Yacov - um brazil para tolos

Não pode fazer manchetes negativas com os TUCANOS
Não pode fazer CPI dos TUCANOS
Não pode fazer denuncia contra TUCANOS
Não pode sequer investigar que dirá condenar os TUCANOS
Não pode entrevistar os tucanos e agora não pode fazer pesquisa sobre os TUCANOS …

O que é que pode fazer com os TUCANOS ?!?!?

"O BRASIL PARA TODOS não passa no SISTEMA gloBBBo de SONEGAÇÃO

O que passa SISTEMA gloBBBo de SONEGAÇÃO é um braZil-Zil-Zil para TOLOS"

Conselho da Vovó Briguilina

Não despedicie seu tempo tentando convencer alguém, que só toma como verdade, a verdade que lhe convém.

PSDB morre de medo de secar junto com o Cantareira

Autor: Fernando Brito

Não é intriga a notícia de que o PSDB entrou na Justiça para investigar a pesquisa Datapopular, divulgada ontem, em que 70% dos paulistanos culpam o Governo Geraldo Alckmin e a Sabesp pela crise de abastecimento de água em São Paulo.

Está aqui, no site do PSDB paulista, para ninguém achar que é piada o que é realmente uma piada.

Os tucanos paulistas desconfiam que é uma armação do PT.

Como é que uma pesquisa pode registrar isso, se a mídia está toda preocupada com a "falta de luz" federal?

A Sabesp está com um comercial no ar dizendo que a culpa da falta d´água é da natureza, pobre coitada.
Teve seca na Austrália e até na Califórnia, como é que ia deixar de ter seca em São Paulo, este paraíso da modernidade e da capacidade de "gestão"?

Agora, as dificuldades do sistema elétrico, estas, claro, são da falta de capacidade do Governo Federal, certo?

Essa ganha toda a cobertura da mídia.
Embora nessa "crise" tenha uma tonelada de ganância.

Ontem O Globo deu manchete para asdistribuidoras de eletricidade, coitadas, "exigindo" providências imediatas do Governo Federal.

No mesmo dia , uma das geradoras privadas – ou melhor, privatizadas pelos tucanos -, a AES-Tietê, anunciou uma alta de 92,7% nos seus lucros líquidos do primeiro trimestre deste ano em relação a 2013, subindo de R$ 185,7 milhões para R$ 357,9 milhões.

O ex-ministro Alexandre Padilha que se cuide.
O PSDB ficou em polvorosa quando ele entrou de sola na questão da água.

E os tucanos vão entrar de sola sobre ele.

Uma receita para a desigualdade

Os gêmeos ideológicos e a mídia complacente desconversam sobre os efeitos indigestos da receita que anunciam como se fosse um biscoito fino para o país.

por: Saul Leblon

O conservadorismo costuma se declarar  vítima do maniqueísmo que regularmente carimbaria na testa de seus candidatos  rótulos  depreciativos aos olhos da população.

Elitistas  e entreguistas, por exemplo.

O problema real parece ser outro. Candidaturas conservadoras mostram dificuldade  para conciliar o discurso de palanque com a identidade do projeto que defendem para o país.

Na história recente tornou-se emblemático o caso do governador Geraldo Alckmin.

Presidenciável tucano em 2006, ele se fantasiou com adesivos de estatais brasileiras  na vã tentativa de afastar compreensíveis suspeitas do eleitor.

Convenceu tanto quanto o lobo vestido de vovozinha na história da Chapeuzinho Vermelho.

Ou então Serra. Em 2010, já descendo a ladeira, aliado ao humanista bispo Malafaia para atacar gays, aborto e petistas, o tucano chegou a acenar com um gesto generoso.

O governo propunha então R$ 538 reais para o salario mínimo válido a partir de  2011, um valor calculado conforme a regra pactuada com CUT e sindicatos quatro anos antes.

'Acho pouco', disse o tucano e sapecou:

'Vou fixar em R$ 600 reais' (veja aqui: www.youtube.com/watch?v=qzyOIv--uKw).

Não contente, prometeu um aumento de 10% para os aposentados.

