Corrupção: troque um José por outro

Em vez de Serra, Dirceu.

Imagine agora: um homem de Dirceu – um daqueles que acompanham alguém por toda parte, de Brasília a São Paulo – ignora uma denúncia de corrupção que pode chegar a meio bilhão de reais.

São cinco Mensalões, para você ter uma ideia da magnitude da ladroeira.

Continuemos. O homem de Dirceu confirma que recebeu a denúncia. E afirma que desistiu de levar adiante qualquer investigação depois que os acusados disseram que não estavam roubando nada.

Diz que ficou surpreso ao saber que estavam sim roubando. Pausa para rir. Surpresa mesmo seria se sujeitos acusados de roubar admitissem.

Enfim.

Você faz conta do que aconteceria o José fosse Dirceu: capas sobre capas da Veja pontificando sobre o mar de lama. Reportagens histéricas do Jornal Nacional repercutindo cada 'descoberta' nova da Veja. Editoriais do Estadão dando lições de decência. Colunistas como Jabor, Merval e derivados disputando quem usa mais vezes a palavra corrupção.

Mas como o José é Serra não acontece nada. O homem de Serra – Mauro Ricardo – é apresentado como 'secretário de Kassab'.

Até quando Serra vai escapar da obrigação de prestar contas em casos de corrupção como o do Metrô e, agora, o das propinas na prefeitura de São Paulo para liberar prédios?

Para saber quanto são ligados Serra e Ricardo pego uma reportagem de 2010 do Valor Econômico e reproduzo algumas palavras. O título era: "O implacável braço direito de Serra".

Ricardo trabalhava então fazia 15 anos com Serra. E era "um nome certo para compor um eventual ministério do candidato tucano à Presidência".

Mauro Ricardo é um dos raros elos entre Serra e Aécio. Em janeiro de 2003, então governador de Minas, Aécio pediu a Serra alguém para a presidência da Copasa, a estatal mineira de saneamento. Serra indicou Mauro Ricardo.

Mais recentemente, ele foi contratado para ser secretário das Finanças do prefeito de Salvador ACM Neto. O site Bahia Notícias, em março passado, publicou uma reportagem que trazia documentos com problemas judiciais que Ricardo vem enfrentando.

O título: "Secretário 'importado' de SP por ACM Neto já foi condenado e responde por supostos desvios". Um dos casos listados pelo site se refere ao tempo em que Ricardo, por indicação de Serra, comandava a Suframa, Superintendência da Zona Franca de Manaus.

Disse o site Bahia Notícias:

"O Ministério Público Federal o responsabilizou pelo superfaturamento de uma obra de melhoramento e pavimentação de um trecho de 34 km da BR-319, entre o Amazonas e o Acre. Para a Procuradoria da República, a obra, que custou R$ 11,3 milhões aos cofres da União, era "superfaturada" e "desnecessária", pois a conservação da rodovia estava sob supervisão do Exército."

Mais uma vez. Troque de José. Imagine se Mauro Ricardo fosse ligado a Dirceu, e não a Serra.

As manchetes, as colunas, as denúncias.

Mas, em vez disso, um silêncio camarada, como se nada estivesse ocorrendo.

Palmas para a mídia brasileira, aspas, e seu cinicamente seletivo conceito de moralidade.

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Quem fala o que quer, escuta o que não quer

Mensagem do dia para a vida toda

Se você perde bens materiais, perde pouco.

Se você perde bens espirituais, perde muito.

Se você perde a esperança, perde tudo.

Moderninho e colonização

A crítica ao esforço do governo brasileiro para monitorar a ação de espiões norte-americanos e de outros países em nosso país é um típico exemplo de mentalidade colonizada.

Dizer que é uma medida equivalente ao esquema de espionagem da NSA no país é puro absurdo.

A descoberta de que a NSA grampeava nossas autoridades, a começar pela presidente Dilma Rousseff, revelou um país que mantém uma diplomacia imperial.

É uma atitude preocupante, numa época em que se assiste a uma retomada de uma política intervencionista por parte de Washington, com apoio e sustentação a golpes de Estado contra governos eleitos, como ocorreu em Honduras e no Paraguai.

