Origem tucana

images?q=tbn:ANd9GcT7XKD3Pj7LzgNyKJs0tcvWPnF2gzjTSCrPA3TDnhTIgvUiQRkh O PSDB foi fundado pelos "puros" do PMDB que não aceitavam os métodos do então comandante do partido Orestes Quercia. Que não deviam ser assim tão nefastos. Eis que José Serra correu atrás de seu apoio, com ampla simpatia de FHC.

Nos oito anos do tucanato, a imprensa não considerava o PMDB corrupto nem fisiológico porque ele dava ministros ao governo, como Zequinha Sarney e Renan Calheiros. Somente quando deixou de apoiar o tucanato, passou a ser, de novo, a "bête noire", alvo dos mais virulentos ataques.

O PMDB é o mesmo de sempre. Os tucanos é que mudam, conforme o vento sopra.

Judiciário, o mais corrupto dos poderes

...Abaixo mais um exemplo que a afirmação acima é pura verdade.

Pendências por aí
por
Jânio de Freitas

João e Janete Capiberibe poderiam comprar muitos votos, mas os dois de que são acusados de ter comprado não são base para cassação entre os esclarecimentos pendentes, e de futuro tão incerto quanto o seu passado, os devidos por um alto tribunal, a propósito dos danos e desvios que causou à vida de duas pessoas, ficam muito bem na posição de precedência. Afinal de contas, há quase dez anos os sucessivos integrantes do Tribunal Superior Eleitoral são alertados para as estranhezas do caso, sem que lhe dedicassem mais do que o corriqueiro, com grande probabilidade de errado e injusto, em duas ocasiões.

Eleitos senador e deputada em 2002 pelo Amapá, João e Janete Capiberibe são acusados do crime eleitoral de compra de votos e cassados, ele em 2005, ela em 2006. Como prova do crime, os depoimentos de duas mulheres socialmente humildes, que disseram haver recebido por seu voto.

Nada mais do que duas pessoas, em todo o Estado, como testemunhas. E nenhum elemento de convicção, nada a comprová-las. Os valores: R$ 26 para cada uma.

Nem esse quebrado sem motivo e coincidente suscitou interesse, do princípio do processo à sentença final do TSE, entre as várias inconsistências. O dono de TV e de rádio e rico suplente Gilvam Borges foi empossado para revelar-se um senador fosco, sem preparo algum.

Em junho do ano passado, Roberval Araujo, com a intimidade de cinegrafista de Gilvam Borges, denunciou que o chefe e então candidato derrotado o mandara ofertar carro e mesada a duas pessoas, para acusarem o recebimento de R$ 26 por seus votos nos Capiberibe.

A denúncia das duas valeu para cassar o senador e a deputada; a do cinegrafista não valeu nem para impedir que ambos, eleitos outra vez em outubro passado, fossem vitimados pelo TSE com base na Ficha Limpa.

Com dois novos depoimentos que acusam Gilvam Borges, feitos por ex-funcionários da TV e da rádio e relatados por Kátia Brasil na Folha de ontem, há uma clareza: o TSE é a parte a ser questionada, por sua responsabilidade nas sentenças que, antes baseadas em afirmações inconvincentes, estão desqualificadas por três testemunhos no mínimo tão válidos quanto os dois da condenação.

E há mais uma forte razão: os precedentes da chamada Justiça Eleitoral do Amapá, no caso, não são recomendáveis.

Os Capiberibe poderiam comprar milhares de votos, mas os dois de que são acusados não servem de base para um Tribunal Superior Eleitoral cassar mandatos e partes essenciais de vidas. O TSE deve esclarecer-se e esclarecer.


Inflação - Uma questão latente

 

A divulgação pelo IBGE de que o IPCA de janeiro ficou em 0,83% disseminou uma onda de alardes que, a bem da verdade, não faz sentido. Afinal, é preciso tranquilidade para analisar o cenário, identificar as razões e nuances inflacionárias para então selecionar os meios de intervenção adequados.

A estabilidade econômica do país, pautada em sólidos fundamentos e alimentada pelas boas perspectivas de crescimento sustentado são os fiadores dessa necessária tranquilidade.

Infelizmente, não é esse o comportamento do mercado e da mídia nos últimos meses.

Há certo grau de fatalismo na observação sobre a inflação e recrudescimento da velha fórmula de enfrentar o problema com corte de gastos, Selic maior -falam em frear as expectativas- e apenas repor o salário mínimo.