E arrematou com o compromisso de incluir 15 milhões no Bolsa Família (o programa reunia  então 12,3 milhões; hoje são 13, 8 milhões), ademais de  assegurar  um 13º pagamento a todos os beneficiados.

Digamos que Dilma tomasse decisão semelhante hoje.

O que diriam os centuriões do equilíbrio fiscal que saíram de faca na boca diante do reajuste de 10% para o Bolsa Família, somado à correção da tabela do IR, ambos anunciados no discurso presidencial do 1º de Maio?

No caso de Serra, zumbiu um  silencio obsequioso.

Inútil.

A credibilidade do discurso tucano não superou as desconfianças entranhadas no personagem.

O resultado é sabido:  Dilma venceu as eleições de 2010, no 2º turno, por uma diferença de mais de 10 milhões de votos sobre o delfim do conservadorismo.

Tome-se agora o caso dos gêmeos ideológicos, Aécio & Eduardo.

Ambos querem devolver aos mercados  o comando do país.

Há diferenças de estilo, mas nisso são univitelinos.

Em linguagem explícita ou cifrada vão alternando, como num jogral,  detalhes  de como se faz esse cozido de uma Nação.

Junte um Banco Central independente (da sociedade), a um choque de juros; acrescente mais duas voltas de arrocho com um superávit de 3,5%. Pique a meta da inflação ao gosto dos rentistas. Depois misture tudo com a batedeira  da liberdade irrestrita aos capitais; leve ao forno da abertura comercial plena, geral e irrestrita.

Sirva fervendo.

Só falta explicitar  à opinião pública os custos de cada ingrediente.

Colunistas isentos  (ideológicos são os blogueiros ) adornam a omissão com uma condescendência melosa e enjoativa.

A  exemplo do que fizeram com Serra não arguem o preço social e estratégica do cardápio maturado na cozinha  dos gêmeos ideológicos.

Coube à Presidenta Dilma quebrar  o segredo culinário nesta 3ª feira, ao calcular aquilo que se omite deliberadamente:

'Baixar a meta da inflação para 3% (como querem os gêmeos) jogaria 8,2% dos trabalhadores no desemprego', advertiu escancarando a linha tênue que separa o salitre  impopular do lacto purga antipopular.

Preguiçosa nos cálculos quando  se trata de escarafunchar  a cozinha conservadora,  a mídia reagiu celeremente ao discurso do 1º de Maio.

Manchetes faiscantes denunciavam no dia seguinte  a 'gastança': R$ 8,9 bi vai  custar o reajuste de 10% para o Bolsa Família e a correção da tabela do IR.

A assimetria da reação reflete uma divergência de prioridades.

Um aumento anterior de impostos providenciado pelo governo, sobre cervejas e refrigerantes, custeará quase a metade da despesa anunciada no 1º de Maio (R$ 3,6 bi).

O mercado financeiro reagiu inconsolável.

Do Itaú, o Banco Central tucano, veio a explicação: 'esperava-se que a receita extra fosse cobrir despesas das elétricas para não prejudicar ainda mais o superávit de 2014'.

Em bom português:  teme-se que a hidráulica fiscal vire o registro para subtrair  água dos que já tem a caixa cheia, em benefício de que vivem de gota em gota. 

Só no 1º trimestre deste ano, por exemplo, R$ 13,048 bilhões  foram adicionados  à caixa dos rentistas da  dívida interna.

O volume poderia ser significativamente menor se o registro dos juros girasse para baixo.

O Brasil paga o terceiro juro real mais alto do mundo, cerca de 5%, depois de uma queda de braço em que Dilma conseguiu, momentaneamente, trazer para  3,5%, uma taxa real que foi da ordem de 11,5%, em média, no segundo governo Lula e de 18,5% na média do segundo governo FHC.

As medidas que os gêmeos ideológicos listam para o país requisitam um cavalo de pau nessa trajetória descendente.

Com elevado risco de  retornos pífios em relação aos seus próprios objetivos.
É o que demonstra o pulso agonizante de países europeus que desde a crise de 2008 vem sendo tratados com o receituário que Aécio & Eduardo  querem agora ministrar aqui.

Vejamos.

Depois de três anos de arrocho, que decepou  7% de sua economia, a dívida pública em Portugal  saltou de 108%  para  129% do PIB. O desemprego médio passa de 15%; e supera os 30% entre os jovens.

