Artigo da Semana

José Dirceu: Mais que ajuste econômico, o Brasil precisa que se aponte qual é o rumo, para onde vamos

Chegamos ao fim de uma semana em que o balanço do período traz uma série de boas notícias e outras nem tanto…O governo via seu ministro do Planejamento, Nelson Barbosa – esperamos que não seja desmentido de novo – anuncia aos senadores do PT um provável imposto sobre  grandes fortunas ou heranças e doações.
Será um imposto incidente sobre os ricos, mais do que razoável num país onde quem ganha menos paga mais impostos proporcionalmente a renda. Que a proposta vingue e tenha êxito, porque o Brasil já tem propostas de taxação sobre grandes fortunas há cerca de 30 anos, desde a primeira metade dos anos 80 do século passado e elas não passaram, dormem nos arquivos do Senado.
Outra notícia da semana é a instalação no Senado de uma CPI do HSBC, para apurar o envolvimento de brasileiros no escândalo Swissleaks, aqueles depósitos feitos em agência do banco na Suíça e que podem ter provocado evasão fiscal do Brasil. Esta é uma CPI mais do que justificada ante a omissão da mídia que sob os mais diferentes critérios e razões jamais invocadas e utilizadas quando se trata de perseguir seus adversários, praticamente não noticia o caso.



CPI da Petrobras: investigar até a era FHC
É uma CPI que se justifica, também, ante a omissão dos órgãos governamentais  responsáveis por uma apuração dessa natureza, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), o Banco Central (BC) e a Receita Federal (RF) que, apesar de o escândalo rolar já há algum tempo e de saber-se que nele constam mais de 6 mil brasileiros, estão de braços cruzados sem nenhuma iniciativa de investigação até agora.
Uma terceira notícia que marcou e encerra a semana é a extensão das investigações na 3ª CPI da Petrobras – instalada nesta semana – ao período de governo tucano de FHC (1995-2002).
Mais uma notícia destes últimos 7 dias está sendo chamada de Esperando Janot, numa alusão a obra   de Samuel Beckett, à sua  primeira incursão no teatro, ao famoso texto dele Esperando Godot.  É uma referência à lista – e ao tratamento – que o procurador-geral da República, dr. Rodrigo Janot, encaminhará ao Supremo Tribunal Federal (STF) relacionando políticos que tenham sido envolvidos em denúncias feitas nas delações premiadas da Operação Lava Jato.



Para terminar a semana, notícias que não chegam a ser boas…
Para terminar a semana o governo anunciou um  novo corte de custeio e investimento limitando as despesas não obrigatórias de todos os ministérios e órgãos governamentais a R$ 75,2 bi até abril e atingindo as obras do PAC, aí incluído o programa Minha Casa Minha Vida. O inferno desses cortes e limitações é que são burros. Cortam “tantos por cento” de cada órgão sem critérios e prioridades, sem que sejam analisados criteriosamente de acordo com cada rubrica ou programa.
Esperamos que o governo depois de 12 anos de experiências com cortes não repita esse erro grosseiro.Como sempre parte desse corte / limitação será transformado em restos a pagar em 2016, ou no alongamento do prazo das obras, o chamado “deslizamento”, um mero  eufemismo para não dizer adiamento da conclusão da obra.
Uma série de outros acontecimentos da semana acenderam a luz vermelha no governo. Dentre estes citaríamos a queda da arrecadação federal, o rebaixamento dirigido da nota da Petrobras pela agência de risco Moody’s, e a paralisação  dos caminhoneiros. Este movimento de caminhoneiros, registre-se, não foi e não é uma greve e sim um lockout com bloqueio das estradas, um movimento que não conta com o apoio da maioria dos motoristas prejudicada  pela nova regulação aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidenta da República.
Mas o problema nacional, analisado globalmente, é mais grave. Basta ver o crescimento do desemprego e os riscos reais de uma recessão nesse ano. Assim, ele exige do governo um programa mais do que econômico ou de ajuste. Exige, sim, um conjunto de medidas a médio e longo prazo que aponte ao país para onde vamos e qual é o rumo. 