Os objetivos são diminuir a demanda e o consumo, reduzir o crescimento e brecar o ritmo de geração de emprego e de ampliação da renda.

Há, contudo, que considerar as peculiaridades no âmbito interno e os movimentos internacionais -ou seja, contextualizar o debate sobre os riscos inflacionários. Não podemos nos esquecer que o mundo ainda enfrenta dificuldades decorrentes da maior crise econômica desde 1929.

Precisamos lembrar também que se tivéssemos enfrentado essa grave crise com as fórmulas que o mercado e a mídia queriam, teríamos mergulhado em uma recessão e no desemprego que poderia nos custar uma década de avanços.

Aliás, diga-se, já sabíamos que essa opção por manter a economia aquecida -via crédito fácil e aumento do consumo- teria efeitos colaterais, que de longe são preferíveis à recessão vivida pelos EUA e Europa até hoje.

O momento é de retirada das ferramentas anticíclicas introduzidas durante a crise, como o enxugamento do crédito. Isso vem sendo feito pelo governo, que também sinaliza com cortes de gastos para complementar esse processo -que não podem atingir os investimentos.

Mas o tom do mercado e do noticiário é quase um desejo para que criemos problemas mais profundos, como a baixa atividade econômica e o desemprego. O fato é que, se não quisermos fantasiar da assombração à inflação, é imprescindível diagnosticar que parte dela advém das commodities precificadas internacionalmente, sobre as quais uma Selic maior não terá efeitos.

Fundamentalmente, portanto, o caminho é fortalecer o vetor produtivo, para que no médio prazo haja convergência entre demanda e oferta, objetivo que passa pela reforma tributária, por políticas de desenvolvimento tecnológico e industrial, mas também por avanços em infraestrutura e educação.

A alternativa desbotada da alta dos juros tem efeitos muito nocivos, como valorizar ainda mais o real e aumentar o serviço da dívida interna, anulando o esforço fiscal do corte de gastos. Enfim, debater os riscos inflacionários no Brasil é tarefa que requer cuidado com os determinismos econômicos e boa dose de questionamento às teses do mercado.

No fundo, precisamos primeiro responder: será mesmo necessária a descontinuidade, mesmo que conjuntural, das políticas de fortalecimento do nosso mercado interno?



O estilo Dilma

 A decisão da presidente Dilma Rousseff de declarar encerradas as negociações com as centrais sindicais e os partidos da base sobre o reajuste do salário mínimo de 2011 – fincando pé no valor fixado de R$ 545 – é uma demonstração de autoridade e coerência política. Não é pouca coisa para quem tem léguas a percorrer na construção de um estilo de liderança pessoal que resgate a sua imagem da sombra do seu padrinho e grande eleitor Luiz Inácio Lula da Silva. De mais a mais, ela está certa em se manter fiel à regra acertada com os sindicalistas em 2007, pela qual o mínimo deve ser reajustado por uma fórmula que leva em conta a taxa de inflação do ano anterior e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Primeiro, porque os pactos existem para ser cumpridos e também disso depende a reputação de um governo. Segundo, porque um aumento maior do que o resultante daquele cálculo desmoralizaria na primeira curva do caminho os reiterados compromissos da presidente com o "valor absoluto" da estabilidade econômica e com o rigor fiscal por ela prometido já no seu pronunciamento da vitória, em 31 de outubro. Afinal, os benefícios da Previdência são reajustados pelo salário mínimo.

A majoração do piso de R$ 510 para R$ 545 não proporciona ganho real para os assalariados, pela simples razão de que o PIB não cresceu no recessivo ano de 2009 (a rigor, retrocedeu 0,2%). Para fazer bonito diante da arquibancada, a presidente poderia, como pleiteavam os sindicatos, sacar a descoberto, antecipando uma parte do robusto aumento que virá em 2012, graças ao desempenho da economia no ano que passou, concedendo um mínimo de R$ 580. Mas Dilma, em mais de uma frente de atuação, parece menos preocupada em fazer bonito do que em fazer a coisa certa. Nem sempre conseguirá, às vezes nem tentará, mas ela decerto está ciente do que poderia significar um recuo já na primeira batalha do seu mandato. Para não deixar dúvidas sobre o que esperar dela, quando está convencida de que a sua posição é a correta, a presidente não só mandou avisar que não há mais o que discutir sobre o mínimo, como ainda tratou de apressar a votação da matéria – o que deverá ocorrer já no começo da semana que vem – e avisou os líderes parlamentares governistas de que emendas ao projeto não serão toleradas. A direção do PT, por sua vez, estuda fechar questão em torno da proposta para enquadrar os companheiros recalcitrantes.