Na Espanha, que começou o arrocho antes do vizinho ibérico,  ainda com o PSOE, e o aprofundou com a chegada da direita ao poder, em 2011, o quadro é ainda mais sombrio.

A ponto de o país registrar um déficit fiscal que é quase o dobro daquele anterior à crise.

O arrocho congelou a economia e decepou a receita do governo. A recessão fez o resto e tornou  a crise autossustentável.

Há quase  seis milhões de desempregados na Espanha (24% da força de trabalho)

A população ativa encolhe mês a mês pela desistência pura e simples de se  procurar o que não tem: emprego.

Hoje ela  é inferior à existente há seis anos  --evolução semelhante a uma situação de guerra, quando os adultos em idade produtiva, jovens, sobretudo, vão para os campos de batalha e não retornam.

Na Espanha eles estão indo às filas de embarque .

A taxa de desemprego na juventude espanhola passa de 55%. Significa que metade de uma geração inteira talvez nunca encontre trabalho em sua terra.

Pior  só a Grécia.

Seis de cada 10 jovens gregos estão desempregados e cerca de 4 milhões dos seus 11 milhões de habitantes vivem em um labirinto de pobreza e exclusão.

Há seis anos sob implacável terapia de arrocho, o país perdeu 25% de seu PIB. Em compensação, a taxa de suicídio aumentou 45% desde 2007.

O conservadorismo sabe as consequências da receita que preconiza  para o Brasil.

O colunismo especializado, que encena esclarecimento diante do livro de Thomas Piketty (' O Capital no Século XXI'), tem a exata dimensão do que está em jogo.
Está em jogo assegurar aos endinheirados  uma fatia da riqueza crescentemente superior ao desempenho médio da economia. Exatamente o traço forte do capitalismo atual denunciado minuciosamente por Piketty.

Ao fixar essa estaca, a conta de chegar não fecha para o resto da sociedade.

O capitalismo assume a sua genética como usina imbatível de assimetrias sociais.
Ou não será exatamente essa a raiz da desordem europeia nos dias que correm?
Rentistas e banqueiros (alemães, sobretudo) festejam a 'retomada',  laços sociais se desintegram e a extrema direita colhe os frutos desesperados da pobreza e do desemprego propondo uma ordem policial contra a anomia neoliberal.

Os gêmeos ideológicos e a mídia complacente desconversam sobre os efeitos indigestos da receita que anunciam como biscoito fino para o país.

Apenas os mais afoitos admitem que o segredo da massa remonta  a uma tradição  que vem da casa grande no trato com a senzala.

Trata-se da receita da desigualdade, segundo a qual , para uma  sociedade avançar , é preciso o seu povo regredir.

http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Uma-receita-para-a-desigualdade...

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Bob Fernandes - Gilmar Mendes deveria despir a toga e disputar eleição

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, diz que o país vive "um apagão de gestão". E que "é preciso atenção devida" aos escândalos na Petrobras. 

A Petrobras será alvo de CPI, vem sendo investigada pela Polícia Federal, Tribunal de Contas, Controladoria Geral da União e Ministério Público. E está todos os dias nas manchetes, sob atenção total da Mídia. Mais atenção, quase impossível. Atenção talvez seja preciso em relação a Gilmar Mendes, suas ações, história e motivos. 

O ministro é inteligente e sabe o que é fazer política. No Palácio, como jurista, ele serviu aos governos Collor e Fernando Henrique Cardoso. Que atitude… o que disse Gilmar Mendes quanto à compra de votos para aprovação da emenda da reeleição sob a presidência de Fernando Henrique?  

Da mesma forma em relação às fitas do BNDES e a privatização do Sistema Telebras, que não foram objeto de qualquer CPI. Nem à época e nem depois.

Gilmar concedeu dois habeas corpus a Daniel Dantas na "Operação Satiagraha", em julho de 2008. É seu direito e parte da sua função. Não é sua função "chamar às falas" um presidente da República, como anunciou ter feito naquele 2008. 

