuidores e farmácias decidiram entre si qual a parcela que cada um renunciaria."
Nascimento afirma que as empresas ganham de outra forma: há expectativa de aumento na escala de venda. "Quando o comprador entra na farmácia leva também xampu e pasta de dente." O ministério não tem estimativa de qual será o aumento de venda nas farmácias conveniadas.
A medida anunciada por Dilma vai favorecer a compra de dez medicamentos, que estão no mercado em aproximadamente 400 apresentações. Padilha afirmou que um grupo de trabalho, destacado para acompanhar a implantação do programa, deverá avaliar a possibilidade de inclusão de outras drogas.
Durante seu discurso, a presidente vinculou o programa de distribuição gratuita de remédio com outra bandeira de seu governo: a erradicação da miséria. Para isso, apontou que 12% da renda da população mais pobre é consumida com remédios. Entre a parcela mais rica, esse percentual não chega a 2%.
A escolha de hipertensão e diabete também foi explicada pela presidente. Segundo ela, 33 milhões de brasileiros são hipertensos e 30% da população adulta que têm diabete ou hipertensão desconhece seu estado de saúde.
Fiscalização. Além do Saúde não Tem Preço, o governo apresentou medidas para tentar ampliar a fiscalização e o controle do programa. Entre elas, a instalação de um sistema para reduzir o risco de quebra de sigilo de informações dos pacientes e a criação de um cupom, com informações sobre o comprador, o estabelecimento e o médico que prescreveu os medicamentos e o cruzamento com o Sistema de Óbito do Ministério da Previdência.
Em 2010, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que farmácias credenciadas no programa Aqui Tem Farmácia Popular venderam remédios para pelo menos 17.258 mortos. De acordo com a auditoria, feita por amostragem, o desvio foi de pelo menos R$ 1,7 milhão. Entre as falhas estavam a compra com o uso de CPFs de pessoas mortas.
DE GRAÇA
Princípio ativo dos remédios que serão distribuídos gratuitamente no programa Saúde Não Tem Preço:
Hipertensão
Captopril 25 mg, comprimido Maleato de enalapril 10 mg, comprimido
Cloridrato de propranolol 40 mg, comprimido
Atenolol 25 mg, comprimido Hidroclorotiazida 25 mg,comprimido
Losartana Potássica 50 mg
Diabete
Glibenclamida 5 mg, comprimido
Cloridrato de metformina 500 mg, comprimido
Cloridrato de metformina 850 mg, comprimido
Insulina Humana
PSDB ressuscita FHC II
Foi ao ar na noite desta quinta (3), em rede nacional de rádio e TV, o programa partidário do PSDB. Estrelou-o Fernando Henrique Cardoso.
FHC apareceu logo no início da peça (disponível acima). Respondeu a indagações de jovens. Um deles perguntou se Lula o decepcionou mais como político ou como sociólogo.
E FHC: "Eu conheci o Lula no ABC, em São Bernardo, um Lula inovador, que dizia que a CLT tinha de ser liberada..."
"...Que os trabalhadores precisavam ter uma nova forma de relação, sindicato mais independente, nós precisamos de reformas, que precisava mudar o Brasil..."
"...Ele não fez isso. Eu acho que ele foi conservador. Ele aceitou muita coisa que não era boa de aceitar. Alianças. Todo mundo faz alianças. Eu também fiz..."
"...Mas ele ficou até o fim, até promoveu alianças com setores muito atrasados do Brasil. E permitiu que houvesse uma certa complacência com a corrupção..."
"...Esse lado me decepcionou, talvez mais como pessoa do que como presidente".
A simples aparição de FHC num programa institucional representa notável mudança de procedimento no PSDB.
Até aqui, embora seja a principal liderança da legenda, o ex-presidente era mantido no armário pelo tucanato.
Foi, por assim dizer, escondido nas três eleições presidenciais em que o PSDB amargou derrotas: 2002, 2006 e 2010.
O problema é que, junto com a ressurreição de FHC, renascem os fantasmas da era tucana. Há um quê de amnésia na fala do ex-presidente.