Neste caso, Washington não demonstrou lealdade ao agir com os brasileiros e precisava ser denunciado por isso. Não por essa razão, países em outra posição na diplomacia internacional, como a Alemanha, aliaram-se ao Brasil diante do mesmo problema. A ação da NSA deixou claro que a Casa Branca pratica uma diplomacia de hegemonia e domínio. Pode até ser útil para os interesses que dominam o governo americano mas não oferece benefícios aos países atingidos.

No outro caso, temos medidas – parciais, limitadas, atabalhoadas, muitas vezes pouco eficazes – do governo brasileiro para defender a soberania de um país, ameaçada por uma ação de força por parte uma potência externa. Todo esforço para proteger o território brasileiro neste caso não só é inteiramente legítimo, como deveria ser estimulado e ampliado.

Apenas uma visão moderninha em excesso, de quem desconhece um dado básico do fim dos impérios coloniais – a emergência dos interesses nacionais –, poderia imaginar que estamos diante de medidas equivalentes e igualmente condenáveis.

Implica em acreditar numa utopia juvenil segundo a qual com a abertura intensa do comercio internacional ocorrida nas últimas décadas o planeta teria entrado numa etapa madura de respeito e igualdade entre as nações.

A consequência dessa visão é aquele tipo de pós-modernidade de quem não se reconhece como brasileiro e procura ser neutro em conflitos internacionais.
É como se fosse feio ter nacionalidade e provinciano exibir prioridade nas questões em que o próprio país está envolvido. O passo seguinte, claro, é pensar o mundo de forma politicamente polivalente, como se todos os interesses fossem neutros e equivalentes.

Na realidade, este pensamento é parte de uma visão que considera conveniente a um país como o Brasil abrir mão de direitos e prerrogativas como nação na esperança de obter uma integração vantajosa com Washington. Essa visão deu base, por exemplo, a uma política externa que no passado levou o país a apoiar a proposta da ALCA, o esforço do governo dos Estados Unidos para criar uma zona de livre comercio no continente – sob sua hegemonia.

Em anos recentes, este ponto de vista raras vezes encontrou porta-vozes tão claros como André Lara Rezende, um dos principais conselheiros de Marina Silva, para quem "a questão do Estado-Nação ficou ultrapassada," conforme ele admitiu no livro O que os Economistas pensam sobre Sustentabilidade (página 37).

Isso está errado, meus amigos. Se até a postura do craque Diego Costa, ora brasileiro, ora espanhol, causou estranheza em muita gente, não custa lembrar que ali estávamos falando de futebol e Copa do Mundo, certo?

Fingir que na vida real não existem conflitos e diferenças entre países diferentes, e que é legítimo a um governo assumir prioridades de seu país, é o caminho mais curto para se aliar a política do mais forte. O nome disso é raciocínio colonizado.

PAULO MOREIRA LEITE

Dez truques para deixar seu Face mais bacana

Nem todos esses recursos estão escondidos, mas podem não ter sido notados, então segue a lista:

Lista de interesses
No quesito produtividade, uma das grandes funcionalidades do Facebook. Com isso você pode criar listas co páginas ou pessoas que te interessem. Por exemplo: uma chamada "notícias" em que constam páginas de sites como o Olhar Digital; ou outra "acompanhar" com pessoas que você queira seguir de perto.
Basta clicar aqui para criar uma lista. Ela pode ser pública ou privada.

Ver o histórico de amizade
Veja as interações entre você e um amigo clicando na aba "ver amizade" que fica abaixo da foto de capa de cada pessoa. Ali aparecem postagens, fotos, eventos, entre outras coisas. E, caso você esteja em um relacionamento com alguém, clique aqui para ver a página do casal.

"Outras" mensagens
Pode haver um monte de mensagens não lidas no seu Facebook, porque tudo o que a rede social julga como não tão interessante vai para a pasta "Outros". Ela fica aqui, guardando conversas talvez nunca respondidas.

