Juiz nega indenização de Gilmar Dantas contra jornalista

Do 247:

O juiz substituto da 15ª Vara Cível da Justiça do Distrito Federal, Valter André de Lima Bueno Araújo, julgou improcedente uma ação de indenização por danos morais movida pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes contra o jornalista Rubens Valente, da Folha de S. Paulo, e a editora Geração Editorial.

Mendes pedia indenização de R$ 200 mil, alegando ter sido ofendido no livro "Operação Banqueiro", lançado em 2014, sobre os bastidores da operação Satiagraha.

Em sua decisão, divulgada nesta quinta (7), o juiz mencionou a liberdade de imprensa para considerar improcedente a ação.

"Em síntese, não foi demonstrada a divulgação de informação falsa ou o intuito difamatório nos trechos relacionados na inicial [proposta por Mendes], não sendo o caso, portanto, de acolher a pretensão do autor [da ação]", escreveu o juiz.

O advogado Rodrigo Mudrovitsch, que assinou a petição de Mendes, disse que ainda não foi informado oficialmente sobre a sentença, mas irá recorrer.

O Ataulpho Merval desistiu de bater panela.

Pelo jeito, resolveu balançar o coreto das Instituições Republicanas !

Pelo jeito, derrubar o Governo no cacete !

Seria um black bloc sem máscara?

Outro dia, ele disse ao Sardenberg – ah, se ele não fosse da Globo -, na rádio que troca a notícia, que esse negocio de não ter prova contra o Lula não tem a menor importância.

(Não perca "o que fede mais ?").

Depois ele arranja provas.

Deve ser com o Moro, esse que o Cerveró desmoralizou irremediavelmente.

Nessa sexta-feira (8/5), depois que o Levy aprovou o ajuste na Câmara, o Ataulpho (com "ph" fica mais chic…) perdeu as medidas.

Desabotoou o fardão !

"A oposição perdeu grande oportunidade de DESESTABILIZAR (ênfase minha – PHA) o Governo Dilma ao dar 16 votos essenciais para (sic) (a crase não foi feita para desmoralizar ninguém – Ferreira Gullar) a aprovação da Medida Provisória 665 (do ajuste – PHA)."

"Rodrigo Maia, um dos votos do DEM (sic) pró-Governo, disse que votou a favor do país … Atitude louvável mas destoante do momento político, que é de confronto".

Só se for o "momento político" na redação do Globo !

"Desestabilizar".

"Comprometer a solidez".

"Comprometer a segurança de alguém".

"Incapacitar o funcionamento de uma administração, de um Governo".

É o que diz o Houaiss, que teria vergonha de ir a uma sessão da Academia em certas companhias …

A Globo decidiu que o jeito é ir pro pau ?

Descer às ruas e baixar o cacete ?

É o que parece.

Já que a Globo, a GloboNews e a CBN – que abrigam o Ataulpho – querem incapacitar a Dilma de Governar.

Desde que a SECOM fique aberta, não é isso, Merval ?

É um Black Bloc até a página três …

É o "confronto" até o BV chegar …

Em tempo: os filhos do Roberto Marinho – os que não têm nome próprio – também estão nessa ?

Olha, isso é um perigo …

Paulo Henrique Amorim

Lula será o novo garoto-propaganda da Tramontina

Instituto Lula - Após provocar um novo panelaço nacional, o ex-presidente em exercício, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou contrato para estrelar a nova campanha publicitária da Tramontina. "Meus amigos e minhas amigas, é preciso reinventar o jeito de se fazer política nesse país. Por isso, exigi no contrato que meu cachê fosse doado para o PT", discursou Lula.

Na propaganda, Lula creditará a profusão de panelas ao sucesso de seu governo. "A ascensão da classe C permitiu que todos tivessem acesso à linha Paris da Tramontina. Todas são antiaderentes, como todas essas denúncias que fazem contra mim", dirá, enquanto prepara um tucano à pururuca. No final, comemorará: "Nunca antes na história desse país, a elite branca foi para a cozinha".

No final da tarde, o Instituto Lula divulgou uma nota negando os rumores de que o filho de Lula seja o dono da Friboi, do BNDES, da Tramontina e das Casas Bahia.




do The i-piauí Herald

Jornada de tolos na Câmara Federal

stf13

A oposição aprova PEC da bengala para atingir a presidente Dilma Roussef e agradar o STF mas quem se diminui é o Congresso Nacional>>>


Jornada de tolos na Câmara, por Paulo Moreira Leite

A noite em que a Câmara de Deputados fez a mudança constitucional batizada como PEC da Bengala constitui uma típica jornada de tolos, episódio célebre da corte de Luis XIII no qual a rainha-mãe Maria de Medicis tentou dar um golpe palaciano mas terminou humilhada por uma manobra do Cardeal Richielieu, sendo forçada a mudar-se para o exílio.

