Briguilina da tarde

Não gosta de mim?...
Liga para minha preocupação para ver se ela atende.

FHC quase sempre está do lado errado da história

do Brasil 247

por Paulo Moreira Leite

Fernando Henrique Cardoso perdeu estatura política ao demonstrar desinteresse -- antes mesmo de receber um convite formal -- por um encontro com Dilma Rousseff.

"O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo," escreveu FHC em sua página no Facebook. "Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo".

Ao sugerir que seria possível lhe atribuir a missão de salvar o governo Dilma, o ex-presidente não conseguiu evitar a lamentável manifestação de uma arrogância irrefreável em vários de nossos homens públicos -- inclusive do PT -- quando se torna evidente que os adversários atravessam uma hora difícil.

O país inteiro -- e o Planalto em primeiro lugar -- sabem muito bem que o governo Dilma será salvo pelo governo Dilma. Não se deve cultivar ilusões a esse respeito.

Cabe à presidente e aos ministros corrigir o que deve ser corrigido e esclarecer o que precisa ser explicado. Também têm o dever de controlar a incrível capacidade de errar sem necessidade, dar consistência a suas ações políticas e recuperar a confiança do eleitorado. Se há novas alianças a serem feitas, lhe cabe propor. Se há alianças que atrapalham, devem ser desfeitas.

Não há como renunciar a  esta responsabilidade, única e intransferível.

Mas cabe a um ex-presidente, que nunca foi aliado do governo -- e ninguém imagina que tenha sido cogitado a desempenhar este papel --  reconhecer a legitimidade do mandato que Dilma recebeu nas urnas de outubro de 2014, quando 53,5 milhões de brasileiros garantiram seu mandato até 2018. Todos ganham com isso, inclusive FHC.

Numa hora em que todos definem seus lugares, como se viu até no histórico diálogo entre Faustão e Marieta Severo e também na postura que separa Jô Soares e Lobão, todo mundo tem o direito de resolver como quer aparecer na foto. Não é possível afagar, pelo silêncio, Jair Bolsonaro e seus amigos, adversários da democracia antes que ela fosse conquistada luta contra a ditadura. Não é possível fingir que não há uma tentativa de ruptura em curso, ainda que ela possa vir fantasiada de arroubos juvenis.

Não é aceitável que se tente utilizar um processo judicial contra a corrupção, luta legítima e necessária, como instrumento para se atingir um governo eleito, promovendo-se um macabro terceiro turno.

Os brasileiros que lutaram pela democracia já acumularam muitos cabelos brancos, tiveram muitas perdas e ganhos. Reuniram decepções demais para deixar de reconhecer que não sobraram mocinhos nem bandidos em nossos duelos políticos, mas seres humanos de carne e osso, que atuam sob condições dadas, que todos conhecem muito bem e poderão aprimorar quando houver maioria política para isso.

Certos gestos são muito importantes mesmo quando parecem só isso. Uma foto e uma pequena legenda explicativa ajudaram, muitas vezes, a escrever a história de um país que chegou até aqui. Foi assim que se guardaram imagens da campanha de 1978, quando Fernando Henrique Cardoso foi atrás do voto popular pela primeira vez na vida, e o metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva abriu as portas das fábricas e dos bairros populares de São Paulo, contribuindo para uma votação que nem os aliados mais otimistas de FHC podiam imaginar.

O mesmo se repetiu na transição de 2002-2003, que exibiu uma elegância jamais vista, produto da decisão de Lula de mandar o passivo de oito de FHC para o arquivo morto, fazendo cumprir com a energia necessária toda tentativa de olhar para trás em busca de escândalos possíveis e já identificados. (Vários membros do governo se arrependeriam dessa cortesia que jamais foi retribuída, como se veria na AP 470, mas aí estamos em outra etapa da história, que ajuda a explicar boa parte da raiva e do ressentimento que vieram depois).