Veja fotos do jeito antigo
Nem todo mundo gostou da visualização de fotos e vídeos em formato pop-up do Facebook, mas você pode voltar ao modo antigo apenas recarregando a página da foto/vídeo. Também dá para fazer isso abrindo a foto/vídeo em uma nova aba do navegador.

Não seja surpreendido com a marcação de fotos
Ao invés de deixar que qualquer um te marque em uma foto, o que por vezes causa constrangimento, você pode escolher aprovar todas as marcações. Para fazer isso, clique aqui e deixe a opção "Analisar marcações que as pessoas adicionam às suas publicações antes de serem exibidas no Facebook?" ativada.

Altere o idioma para algo mais divertido
Há bastante tempo o Facebook incluiu a opção "inglês de piratas" entre os idiomas, e também há o "upside down" que deixa tudo escrito da direita para a esquerda e o "Leet Speak", uma espécie linguagem de internet. Mas atenção: pode ser bem complicado entender o que está escrito. Se quiser mudar, vá aqui e divirta-se.

Baixe seus dados
Também nesta página você encontrará um link para baixar todas as informações sobre si próprio que estão armazenadas na rede social. Ele fica abaixo da opção de idioma, escrito em azul.

Registro de atividades
Tudo o que você faz no Facebook fica guardado. Pelo registro de atividades dá para ver o que foi curtido, os comentários feitos e recebidos, fotos marcadas, grupos que você entrou, eventos… tudo. O recurso fica abaixo de sua foto de capa, do lado direito.

Envie mensagem privada pelo e-mail
Todo usuário do Facebook possui um e-mail na rede social, isso significa que é possível receber mensagens de Gmail, Hotmail, Yahoo etc. lá dentro. Se quiser enviar uma mensagem assim, basta colocar o nome de usuário do destinatário seguido por @facebook.com e enviar da sua conta tradicional.

Desligue notificações móveis
Não quer mais receber notificações no celular ou tablet sobre qualquer coisa que ocorre no Facebook? Siga estes passos: pelo app do aparelho, visite Configurações da conta > Notificações > Push de celular. Então é só desmarcar o que incomoda.
Com: Telegraph.

Biografia autorizada - já deu o que tinha que dar

Fui cobrado por ter escrito há 15 dias que a polêmica sobre as biografias “já deu o que tinha que dar” e que ninguém mais iria convencer ninguém que já não estivesse convencido. Como, parodiando Machado de Assis, “sofro de tédio à controvérsia”, quando elas viram bate-boca, propunha que se aguardasse então a decisão da Justiça.
Estava enganado, as discussões continuaram e ficaram ainda mais acirradas. Esqueci que no Brasil polêmica acaba em polêmica, isto é, não acaba, uma dá início a outra, como agora, com a aparente mudança de posição do Procure Saber e o real racha entre seus integrantes.
A novidade é a transferência das divergências para o âmbito dos próprios membros do grupo, a julgar pelo que tem vazado para a imprensa. Zózimo Barroso do Amaral noticiaria assim: “Não convidem para a mesma mesa Roberto Carlos e Caetano Veloso”.
Essa parceria foi responsável por um dos momentos mais emocionantes da música brasileira, quando o Rei foi visitar Caetano no exílio de Londres, em 1970, e de lá saiu com inspiração para a bela canção-homenagem “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”.
Porém, em termos de ação política conjunta, é difícil a dupla ter futuro. De um lado, o Rei, um moita, cheio de segredos, mistérios e cismas. De outro, Caetano, transparente, franco, expansivo, exibido e sem papas na língua.
O desacordo interno surgiu com a destituição de Paula Lavigne como porta-voz do grupo e sua substituição por um hábil advogado da confiança de Roberto, junto com um “gerenciador de crises” para orientar o “vídeo do recuo”.
A partir de uma experiência pessoal, acho que foi uma injustiça. A culpa pelo ruído entre os dois e pela desunião da turma não deve ser atribuída a Paula, que, apesar da fama, é mais conciliadora do que briguenta (peço licença para uma revelação: Caetano ficou 15 anos sem falar comigo por causa do “1968”. Um dia, ela pegou os dois pelas mãos, disse “Vamos deixar de viadagem” e jogou um nos braços do outro).
Discute-se agora para descobrir se a nova posição do Procure Saber é uma disfarçada confissão de derrota, um recuo estratégico em face da desaprovação da sociedade (também a Academia Brasileira de Letras decidiu apoiar no STF a ação dos editores de livros) ou se, como advertiu Merval Pereira, é uma proposta mais perigosa do que a anterior porque contém um maquiavélico “efeito colateral”, capaz de amordaçar por extensão a imprensa.
Rompendo um demorado silêncio, Roberto Carlos criticou publicamente a “posição mais radical” adotada até então. Poderia então, já que se mostra menos radical, aceitar a sugestão do editor Roberto Feith e retirar a proibição ao livro sobre ele. O que pensam os colegas sobre o discurso do novo porta-voz?
Até agora, essa aliança de artistas deixou como saldo imagens arranhadas e relações estremecidas, sem falar no estigma de ter trazido à cena o fantasma da censura prévia. Terá valido a pena tanto desgaste, inclusive para as biografias dos envolvidos? O objetivo não era preservá-las?
Zuenir Ventura