Onestidade tucana

Josias de Souza:
- Há tucano na lista?
E o presidente do Psdb, senador Aécio Neves (MG): 

- Pergunte ao Janot!

As principais lideranças do PSDB no Senado reuniram-se ao redor de Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo. Trocaram impressões sobre uma conjuntura em que se misturam duas encrencas: a crise ética e a crise econômica. Na saída, os repórteres crivaram os presentes de perguntas sobre a Operação Lava Jato.
Sobre o zunzunzum de que haveria tucanos na lista, os entrevistados desconversaram. “Vamos aguardar a semana que vem”, disse, por exemplo, José Serra. Perguntou-se a Aécio Neves se seu nome poderia estar na relação que será enviada ao STF pelo chefe do Ministério Público.
E ele: “Pergunte ao Janot.” Hummmmm… Esse tipo de pergunta só tem uma resposta aceitável. Podendo, o entrevistado deve dizer: “Me respeite!” Não podendo, é melhor silenciar.

Seja os olhos de alguém

Muitas tarefas simples - para a maioria das pessoas -, como ler uma carta ou encontrar o vencimento de um produto, não são tão fáceis para pessoas com deficiência visual. Para ajuda-las o dinamarquês Hans Jorgen Wiberg criou By My Eyes (Por Meus Olhos). 
Quem quiser ajudar, basta baixar o aplicativo e preencher o cadastro.
Quando um deficiente precisar de ajuda, você recebe uma chamada de vídeo e torna-se os olhos dele.

by Débora Zanelato

Briguilinks do dia

Esse Bessinha
Quem desdenha quer comprar. Isso é sapiência popular José Serra tira a fantasia: o negócio é fatiar e vender (doar) a Petrobras A entrevista de José Serra ao “dono do lista do HSBC” no Brasil, Fernando Rodrigues, é um strip-tease.O vendedor da Vale – título que lhe foi concedido pelo próprio ex-presidente
: Bloqueio nas estradas faz acabarem comida e combustível, diz a Globo. Só que não…Por Fernando BritoDo Facebook do simpático professor catarinense Pedro Cabral Filho, com os links dos vídeos a que ele se refere, para você ver que não tem exagero. É a Globo (RBS, lá) em mais uma sessão de “o mundo está se acabando”.Chega
Conhece aquela?..."Ele é tão lesado que se cuidasse de uma tartaruga ela fugiria"...Então? "É por causa do Barrichelo". Foi assim que me apresentaram o Rubens, uma tartaruga que foi encontrada perto do trabalho há pouco mais de um mês. Ela parecia perdida caminhando assustada na calçada e, com medo de ela ser atropelada,
 @FimDaGlobo @SenadorCaiado @fatimaleaum @angelolelio | Excelência, c todo respeito,é BLOCK! e só retiro qdo ASSINAR pic.twitter.com/YAjvewHu3r— Valdira de Holanda (@diraholanda) 27 fevereiro 2015
A AGU (Advocacia Geral da União) tenta negociar com o TCU (Tribunal de Contas da União) um acordo de leniência com as empresas envolvidas no Lava Jato, com a intenção de preservá-las, sem prejuízo das ações penais contra executivos e controladores. Procuradores da Lava Jato respondem que, por não conhecer os detalhes dos
 O senador Randolfe Rodrigues (Psol) anunciou ter coletado as assinaturas necessárias para investigar os correntistas do HSBC que depositaram dinheiro na Suiça. A maioria das pessoas e empresas que fazem uso desse artifício são sonegadores, contraventores, traficantes de drogas e armas. Coincidentemente nenhuma senador do Psdb