Em 2011, no início de seu primeiro mandato, emissários do PSDB fizeram chegar ao Planalto a sugestão de que, macambúzio após uma terceira derrota consecutiva de sua turma naquela altura da vida, seria um belo gesto homenagear Fernando Henrique  nos 80 anos. Seria um reconhecimento. E uma forma da presidente colocar-se acima das disputas menores da política e colocar-se na História. Negociado palavra após palavra, por mãos autorizadas de um lado e de outro, chegou-se a um texto que dizia assim:

Em seus 80 anos há muitas características do senhor Fernando Henrique Cardoso a homenagear. O acadêmico inovador, o político habilidoso, o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica. Mas quero aqui destacar também o democrata. O espírito do jovem que lutou pelos seus ideais, que perduram até os dias de hoje. Esse espírito, no homem público, traduziu-se na crença do diálogo como força motriz da política e foi essencial para a consolidação da democracia brasileira em seus oito anos de mandato.

Em 2015, não se trata obviamente de salvar um governo nem de pedir a retribuição de uma gentileza, mesmo que gestos desse tipo projetem força de caráter. A questão é mostrar apreço pelas regras da democracia, numa hora em que adversários históricos têm sido estimulados a jogar o país em aventuras que todos sabem como começam e, pela experiência, podem adivinhar aonde pretendem chegar.

A realidade é que não há caminho legal para afastar Dilma de seu posto. Não há fitas gravadas e comprometedoras, que forçaram Richard Nixon a renunciar depois do Watergate. Se você acha que um Fiat Elba é pouco para derrubar um presidente, ou apenas a pontinha de um iceberg, cabe reconhecer: não há um Fiat Elba, como aquele que se tornou a "prova material" contra Fernando Collor.

Não se pode cogitar sequer o impeachment paraguaio, que afastou Fernando Lugo do cargo a partir de uma tentativa tosca de incriminar o presidente pela morte de 17 pessoas num conflito por terra -- uma operação tão grotesca como teria sido, em 1996, acusar Fernando Henrique Cardoso e o governador tucano Almir Gabriel, no Senado, pela morte de 17 agricultores no massacre de Eldorado de Carajás. Tampouco a presidente pode ser acusada de atentar contra a Constituição, clausula previsa no artigo 86 da Carta de 1988. Foi a partir de uma interpretação interesseira da legislação local que se afastou -- por ação militar -- o presidente Manoel Zelaya da presidência de Honduras.

Em março de 2015, não existem condições para se pedir um afastamento da presidente a partir da legislação em vigor. Não se trata de tentar "salvar o que não deve ser salvo." Trata-se de reconhecer não há nada que "não deve ser salvo."

Após examinar meticulosamente as menções a Dilma nas delações da Lava Jato, o PGR Rodrigo Janot informou aos interessados que não há caminhos legais para que Dilma seja enquadrada em crime de responsabilidade, que precisa ser cometido durante o mandato presidencial. Janot assinalou que as referências a Dilma falam de seu período como ministra-chefe da Casa Civil e das Minas e Energia, envolvendo fatos que, se por acaso forem dignos de serem apurados, deverão aguardar pelo fim do mandato, em 1 de janeiro de 2019, como determina o artigo 86 da Constituição, conforme entendimento de vários ministros do Supremo.

Isso ocorre porque, num gesto de sabedoria produzido pela memória do país, os constituintes trataram de evitar que em busca de atalhos para esquentar disputas do presente, adversários de um governo eleito fossem desencavar denúncias do passado, transformando a luta política numa guerra civil de fantasmas e assombrações.

Fernando Henrique Cardoso teve um papel dirigente na Constituinte. Foi relator do regimento interno, que definiu como os trabalhos seriam organizados. Também foi líder do PMDB no Senado, quando o partido tinha a maior bancada. Como relator-adjunto da Comissão de Sistematização, cumpriu funções de titular e teve um papel decisivo na elaboração do texto final da Carta de Leis.

É nesta história que ele considera que não há "nada a ser salvo?"

Briguilina da hora

Minhas poucas vitórias nesta vida, foram alicerçadas no amor. E as muitas derrotas também. O que importa é:

As vitórias, as derrotas...passam.

Só o amor permanece.

E a verdade prevalece!