Carta de uma atriz pornô ao seu filho que ainda não nasceu

Meu filho, 
Enquanto escrevo, você ainda não chegou ao mundo e não deve nascer até a metade de dezembro. No momento em que ler esta carta, terá idade o suficiente para usar a internet e será velho o bastante para conhecer o nome “Aurora Snow”. Agora, eu já terei temido esse dia por muitos anos e a minha esperança é que você encontre este artigo antes de acidentalmente esbarrar em qualquer foto ou vídeo que mostre sua mãe de um jeito que ela nunca desejou que você visse. Deixe-me explicar.
Sua mãe cresceu muito, muito pobre. No começo da década de 2000, eu frequentava a Universidade da Califórnia, em Irvine, e embora eu fosse uma aluna de honra, com pontuações altas nos testes e tenha gasto semanas após semanas preenchendo dados em formulários, continuava mergulhando em empréstimos. Frustrada e sentindo minhas chances de ter uma educação superior escapando, respondi a um anúncio no jornal Orange County Register.
A impressão grande, em negrito, fisgou meus olhos: Modelos para Nudez Feminina – ganhe $2.000 por dia.
Eu não tinha vergonha e precisava do dinheiro. Eu tinha certeza que nunca ia querer ter uma família. Foi em uma idade anterior a todos e tudo estarem online e eu realmente achava que podia esconder isso da minha mãe, pai e irmãos. O que eu tinha a perder? Planejei entrar nessa por um ano, pagar minhas dívidas estudantis e cair fora sem olhar pra trás. Não aconteceu bem desse jeito.
A atenção me fez sentir bem. O dinheiro era incrível. Mas mesmo com a atenção, nunca me senti bonita. Eu achava que a qualquer momento eles perceberiam que cometeram um erro e me pediriam para ir pra casa e trariam alguma garota bonita para o set. Eles nunca fizeram isso. E aquele trabalho de modelo logo levou alguém a me perguntar se eu faria sexo na frente da câmera por dinheiro. Ainda mais dinheiro. Eu disse sim e aquela escolha me levou ao agitado e colorido mundo dos filmes adultos.
Por razões além da minha compreensão, eles continuaram me pedindo para fazer filmes. Logo eu estava em capas, pôsteres e até mesmo alguns programas de televisão mainstream. Sua bisavó foi a primeira a descobrir a profissão secreta da sua mãe (ela me viu em uma fita VHS na casa de um amigo dela) e rapidamente informou sua avó e tios. Apesar de terem ficado desapontados com minhas escolhas, eles nunca deixaram de me amar.
Sua avó achou que eu deveria fazer algo com a minha mente, não com meu corpo. Ela se preocupou bastante comigo e sempre teve esperança de que eu encontrasse um jeito de sair. Acho que eu nunca falei sobre o assunto diretamente com seus tios, mas isso sempre foi o elefante na sala. Seu avô estava vivendo em um outro estado e descobriu o que eu estava fazendo quando me viu no programa de TV do Howard Stern. Lembrando, eu era bastante agradecida por ter sido uma das poucas garotas no programa do Stern a manter as roupas no corpo. Sempre mantive um senso de modéstia quando não estava filmando.
Neste ponto da sua vida, espero que eu tenha falado sobre a importância da honestidade, então, serei honesta com você. Eu fiz tudo o que é imaginável na minha carreira adulta e, se você procurar o suficiente, vai encontrar coisas que deve achar bastante terríveis. Posso dizer honestamente que eu encarei fazer filmes adultos como um trabalho e, como em qualquer trabalho que já tive, achei importante fazer o meu melhor. Algumas vezes, fazer meu trabalho bem, significava fazer coisas bastante grosseiras. Espero que você nunca veja isso.