O ministro foi ao presidente Lula cobrar escuta telefônica que teria sido feita contra ele pela ABIN. A história era ridícula. "Escândalo" com um grampo telefônico que ninguém ouviu.  Grampo de ficção, que deixava bem na conversa Gilmar e seu parceiro naquela história, o ex-senador Demóstenes Torres.Aquele que foi esteio moral do DEM antes de ser cassado na esteira do caso Cachoeira & Delta. 

No chamado "mensalão do PT", Gilmar Mendes, ministro do Supremo, prejulgou. Deu o veredicto, de "quadrilha", antes do julgamento começar. No caso Daniel Dantas, Gilmar protestou contra o "Estado policial", simbolizado pelos grampos da PF.Grampos estão sendo vazados no caso Petrobras. E o que se ouve do mesmo ministro?…Silêncio no Tribunal.  

O ministro faria bem ao Supremo e ao país se atendesse à sua verdadeira vocação.  Como outros no Supremo Tribunal, Gilmar Mendes deveria despir a toga e ir às urnas, disputar uma eleição, um mandato.

http://terramagazine.terra.com.br/bobfernandes/blog/2014/05/08/gilmar-mendes-deveria-despir-a-toga-e-disputar-eleicao/

Bom dia!!!

Artigo semanal de Lula

O mundo se encontra no Brasil

Quando era presidente da República, trabalhei intensamente para que a Copa do Mundo de 2014 fosse realizada no Brasil. E não o fiz por razões econômicas ou políticas, mas pelo que o futebol representa para todos os povos e, particularmente, para o povo brasileiro. A nossa população apoiou com entusiasmo a ideia, rejeitando o preconceito elitista dos que dizem que um evento desse porte “é coisa de país rico”, e se esquecem de que o Uruguai, o Chile, o México, a Argentina, a África do Sul e o próprio Brasil já o sediaram com sucesso.
O futebol é o único esporte realmente universal, praticado e amado em todos os países, por pessoas das mais diferentes classes, etnias, culturas e religiões.

E talvez nenhum outro país do mundo tenha a sua identidade tão ligada ao futebol quanto o Brasil. Ele não foi  apenas assimilado, mas, de alguma forma, também transfigurado pela ginga  e pela mistura de raças brasileiras. Nos pés de descendentes de africanos ganhou um novo ritmo, beleza e arte. Durante muitos anos, foi um dos poucos espaços, junto com a música popular, em que os negros podiam mostrar o seu talento, enfrentando com alegria libertária a discriminação racial. Não é por outra razão que o futebol e a música são muitas vezes a primeira coisa que um estrangeiro lembra quando se fala do Brasil.
Para nós, o futebol é mais do que um esporte, é uma paixão nacional, que vai muito além dos clubes profissionais. Milhões de pessoas o praticam, amadoristicamente, no seu dia a dia, nos quintais, nos terrenos baldios, nas praias, nos parques, nas praças públicas, nas ruas da periferia, nos pátios das escolas e das fábricas. Onde houver uma área disponível, por menor que seja, ali se improvisa uma partida de futebol. Se não tem bola de couro, joga-se com bola de plástico, de borracha ou de pano. Em último caso, até com uma latinha vazia.

Em 1958, na Suécia, uma seleção espetacular encantou o planeta, ganhando nosso primeiro título mundial. Eu tinha doze anos, e juntei um grupo de amigos para ouvirmos a partida final num campinho de várzea com um pequeno rádio de pilha. Nossa fantasia compensava com sobras a falta de imagens, viajando na voz do locutor. Ela nos transportava como num tapete mágico para dentro do Estádio Rasunda de Estocolmo. E ali não éramos apenas espectadores, mas jogávamos… Eu sonhava em ser jogador de futebol, não presidente do Brasil.

O grande escritor Nelson Rodrigues, nosso maior dramaturgo, disse que com aquela vitória conquistada por gênios da bola como Pelé, Garrincha e Didi o Brasil tinha superado o seu “complexo de vira-lata”. E que complexo  seria esse? “É a inferioridade – dizia ele – em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do mundo”. Atrevendo-se a ser campeão, era como se o Brasil estivesse dizendo a si mesmo e aos demais países: “Sim, nós podemos ser tão bons quanto qualquer um”.