Na noite de terça-feira passada os deputados de oposição fizeram uma festinha, porque a votação permitiu negar, a Dilma Rousseff, um direito que foi exercido pelos 16 presidentes que ocuparam o posto a partir de 1946, quando foi estabelecida a regra da aposentadoria obrigatória dos ministros do STF aos 70 anos de idade. Pelas regras em vigor até a véspera, Dilma teria direito a indicar cinco nomes para o Supremo — sempre sujeitos a aval ou recusa do Senado — até o fim do mandato.
Muito, ou pouco, é o que diz a lei e a mudança possui um óbvio caráter de casuísmo — até porque desde a década de 1990 o assunto é debatido no Congresso, cabendo perguntar por que só entrou em pauta anteontem, com rolo compressor já armado para garantir uma votação expressiva de 333 votos contra 144, não é mesmo?
Apesar da celebração, que reflete a posição minoritária do governo na Câmara, a decisão é acima de tudo uma medida contra o próprio Congresso e contribui para diminuir um pouco mais a estatura política do Legislativo. O principal efeito será diminuir o poder da Presidência da República e dos parlamentares — representantes eleitos do povo — na definição de rumos da Justiça brasileira, o que se faz, essencialmente, pela escolha dos ministros do Supremo.

É preciso entender, para começar, que o grande impulso para aprovar a PEC da Bengala residiu numa tentativa de autodefesa por parte dos parlamentares. Há muito tempo formou-se no STF uma a maioria favorável a ampliação do limite de idade. Em passado recente, muitos ministros costumavam percorrer gabinetes do Congresso para expor argumentos favoráveis à medida. Em 2015, a votação reflete um drama interno: o medo de perder a própria cabeça na guilhotina da Lava Jato.
A decisão ocorreu num momento em que 52 políticos — dos 21 deputados acusados, 17 são do PP , 2 do PMDB, 2 do PT — foi incluída no inquérito e luta desesperadamente para cair fora. Quem decide é o Supremo. Pode recusar uma denúncia e encerrar o caso no início. Ou pode aceitar a denúncia e absolver ou condenar o acusado, no final.
A decisão, que na última hora entrou na pauta de votação, ocorreu num momento em que as tensões entre o deputado Eduardo Cunha, e o PGR Rodrigo Janot atingiram seu ponto máximo, a ponto de incluir, no início da semana, uma operação de busca e apreensão nos arquivos eletrônicos do presidente da Câmara.
Numa declaração inusitada pelo vigor, um dia antes da votação Janot emitiu nota em que advertia: “Malgrado até o momento não tenha como precisar se os valores mencionados nos termos em questão foram en tregues diretamente ao deputado federal Eduardo Cunha, fato é que o colaborador Alberto Youssef reiterou, e com razoável detalhamento, que Eduardo Cunha era beneficiário dos recursos e que participou de procedimentos como forma de pressionar o restabelecimento do repasse dos valores que havia sido suspenso, em determinado momento, por Júlio Camargo”, escreveu, definindo o contexto real da decisão de terça-feira.
A ideia de que é possível seduzir ministros do STF com gestos de simpatia costuma ser tentadora mas vã. Estamos falando de pessoas que representam um Poder soberano, que dificilmente serão obrigadas a dar qualquer resposta na mesma moeda, até porque são inamovíveis e inatingíveis, a não ser em casos muito especiais. É errado imaginar que ministros podem ser colocados na posição de devedores, nem de quem os indicou para o posto. Podem ser leais, ou não, desde que isso não contrarie suas convicções e mesmo pontos de interesse.
Luiz Inácio Lula da Silva fez oito indicações em dois mandatos, um recorde em período democráticos. Aconselhado por auxiliares, pelo ministro Márcio Thomas Bastos e outras vozes com conhecimento real do Judiciário, buscou formar um plenário diversificado, que jamais poderia ser acusado de expressar, como conjunto, uma preferência partidária. O saldo foi a AP 470.