Uma coisa realmente transformadora aconteceu em 20 de fevereiro de 2009. Seu tio Keith sofreu um acidente de moto terrível, quebrou o pescoço e seus dois filhos vieram aos meus cuidados. Eu não tinha a menor ideia do que fazer com crianças, mas fui forçada a aprender quando tomava conta dos seus primos por dois anos, enquanto Keith se recuperava. Durante esse tempo, alguma coisa mudou. Eu sentia que algo poderoso estava acontecendo dentro de mim, quando um dos meus sobrinhos colocava seus braços ao meu redor, confiando a mim sua vida e me dando seu amor incondicional. De repente eu percebi: “merda, eu quero minha própria família.”
Nunca acreditei no amor e morria de medo de qualquer coisa ou qualquer um que pudesse me prender. Eu era um espírito livre que podia ir e vir a qualquer momento, mas esse sentimento desapareceu quando percebi o que estava perdendo.
Minhas prioridades mudaram. Eu não era mais a garota que queria fazer qualquer coisa, ao invés disso, me tornei uma mulher com um objetivo. Eu queria uma família, mas primeiro tinha que encontrar alguém com quem pudesse criar essa família. Não era uma tarefa fácil. Um amigo querido me apresentou a um cara do campo. Ele era caloroso, charmoso e muito ligado à família.
Mesmo que eu quisesse bastante, é difícil mudar depois de dedicar uma década da sua vida a uma carreira, não importa qual seja essa carreira. Seu pai reconheceu o ciclo no qual eu estava presa e disse: “Só aperte o botão de ejetar.” Era um conselho que eu finalmente estava pronta para ouvir. Pela primeira vez eu tinha tanto a coragem quanto a motivação para deixar o emprego.
Filho, eu espero que esse artigo ajude-o a compreender e impeça-o de clicar nos links dos meus vídeos de sexo. As escolhas que nós fazemos podem mudar nosso caminho para sempre de um jeito que talvez não compreendamos no momento. Eu fiz escolhas que me levaram a um caminho que muitos desaprovam. Apesar do que pensava na época, estas são escolhas que eu agora estou explicando ao meu próprio filho. Tudo se resume a escolhas. Se eu soubesse que um dia mudaria de ideia e desejaria ter minha própria família, teria feito escolhas completamente diferentes. Eu não posso dizer que elas seriam melhores, porque cada escolha que fiz me trouxe a este ponto e eu não voltaria atrás. Quando você tem 18 anos, é fácil ver o futuro e saber exatamente o que você quer e não quer, mas apenas dez anos depois, essa clareza toda desaparece.
Então, lembre-se quando você estiver fazendo grandes escolhas na vida, pense longe no futuro e pergunte a si mesmo: “Posso viver com isso?” Minha resposta a essa pergunta é esta carta, que eu espero que fale por si própria.
Com amor,
Mamãe

Luciano Ribeiro

Editor do PapodeHomem, ex-designer de produtos, apaixonado por ilustração, fotografia e música. Ex-vocalista da banda Tranze (rock’n roll). Volta e meia grava músicas pelo Na Casa de Ana. Escreve, canta, compõe e twitta pelo @lucianoandolini.

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