FHC tem razão quando diz que, nas reformas e na política, Lula foi "conservador". Conservou o que havia de bom e de ruim no legado que recebeu.
No pedaço benfazejo da herança, Lula manteve intactos os pilares macroecnômicos que começaram a ser erigidos sob Itamar Franco e que FHC sedimentou.
O ex-presidente queixou-se da falta de modernização da legislação trabalhista. Beleza.
Porém, afora o inconveniente político da menção, há o fato de que FHC teve oito anos para realizar o que diz que Lula não fez. Manteve intacta a CLT.
FHC falou das alianças. "Eu também fiz", reconheceu. Mas deu a entender que Lula fez mais e pior do que ele: "Promoveu alianças com setores muito atrasados do Brasil".
Esqueceu-se de que, na gestão tucana, um personagem como Jader Barbalho mandou e desmandou na Esplanada.
Esquivou-se de recordar que Renan Calheiros foi seu ministro da Justiça. Repetindo: FHC fez de Renan titular da pasta da Justiça.
Absteve-se de rememorar que José Roberto Arruda, à época filiado ao PSDB, foi líder de seu governo no Senado antes de estrelar o mensalão brasiliense do DEM.
FHC afirmou que Lula "permitiu que houvesse uma certa complacência com a corrupção". Na contabilidade dos escândalos, porém, há certa equivalência.
Lula arrostou duas crises do Senado. Uma com Renan e outra com José Sarney. Sob FHC também houve um par de crises no Senado. Uma com Jader, outra com ACM.
Lula teve o mensalão. FHC arrostou a acusação de compra de votos na votação da emenda da reeleição. Nas gravações, um deputado acreano citou uma "cota federal".
Sob Lula, registraram-se malfeitos em órgãos como a Funasa e em estatais como Furnas. Na era tucana não foi diferente.
Submetida a apadrinhados de Jader, a Sudam tornou-se ninho de escândalos que instalaram no Tesouro um dreno estimado em R$ 3 bilhões.
Um grampo clandestino plugado aos telefones do BNDES revelou que a privatização de estatais ocorreu em atmosfera que roçou "o limite da irresponsabilidade".
Ou seja, em matéria de perversão, os governos de FHC e de Lula são demarcados por diferenças que os igualam.
FHC também falou no programa sobre a necessidade de "dar uma chacoalhada" nos partidos políticos, inclusive no PSDB.
Esmiuçou o raciocínio: "Precisamos estar mais próximos das pessoas, do povo, com menos pompa, coisas mais diretas". Aí, talvez, o maior desafio do tucanato.
Às voltas com uma disputa interna que acomoda 2014 no epicentro de 2011, José Serra e Aécio Neves não falaram no programa.
A dupla apareceu apenas em imagens. Serra surgiu ao lado de Geraldo Alckmin, num instante em que se mencionou que o partido governa São Paulo há 16 anos.
Alckmin falou em seu nome e no dos outros sete governadores eleitos pela legenda no ano passado.
"É essa capacidade de governar que nos tornou o partido que mais elegeu governadores", disse ele nos 17 segundos a que teve direito.
Sérgio Guerra, presidente do PSDB federal, fez uma espécie de balanço da última disputa presidencial. Citou Serra a realçou os votos obtidos por ele no segundo turno.
Falou de Lula em timbre acusatório: "Lutamos contra um adversário que abusou do poder econômico e zombou da Justiça Eleitoral".
De resto, soaram no programa as vozes dos dois novos líderes do PSDB no Congresso.
Álvaro Dias (PR), líder no Senado, disse, a certa altura: "O Brasil está no rol dos países mais corruptos do mundo".
Duarte Nogueira (SP), o líder da Câmara, declarou: "O PSDB irá fazer na Câmara uma oposição vigorosa ao governo".
O prometido vigor, por ora, não se materializou. O PSDB perde mais tempo procurando um adjetivo do que se opondo.
A publicidade partidária, pelo que expôs e pelo que escondeu, deu idéia do tamanho do desafio envolvido na reestruturação do PSDB.
- Siga o blog no twitter.
por Josias de Souza