Se, apesar de tudo e contra todas as expectativas, o Congresso aprovar um mínimo superior a R$ 545, o Planalto advertiu que a diferença será compensada por um golpe de tesoura maior do que o previsto no Orçamento, alcançando em primeiro lugar as preciosas emendas parlamentares. Dilma bateu o martelo um dia depois de Lula, na sua primeira manifestação sobre uma questão do governo de sua sucessora, considerar "oportunismo" a insistência dos sindicalistas em alterar as regras do jogo. O ex-presidente foi instado a falar pelos jornalistas que o acompanharam a Dacar, no Senegal, para a abertura do 11.º Fórum Social Mundial. Mas a decisão de Dilma estava tomada de antemão – e não dependia do beneplácito do padrinho. A crítica de Lula caiu mal entre os dirigentes sindicais. Na semana passada, alguns invocaram o seu nome para constranger a presidente que, segundo eles, estaria se desviando da rota do seu mentor. O mais vociferante tem sido o deputado Paulo Pereira da Silva, do PDT paulista, que controla a Força Sindical. "O Lula está com problema de memória", atacou, invocando as promessas do então presidente às lideranças sindicais, em meados de outubro, de que haveria aumento real do mínimo em 2011. À época, o tucano José Serra insistia em que, se eleito, o piso iria para R$ 600.

Além de exprimir seu desapontamento com Lula, os sindicalistas passaram a fazer ameaças rombudas a Dilma. "Derrotar aliados é uma coisa ruim. Fica um rescaldo para o futuro", disse Pereira da Silva. Mas as consequências, além de virem sempre depois, como diria o Conselheiro Acácio, podem ser tanto menores quanto maior a coragem exibida no embate pela autoridade que as sofreria.

Editorial – O Estado de S.Paulo

Governo federal anuncia "corte" de 50 bi no orçamento e pig, tucademos e agiotas comemoram

No dia que um governo tenha coragem bastante para "cortar"  50 do pagamento da divída pública o Brasil verá como o trio (pig, tucademos e agiotas) esbravejarão.

A muito, muito tempo mesmo a selic deixou de ser uma questão tecnica e passou a ser política.

Tenho certeza que viverei o bastante para eleger um presidente da república que bata de frente mesmo com o "mercado" e reduza drasticamente o pagamento de juros para esta corja imunda.

Inda veremos isto acontecer.

por Cesar Maia

"Na política, a lenta tenacidade vence sempre a força, não dominada; o plano elaborado triunfa sobre o impulso improvisado; o realismo sobre o romantismo."
(Stefan Zweig, Em Maria Stuart - Capítulo VI).

Ex-Blog do Cesar Maia

Cesar Maia

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O LONGO CICLO POLÍTICO DA ARENA!
            
1. Depois da eleição de 1965, onde as urnas sinalizaram oposição ao regime autoritário, os partidos constituídos a partir da "república de 1946" foram extintos e criado artificialmente um sistema binário com a ARENA -oficialista- e o MDB -híbrido. Com a democratização e as eleições de 1982, novos partidos foram criados. Em função das restrições, cinco partidos participaram das eleições: PDS, PMDB, PT, PDT e PTB.
            
2. O processo sucessório presidencial, marcado para 1985, abriu uma profunda cisão no PDS. Isso veio com a morte prematura do ministro da justiça, Petronio Portela (autor da emenda número 11 de 1978, que desenhou o processo de transição democrática), por uma ala do PDS que acompanhava esta orientação. Com a morte de Portela, Maluf tornou-se imbatível na convenção e, assim, abriu-se espaço para que um setor democratizante portelista do PDS organizasse a Frente Liberal, rompesse com o PDS, garantisse a eleição de Tancredo Neves e formasse um novo partido: o PFL.
            
3. A aproximação do PFL ao PP, da Espanha, na segunda metade dos anos 90, orientou seu caminho em direção ao Centro, reproduzindo a mesma estratégia do Partido Popular da Espanha. Após a eleição de 1994, o governador do Paraná e o prefeito do Rio, ambos PDT de origem, foram contatados pelo presidente do PFL, que apresentou a estratégia elaborada com o PP da Espanha. A entrada de ambos no PFL foi o primeiro grande passo naquela direção.
            