Após a decisão, cabe esquecer por um minuto o falso fantasma de uma corte bolivariana anunciado pelo ministro Gilmar Mendes — como já debati neste espaço — para entender o principal e o duradouro.
Pelas regras já em vigor, a escolha de cada ministro envolve uma decisão de dois poderes, o Executivo e o Legislativo, os únicos que tem como base o voto popular. Pela regra, a presidência faz a indicação e, caso fique descontente com a proposta, a oposição só necessita reunir maioria simples num plenário de 81 senadores para derrotar a escolha. Essa regra favorece o poder presidencial, obviamente. Mas estimula negociações prévias entre os dois Poderes, tão discretas como reais, impedindo qualquer decisão de unilateral. Imaginar, nas atuais condições de temperatura e pressão, que Dilma teria musculatura parlamentar para impor de cima para baixo cinco ministros até 2018, sem ouvir, negociar, ponderar, implica em fazer cálculos políticos delirantes, sem base real.

O problema é mais fundo, porém. A PEC da Bengala reduz o poder de intervenção dos parlamentares na composição da mais importante corte de Justiça do país e nesse sentido a aprovação equivale a uma forma de renúncia. Cada escolha de cada ministro é uma oportunidade para representantes eleitos definirem, ao longo dos anos, um caráter mais progressista ou conservador para a mais alta corte do país, definição de alta relevância para o futuro da nação e os direitos de cada um de seus cidadãos. Aplica-se aqui uma regra válida a todos os postos de natureza política, como são as vagas do Supremo.
Mandatos curtos estimulam a renovação de seus ocupantes, atualizando as instituições de acordo com o oxigênio sempre evolutivo de cada época. De forma direta ou indireta, dão espaço para a vontade do cidadão comum. E vice-versa. Em muitos países europeus, os ministros tem mandato, que podem durar onze anos, ou mesmo nove –os cinco anos obtidos na terça-feira representam a metade disso.
Não por acaso, os Estados Unidos, onde os mandatos para a Suprema Corte são vitalícios, é ali que reside, hoje, uma grande peça de resistência republicana contra avanços cobrados pelo voto democrata nas vitórias de Bill Clinton e Barack Obama. Importantes conquistas, cuja base são as lutas pelos direitos civis da década de 1960, podem ser revogadas, amenizadas e distorcidas, em 2015, porque a Suprema Corte reflete uma relação de forças de outro tempo.
No Brasil, país onde tantas pessoas discutem — erradamente, a meu ver — o fim da reeleição para cargos eletivos, até porque neste caso se debate uma decisão onde o eleitor sempre terá a palavra final, a Câmara resolveu ampliar, automaticamente, o prazo-limite para aposentadoria de ministros de tribunais superiores. Com isso, o Congresso deu um novo passo para a construção do Judiciário como um poder soberano, que não presta contas a ninguém, com direito a ultima palavra em decisões graves da República — na politica, no comportamento, em política econômica e decisões específicas de interesse primário das grandes empresas e corporações, como sabem lobistas e escritórios de advogados com uma variadíssima carteira de clientes no eixo Rio-São Paulo-Brasília.
A votação representa um novo passo em direção judicialização das decisões políticas, tendência que contraria uma das necessidades elementares das sociedades contemporâneas, que reside no esforço — expresso até nos protestos de rua — para ampliar a democracia e encontrar novos caminhos para a maioria da população canalizar direitos e exercer vontades.
Numa seleção de lugares-comuns para iludir os incautos, os aliados da PEC falaram sobre a necessidade de controlar gastos públicos, o que é uma estupidez. As despesas da mais alta corte de Justiça não podem ser medidas numa contabilidade de armazém de bairro, mas de acordo com as necessidades e prioridades de determinada sociedade, em determinada época. Houve quem falasse “em defesa dos velhos”, numa demagogia típica, pois não se trata agora de criar direitos corporativos de pessoas de mais de 70 anos – mas em entender de que forma os brasileiros podem contar com uma Justiça que atenda seus interesses.

Este é o ponto.


Charge do dia

Diagnóstico



Debate desqualificado

Muitas pessoas não perdem a mania feia de rotular as outras, de maneira mais constante se o assunto é política. Hoje em dia, se você adota uma posição contrária ao estabelecido no Projeto de Lei 4330, que escancara as terceirizações, pondo em risco inúmeros direitos trabalhistas, é de imediato chamado de "petista", ainda que não faça parte do partido nem direta nem de forma indireta. Na época da ditadura militar-civil (de péssimos e outros), os que discordavam da falta de liberdade, eram taxados de "comunistas".

Por Neno Cavalcante