Carlos Drumond de Andrade

O bom da vida e da morte é que todos temos onde viver e também aonde cair morto.
Joel Neto
 

A história do bondinho de Santa Teresa RJ

Exclusivo.

A história do bondinho de Santa Teresa RJ em Documentário Especial.

   Algumas semanas antes do acidente ocorrido em agosto de 2011 com o bondinho de Santa Teresa no Rio de Janeiro, alguns passageiros puderam contar suas estórias de idas e vindas sob os trilhos...


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Mensagem do dia

Quando Kaio completou 12 anos foi mandado a um mestre, com o qual estudou até completar 21.  Ao terminar seu aprendizado, voltou para casa cheio de orgulho.

Disse-lhe o pai:

- Como podemos conhecer aquilo que não vemos? Como podemos saber que Deus, o Todo Poderoso, está em toda parte?

O rapaz começou a recitar as escrituras sagradas, mas o pai o interrompeu:

- Isso é muito complicado; não existe uma maneira mais simples de aprendermos sobre a existência de Deus?

- Não que eu saiba, meu pai. Hoje em dia sou um homem culto, e preciso desta cultura para explicar os mistérios da sabedoria divina.

- Perdi meu tempo e meu dinheiro enviando meu filho ao mosteiro - reclamou o pai.

E pegando Kaio pelas mãos, levou-o a cozinha. Ali, encheu uma bacia com água, e misturou um pouco de sal. Depois, saíram para passear na cidade.

Quando voltaram para casa, o pai pediu a Ketu:

- Traz o sal que coloquei na bacia.

Ketu procurou o sal, mas não o encontrou, pois já se havia dissolvido na água.

- Então não vê mais o sal? - perguntou o pai.

- Não. O sal está invisível.

- Prova, então, um pouco da água da superfície da bacia. Como está ela?

- Salgada.

- Prova um pouco da água do meio: como está?

- Tão salgada como a da superfície.

- Agora prova a água do fundo da bacia, e me diz qual o seu gosto.

Ketu provou, e o gosto era o mesmo que experimentara antes.

- Você estudou muitos anos, e não consegue explicar com simplicidade como o Deus Invisível está em toda parte - disse o pai.

- Usando uma bacia de água, e chamando de "sal" a Deus, eu poderia fazer qualquer camponês entender isso. Por favor, meu filho, esqueça a sabedoria que nos afasta dos homens, e torne a procurar a Inspiração que nos aproxima.


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por Cesar Maia

 A ABSURDA DISCUSSÃO SOBRE OS EFEITOS POLÍTICOS DA DOENÇA DE LULA!
                
1. Os humanistas -que tem a pessoa humana como razão e centro dos objetivos políticos- devem se negar a participar de especulações sobre o futuro político em função da doença de Lula. O que cabe é a solidariedade pessoal, a energia de uns e a oração de outros, para que Lula se reestabeleça rápida e plenamente. E nada mais.
                
2. Até porque os efeitos sobre o imaginário popular -em curto e médio prazos- são imprevisíveis entre os latinos. Vide Argentina recentemente. Vide Brasil de Tancredo. Sendo assim, nem é cristã essa especulação, e ainda é inócua. As energias devem se voltar para a recuperação pronta de forma a que o debate político se dê em seu campo próprio com Lula na plenitude de suas forças. E aí sim as ideias devem ser confrontadas.
                
3. Mas a coincidência do mesmo mal em líderes em função de governo como Chávez, Lula, Lugo e Dilma, deveria levar a uma reflexão sobre a relação entre o estresse político e a alteração do equilíbrio celular. No caso de Kirchner isso ficou patente, embora não tenha falecido por ocorrência de tumor. Os líderes nos EUA e na Europa cuidam de suas jornadas de trabalho e dos períodos de férias e relaxamento. Aqui, os líderes se jactam por dar publicidade a serem workaholic - trabalhadores compulsivos.


O tempo


Com o tempo,você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa em primeiro lugar não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama e que nao quer nada com você, definitivamente nao é o homem da sua vida. Você aprende a gostar de você,cuidar de você, e principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo nao é correr atrás das borboletas...é cuidar do jardim para que elas venham até você!"
...

"Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser."

Banda Tio Roy - I will survive e It´s raining man

O resgate da pequena Azra Gulzad Karaduman

 Estava ali, lendo as notícias sobre o recente terremoto que sacudiu a província de Van, na Turquia e o resgate da pequena Azra Gulzad Karaduman, de apenas 15 dias, bem como de sua mãe e avó. Uns dizem que foi um milagre de Deus. Enquanto isso morreram mais de quatrocentos habitantes da mesma província, entre crianças que nem Azra, jovens e idosos. Azra, que se trocarmos de lugar as duas últimas letras daria Azar, teve muita sorte, isso, sim. Confesso-me irreverente por conta das blasfêmias gratuitas quando escuto essa história de "livre arbítrio" para justificar crendices que beiram o fanatismo. Quando fazemos coisas erradas ou quando inocentes pagam com a vida a irresponsabilidade alheia dos impunes de plantão, a ladainha é a mesma. Uns apenas para o desgastado "Deus sabe o que faz" ou "Deus escreve certo por linhas tortas". Ainda dentro dos meus contextos de irreverência que norteia a minha descrença, ouso perguntar se essa coisa de livre arbítrio é somente dos humanos? No caso de Azra, por exemplo, por que somente ela foi salva com esse milagre? Livre arbítrio desse mesmo deus? Quais os critérios para que o milagre tenha acontecido? Um miserável qualquer dos confins do mundo ganha sozinho na loteria entre bilhões de possibilidades dele acertar os números. Milagre? Sorte? Escolha divina? Por favor, não me levem a mal essas mal traçadas irreverências porque elas não fazem apologia à descrença. De tanto ver grassar a violência, de tanto ver prosperar a impunidade, a cretinice, a desigualdade, pergunto onde estão os milagres que só acontecem entre os maus; os que prosperam com a infelicidade alheia, com os dízimos humildes dos que ainda são inocentes ou carentes demais para se deixarem levar por essas promessas imorais de que Deus só escuta quem se sacrifica por Ele. É bem provável que eu já tenha meu lugar garantido nas profundezas do inferno. Podem me deixar ficar bem passado ou até passar do ponto. Terei merecido se existir inferno, mas rezem muito, orem muito para eu não encontrar nenhum de vocês num lugar comum e perdido pelas vastidões incomensuráveis do desconhecido onde estaremos retornando ao pó de onde viemos. A Terra já foi um aglomerado de pó de estrelas que explodiram universo afora, há mais de 14 bilhões de anos. A Terra já foi uma imensa bola de fogo e a prova é tanta que mesmo tendo encolhido enquanto foi esfriando e assumindo formas e se enchendo de vida, ainda não ficou pronta. Aqui e ali essa mesma Terra, com mais de 4 bilhões de idade, ainda se espreguiça com violentos terremotos, se coça em suas acomodações tectônicas, regurgita em tornados e faz peraltices com furacões, tufões e outros que tais. A pequena turca, Azra, teve muita sorte. Por outro lado, muitos de seus primos, parentes e vizinhos, o maior azar. Talvez alguns deles tenham mesmo merecido morrer no cataclismo, mas outros nem tanto. De uma coisa estou convencido, não por conta do resgate de Azra, mas por todo um contexto e pelo meu livre arbítrio: decidi não comentar mais sobre o que dizem sobre esse assunto. Os que sofrem, os mais puros, os mais humildes precisam acreditar numa luz que os guie. Vamos chamar essa luz de fé, seja lá o que for. Que acreditem, como acreditaram nos políticos que elegeram. Decepções fazem parte da vida. Nem tudo acontece como a gente imagina e a maioria das decisões que tomamos as tomamos por livre arbítrio ou por puro acaso, ou porque fomos induzido a tomá-las. Assim é a vida e a vida não é um livre arbítrio. Desistir dela é cometer suicídio, é sentir medo e medo é uma forma de ter mais cautela. A pequena Azra não pediu para nascer e já que teve a sorte de escapar, vamos desejar a ela uma boa vida e que ela faça boas escolhas quando puder entender que teve essa sorte toda.

A. Capibaribe Neto