4. Após a eleição de 2002, iniciou-se uma segunda etapa, com diversos seminários. a elaboração de novos documentos programáticos e, finalmente, o Congresso de 2004, chamado de Refundação do PFL. O conteúdo destes documentos é claramente de um partido de centro, de caráter social-liberal. Completamente atual para este propósito.
            
5. O passo seguinte foi a mudança de nome para "Democratas" e a eleição de uma nova executiva, observando a renovação geracional de forma a que as "novas caras" do DEM -até pela idade- não sinalizassem envolvimento com o regime autoritário.  É natural que, num processo como esse, de renovação politico-ideológica, um setor do partido fosse cético quanto a sua eficácia.
            
6. Era natural também, que uma mudança desse teor produzisse, como sempre acontece, perdas políticas e de mandatos por um período. Finalmente, a base tradicional do PDS-PFL no interior do nordeste foi capturada pelo PT -paradoxalmente- com um programa clássico social-liberal de igualação de ponto e partida, o bolsa-família.  Essa perda de mandatos parlamentares e de chefes de executivo era perfeitamente previsível.
            
7. Mas ocorreu um fato inesperado. Os segmentos do partido mais próximos à representação de importantes setores econômicos, como, por exemplo, setores financeiro e de obras públicas, foram surpreendidos quando estes setores aderiram ao governo do PT. Isso estimulou uma aproximação com a base partidária do governo. Na verdade, este fato seria até bem-vindo, pois aceleraria o caminho do DEM em direção ao Centro e, com isso, a eliminação dos últimos vestígios da Arena no DEM.
            
8. Esses dois vetores se reforçaram (grupos econômicos urbanos e chegada ao centro) e produziram uma reativação dos vestígios de sobrevivência da Arena. Com isso, estabeleceu-se com maior nitidez uma disjuntiva: afirmar o DEM como partido de Centro, num modelo do PP da Espanha, ou fundir-se com o PMDB e migrar para a base do governo federal. É isso que se discute, tanto na recente eleição de líder na câmara de deputados, quanto na convenção de março de 2011: um retorno à Arena, ou um avanço ao Centro, conforme estratégia da segunda metade dos anos 90.

                                                * * *

CORTE DE 50 BI NO ORÇAMENTO: O QUE HÁ POR TRÁS..., E PELA FRENTE?
                
1. (Globo Online, 09) O ministro Guido Mantega confirmou que o governo federal reduzirá os gastos do Orçamento em R$ 50 bilhões  em 2011. Segundo ele, os projetos sociais serão preservados e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) continuará no patamar atual. Ainda de acordo com ministra do planejamento, haverá corte de 50% em diárias e passagens.  O governo também vai intensificar o processo de compra compartilhada pelos ministérios e órgãos federais com objetivo de baixar os preços nas licitações. Também está suspensa, por enquanto, a contratação de concursados.
                
2. (Ex-Blog) O que há por trás e pela frente? a) Não haverá PAC 2. \ b) Governo Lula desperdiçava muito em viagens e diárias. \ c) As compras, sem levar em conta escala, eram sobrefaturadas no governo Lula. d) Os concursos feitos no final do governo Lula eram desnecessários e apenas inchavam o funcionalismo.

3. E por que não foram feitos cortes nas verbas de propaganda/publicidade?

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AGORA CONHEÇA O QUE ERA O PAC-2 E QUE FOI CANCELADO!
                
(PAC-2 - Relatório 1) 1. Os brasileiros e as brasileiras já sabem que é possível seguir a trilha do crescimento experimentado nos últimos anos, preservando os avanços obtidos no período. Já sabem o que precisa ser feito e como fazer. Agora, vão saber que é possível fazer mais, porque o Brasil  aprendeu a crescer e vai continuar crescendo.  O Governo Federal apresenta ao País a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC 2.
              
2. O PAC é o maior projeto estratégico já feito no Brasil e está mudando o jeito de planejar e executar os investimentos. Assim como na primeira etapa do Programa, o principal objetivo é aumentar  o ritmo da economia, combinando esse aumento com geração de empregos,
distribuição de renda e inclusão social. Hoje, o Brasil conhece o caminho que leva ao futuro. Um percurso que começa pelo planejamento de longo prazo, passa pela execução dos investimentos e se completa no desenvolvimento do País e na vida das pessoas, com a geração de emprego, moradia, saúde e outras conquistas.
              