Naquela época, o Brasil estava começando a se industrializar, tinha criado a sua própria empresa de petróleo e o seu banco de desenvolvimento, as classes populares reivindicavam democraticamente melhores condições de vida e maior participação nas decisões do país – mas  os  setores privilegiados diziam que isso era um erro gravíssimo, fruto de “politicagem” ou “esquerdismo”, já que comprovadamente não existia petróleo em nosso território e não tínhamos necessidade alguma de inclusão social e muito menos de uma indústria nacional…

Alguns chegavam a afirmar que uma nação como a nossa, atrasada, mestiça – de povo “ignorante e preguiçoso”, segundo um estereótipo muito difundido dentro e fora do país – devia conformar-se com o seu destino subalterno, sem ficar alimentando sonhos irrealizáveis de progresso econômico e justiça social.

Na verdade, não é fácil superar o “complexo de vira-lata”. Fomos colônia por mais de 320 anos, e a pior herança dessa condição é a persistência da mentalidade colonizada de servidão voluntária…

Entre 1958 e 2010, ganhamos cinco campeonatos mundiais de futebol. Somos até agora a nação com maior número de títulos conquistados. Mas o melhor de tudo é que o saudável atrevimento do povo brasileiro não se limitou ao âmbito esportivo.

O Brasil que o mundo vai conhecer a partir de 12 de junho é um país muito diferente daquele que sediou a Copa de 1950, quando perdeu na final para o Uruguai. Ainda tem problemas e desafios,  alguns bastante complexos, como qualquer outra nação, mas já não é mais o eterno “país do futuro”. O país de hoje é mais próspero e equitativo do que era há seis décadas. Entre outras razões porque a nossa gente – principalmente a que vive no “andar de baixo” da sociedade” – libertou-se dos  preconceitos elitistas e colonialistas e passou a acreditar em si mesma e nas possibilidades do país. Descobriu que, além de vencer competições mundiais de futebol, podia também vencer a fome, a pobreza, o atraso produtivo e a desigualdade social. Que a mestiçagem, longe de ser um obstáculo – pior: um estigma –  é uma das maiores riquezas do nosso país.

É esse novo Brasil que vai sediar a Copa. Um país que já é a sétima economia do planeta e que, em pouco mais de dez anos, tirou 36 milhões  de pessoas da miséria e levou 42 milhões para a classe média. É o país com as taxas de desemprego mais baixas da sua história. Que, segundo a OCDE, entre todos os países do mundo, foi um dos que mais aumentou nos últimos anos o investimento em educação. Um país que se orgulha de todas essas conquistas, mas não esconde os seus problemas, e se empenha em resolvê-los.

Recentemente, a Copa do Mundo tornou-se objeto de feroz luta política e eleitoral no Brasil. Á medida que se aproxima a eleição presidencial de outubro, os ataques ao evento tornam-se cada vez mais sectários e irracionais. As críticas, naturalmente, são parte da vida democrática. Quando feitas com honestidade, ajudam a aperfeiçoar a preparação do país para esse grande acontecimento esportivo. Mas determinados setores parecem desejar o fracasso da Copa, como se disso dependessem as suas chances eleitorais. E não hesitam em disseminar informações falsas que às vezes são reproduzidas pela própria imprensa internacional sem o cuidado de checar a sua veracidade. O país, no entanto, está preparado, dentro e fora de campo, para realizar uma boa Copa do Mundo – e vai fazê-lo.

A nossa seleção foi a única a participar de as 19 edições da Copa do Mundo e sempre fomos muito bem recebidos nos outros países. Chegou a hora de retribuir com hospitalidade e alegria tipicamente brasileiras. A procura de bilhetes tem sido forte, com pedidos de mais de 200 países. Esta é uma oportunidade extraordinária para milhares de visitantes conhecerem mais profundamente o que o Brasil tem de melhor: o seu povo.

A importância da Copa do Mundo não é apenas econômica ou comercial. Na verdade, o mundo vai se encontrar no Brasil a convite do futebol. Vai demonstrar novamente que a ideia de uma comunidade internacional pacifica e fraterna não é uma utopia.

(Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente do Brasil, que agora trabalha em iniciativas globais com Instituto Lula e pode ser seguido em facebook.com/lula).