Abismo entre discurso e prática: o Psdb e o caso SwissLeaks

por Marcio Valley

A partir dessa matéria, escrevi o seguinte texto em meu Facebook.
O senador Randolfe Rodrigues, do PSOL, requereu a abertura de CPI para a apuração do caso SwissLeaks-HSBC. O senador conseguiu até o momento a adesão de 33 senadores, seis além dos que seriam necessários para a criação da CPI.
O partido que mais contribuiu com assinaturas para a criação da CPI foi o "partido mais corrupto do Brasil", o PT, com oito parlamentares. Como o PT possui 12 cadeiras, quase 70% de sua bancada assinou o requerimento.
A nota triste do episódio é que, ao menos até agora, nenhum senador do "partido mais honesto do Brasil", o PSDB, honrou o requerimento com sua assinatura, nem mesmo os "campeões da moralidade" Aécio Neves, Álvaro Dias e Aloysio Nunes. Repito: nenhum senador do PSDB assinou o requerimento. E olha que o PSDB possui quase tantos senadores quanto o PT. São 10 senadores. Provavelmente possuem fortes razões para não assinar. Cada um sabe onde o calo lhe aperta.
A grande mídia, que somente escandaliza os casos de corrupção que, de alguma forma, envolva petistas e seus aliados, praticamente nada publica sobre o assunto. Então, é possível que muitos sequer saibam do que se trata.
O nome é uma referência à Wikileaks, organização sueca que vaza informações confidenciais dos governos. SwissLeaks-HSBC é, assim, literalmente, o "vazamento sueco do HSBC", constituindo-se num gigantesco vazamento de dados bancários de clientes do banco HSBC, em Genebra, talvez o maior vazamento do tipo ocorrido na história da Suíça. O vazamento permitiu dar nome e individualizar as contas secretas, numeradas, que o banco mantém, e que são utilizadas para sonegação de impostos, evasão de divisas de diversos países e lavagem de dinheiro.
Aliás, esse é o único propósito de todos paraísos fiscais: autorizar o roubo da riqueza dos países, indevidamente apropriada por seus piratas modernos - rentistas, políticos e empresários inescrupulosos -, o que ocorre na forma de evasão fiscal. O país onde o pirata fez fortuna, através do suor dos trabalhadores e da exploração da riqueza natural, não vê um pingo de retorno na forma de impostos ou mesmo através de reinvestimento na produção.
Ganha o país do paraíso fiscal, ganham os bancos que realizam o serviço sujo de limpar o dinheiro e ganham os inescrupulosos piratas. Perde o povo e os miseráveis de todo o mundo. Sabe-se que mais de 9 mil contas de brasileiros milionários, ou bilionários, figuram na lista. O único jornalista brasileiro que teve acesso à lista, Fernando Rodrigues, não a divulga, apenas pinçando os nomes que ele próprio julga adequado publicar.
Como esse jornalista possui ojeriza ao PT e simpatia pelo PSDB, alguns suspeitam que diversos nomes ligados a esse partido constam da lista. A manobra é tão vil que outro jornalista brasileiro, mais sério, Amaury Ribeiro Jr, autor do livro "Privataria Tucana", requereu sua desfiliação da entidade de jornalistas investigativos que concedeu exclusividade ao Fernando Rodrigues.


Aparentemente, o PSDB possui um discurso contra a corrupção, principalmente do ex-candidato à presidência Aécio Neves, que não reflete a realidade de sua prática. Aliás, essa contradição entre discurso e prática é uma constante nesse partido, bastando analisar os sucessivos governos paulistas, o governo mineiro com Aécio e, indo um pouco mais para trás, o governo federal com Fernando Henrique Cardoso.

As redações da grande imprensa funciona mais ou menos assim: para os tucanos, a leniência mesmo com as provas mais evidentes, como no caso da compra de votos para a reeleição, e determinação expressa para não envolver o nome do ex-presidente FHC nas notícias sobre a Operação Lava-Jato.

Para os petistas, se o ascensorista terceirizado de uma estatal errar o andar solicitado, grita-se impeachment e exige-se a aplicação de punição com o rigor da teoria do domínio do fato.

Se a CPI do caso SwissLeaks-HSBC realmente funcionar, é possível que tenhamos uma revoada no ninho dos tucanos.