3. Conheça o lançamento do PAC-2 -para 2011-2014- como reforço da campanha da Dilma a presidente. Quadro resumo do UOL.
              
3. Conheça na íntegra o PAC 2, que foi cancelado.

                                                * * *

PESQUISA COM TURISTAS DOS NAVIOS-CRUZEIRO NO RIO! INSEGURANÇA NÃO É CITADA!
        
Site Consultoria em Turismo, com o apoio da Fundação Cesgranrio e da UniverCidade pesquisa com 1000 cruzeiristas estrangeiros.
    
1. Origem: 40% norte-americanos \ 30% europeus \ 22%  sul americanos \ 8% asiáticos \ 65% vieram pela primeira vez ao Rio \ 25% uma vez antes e 10% pelo menos duas vezes. \ 85% retornariam ao Rio \ 15% não retornariam.

2. Pontos Positivos: 35% população anfitriã \ 30% natureza exuberante \ 25% segurança em áreas turísticas \ 10% gastronomia.

3. Pontos Negativos: 45% preços altos (câmbio) \ 25% informações turísticas \ 20% instalações portuárias \ 10% taxis.

4. Pontos mais visitados: 40% Pão de Açúcar \ 30% Praias \ 20% Jardim Botânico \ 10% centro do Rio.












PIG, Lula não levou o AeroLula prá casa dele?

Aí cuma fica, o avião né dele?...
Ocês passaram 8 anos dizendu isso e agora, como podemos continuar acreditá no qui ocês fala e iscrevi?...

Apreciem abaixo mais um texto da série Inveja não mata. Mas, maltrata!

por Josias de Souza

Em vôo de carreira, Lula 'saboreia' sua popularidade

Joel Silva/Folha

Convertido pelas contingências num sem-avião, Lula aventurou-se no primeiro vôo de carreira desde que deixou a Presidência.

Deu-se nesta quarta (9). O ex-soberano embarcou no vôo de número 1206, da Gol. Chegou à pista de Congonhas (SP) por uma trilha alternativa.

Foi, primeiro, à Base Aérea, onde costumava pousar quando voava nas asas do AeroLula. Uma van conduziu-o, junto com seus acompanhantes, até o avião.

Acomodou-se na poltrona oito, corredor. Ao centro, a mulher, Marisa Letícia. Na janela, a nora, Marlene Araújo.

Assessora de Lula, Clara Ant foi ao seu lado, em assento contíguo, separado pelo corredor. À frente dela, o presidente do PT-SP, Edinho Silva.

Os demais passageiros entraram no avião depois. Súbito, um deles reconheceu Lula. Estacou, freando o movimento da fila no corredor.

A notícia sobre a presença se disseminou. Testemunhas da cena, os repórteres Daniela Lima e Joel Silva relatam, na Folha, a azáfama que se seguiu.

Lula foi filmado. Abraçado ora a passageiros ora a aeromoças, fez pose para mais de três dezenas cliques fotográficos. Distribuiu dezenas de autógrafos.

Afagou crianças. Levou uma menina ao colo. Sitiado, comemorou os efeitos do assédio sobre a alma: "É prazeroso".

Surpreendida pela presença dos repórteres, a assessora Ant apresssou-se em informar que o chefe não daria entrevista.

Lula logo a desmentiria. Falou: "Todo político devia evitar aquele conselho do assessor que fala: 'a coisa tá ruim, não vai para a rua'..."

"...Quando tá ruim é que tem que ir para a rua. Quando está bom pode ficar em casa".

Acrescentou: "Eu nunca tive medo de ir aos lugares. Se tem uma coisa que não me assusta é o povo".

A caminho de Brasília, Lula recebeu um presente. Um dos passageiros deu-lhe o livro "Ainda Existe Esperança", do argentino Enrique Chaij.

Outro passageiro cedeu-lhe um jornal do dia. Lula concentrou-se numa notícia sobre a encrenca do reajuste do salário mínimo, iniciada ainda na sua gestão.

Uma aeromoça ofereceu ao ex-soberano um pacotinho de biscoitos salgados. Lula refugou. Serviu-se apenas de água. Sem gelo.

No mais, alimentou-se de sua popularidade. Estátua de de si mesmo, saboreou o culto à sua personalidade.

Degustou cada abraço, cada tapinha nas costas, cada aperto de mão, cada foto, cada autógrafo. "É prazeroso".

Joel Silva/Folha

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