Apenas um pequeno exemplo do porque os tucanos não assinaram a CPI do Suiçalão

Um vazamento de informações no braço suíço do HSBC revelou que o banco ajudou mais de 100 mil clientes a abrirem contras secretas na Suíça. Os documentos trazem informações sobre a movimentação de contas bancárias entre 1988 e 2007, que somam mais de US$ 100 bilhões em depósitos.

Por redação, com informações do Jornal i9

O Brasil aparece em quarto lugar entre os países com maior número de clientes com contas secretas no banco, registradas desde a década de 1970 até o ano de 2006. Mais de 8,7 mil brasileiros depositaram US$ 7 bilhões no período.
Dois bilionários brasileiros já foram identificados, Edmond Safra e membros da família Steinbruch.
Diversos membros da família Steinbruch, fundadores do conglomerado Vicunha, também foram identificados. O grupo detém indústrias de tecidos, a Vicunha Têxtil, e de aço, Vale do Rio Doce e a Vicunha Siderurgia, que controla a Cia. Siderúrgica Nacional (CSN) e o banco Fibra.
Os dois irmãos herdeiros do império, Mendel e Eliezer, eram clientes do HSBC. Mendel era beneficiário de seis contas e foi conectado a outras cinco. Os dois irmãos faleceram em 1994 e 2008, respectivamente.
A esposa de Mendel, Dorothea Steinbruch, controlava parte do conglomerado e também era cliente do banco. Ela foi ligada a doze contas diferentes. Todos os seus filhos também são clientes do banco, segundo a ICIJ.
Dentre os filhos está Benjamin Steinbruch, Filho de Mendel Steinbruch e Dorothea Steinbruch, foi incumbido de procurar novos negócios para o grupo no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1999. Entrou nas privatizações liderando os consórcios que compraram a Companhia Siderúrgica Nacional e a Companhia Vale do Rio Doce, entre outras. Acabou por abrir mão de suas ações na Vale para aumentar sua participação na CSN, empresa da qual atualmente é o principal acionista. Ocupou também a posição de gestor executivo no Banco Safra, na gestão 2008-2011. Durante sua gestão faturou equivalente a 200 milhões de reais.

Os irmãos de Benjamin

Clarice, Leo e Fabio listados nesta em outra investigação da ICIJ. Em 2013, o consórcio de jornalismo investigativo divulgou, em parceria com 38 veículos, uma lista de milionários com contas secretas nas Ilhas Virgens Britânicas, outro paraíso fiscal. Eles aparecem como acionistas e diretores da empresa Peak Management Inc.
Foi apontado pela Folha de São Paulo como o Primeiro Bilionário da "Era Tucana"


O ex-funcionário do HSBC em Genebra, Herve Falciani, é o homem por trás do maior vazamento de dados na história dos bancos. As informações obtidas por ele em 2007 mostravam que a filial suíça do segundo maior banco do mundo “ajudou” clientes ricos a driblar o pagamento de milhões de dólares em impostos.
Oito anos depois, ele disse, em entrevista à BBC, que se sente “vingado” e “aliviado”, já que os dados revelados por ele finalmente vieram à tona e o escândalo vem sendo investigado em várias partes do mundo.
Segundo Falciani, estamos longe do fim da história, já que ainda há muitas informações sobre o esquema do HSBC.
Aliás, para ser bem preciso, há um milhão de bits em dados, afirma o ex-funcionário.







Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/02/comprador-da-vale-do-rio-doce-no.html#ixzz3SzzZepXT

Pra desopilar

- Mãe se eu roubar, vou preso?
- Depende.
- Depende de que?
- Se roubar pouco, com certeza vai.
- E se eu roubar muito?
- Vai ficar rico.
- Mas, se eu roubar bem muito mesmo?
- Vai participar das privatarias e choques de gestão tucanas. Comprar banco com dinheiro público e depositar a propina na Suiça via o banco comprado. Não assinar cpi para investigar essa roubalheira, E também não ser investigado pelo MPF-PR nem o juiz Moro na Operação lava jato. Além de na cpi que investiga a Petrobras. Resumindo: meu filho vai para o Psdb.