De como as coisas podem piorar antes de melhorar

Por Ion de Andrade

Fui um dos primeiros a sinalizar a improbabilidade do golpe ou do impeachment no artigo "Uma direita fraca a caminho de uma derrota histórica". E muitos estão intuindo o mesmo. Vejamos o cenário:

A crise política por que atravessamos, que tem no palco principal um conflito dos setores conservadores e da mídia contra um projeto democrático e popular nucleado pelo PT, inclui também uma luta encarniçada entre diferentes setores da burguesia pela hegemonia política do campo burguês. Em outras palavras há uma briga de brancos ao tempo que o projeto petista é também posto em cheque.

Ora, quais são os setores que se engalfinham por essa hegemonia do campo burguês?

De um lado claramente está a velha mídia golpista aliada a setores do capital financeiro, rentistas e a segmentos do capital internacional interessado em reduzir o Brasil ao velho papel colonial, de fornecedor de matérias primas e agora de petróleo... esse desenho é inviável, e não por acaso, desde 1822. Até a ditadura aspirava a um Brasil potência... Não será agora que nos curvaremos. Não nos enganemos essas manchetes do Estadão de que os EUA investigam a Odebrecht pegam mal, só eles não percebem. Aliás acham o máximo.

Há dois dias no editorial do Estadão intitulado "A vez de Lula", todos os empresários presos na Operação Lava Jato foram classificados como amigões do presidente petista, uma condição suficiente, no artigo, para provar a sua culpabilidade clara e inelutável.

É óbvio que esses empresários, por dever de ofício, têm que manter bons relacionamentos com todas as lideranças da alta política nacional, gente com quem estabelecem relações contratuais e compartilham ideias sobre a economia, as finanças e os grandes projetos nacionais ou estaduais. Nada mais natural do que esperar que um Marcelo Odebrecht possa ter trato e relações cordiais com José Serra ou com Lula.

Surpreendente mesmo é o tom do editorial do Estadão pelo total e ostensivo desprezo e desrespeito por esses personagens que, à semelhança dos seus proprietários, fazem parte da mais alta burguesia brasileira, personagens com quem provavelmente desfrutaram momentos de convívio e de negócios. O editorial, portanto, atira no projeto petista e atira no segmento da burguesia que pretende subordinar e punir. A leitura do editorial evoca muito mais uma linguagem de um futebolismo triunfalista do que a da análise fria e inteligente do conservadorismo dos "bons" tempos. Tais excessos exalam o odor rançoso da ansiedade e do medo de que talvez a realidade venha a ser outra. O editorial foi uma espécie de oração macabra.

O outro polo da disputa da hegemonia nesse campo burguês é o que prosperou (oh sumo pecado!) no ciclo petista através de megacontratos com o Estado brasileiro, emprestando à esquerda uma credibilidade imperdoável.

O cálculo errado que a mídia e seus aliados fazem vem de que esses setores não desaparecerão. Talvez até fiquem enfraquecidos momentaneamente, mas sobreviverão com uma identidade política nova, tendo aprendido a nova geografia política na melhor e mais indelével escola possível, a do sofrimento físico e psicológico produzido por esses tempos de agruras. Cedo ou tarde darão o devido troco e se só pensavam em negócios, agora pensarão obsessivamente e vingativamente em política.

A luta sem quartel e sem limites que a mídia e seus aliados desenvolvem contra o projeto petista tampouco poderá produzir o desaparecimento do proletariado do cenário da política. Se há algo de positivo nas recentes pesquisas de intenção de voto para presidente é o fato de que Lula reina soberano no segmento estratégico para o Partido dos Trabalhadores: os assalariados que ganham até um salário mínimo. Esse é o fato novo da política nacional, que nos assimila à outras democracias onde o trabalhador conhece o seu lado. Antigamente os mais pobres votavam na direita.

O PT aliás está sucumbindo bem mais por sua incapacidade de conceber a continuação do processo histórico que iniciou do que pelos golpes da mídia reacionária. Também sobreviverá. Reconheçamos que, talvez, como resultado da crise e da sua incapacidade de superar-se, venha a ter que compartilhar o protagonismo na esquerda com algum outro partido, tal como o Podemos na Espanha vem obrigando por lá o PSOE.

Então, na pior hipótese para o PT, o proletariado e seus aliados duplicam a sua representação partidária, agregando algum "partido movimento" ao cenário brasileiro. Se essa hipótese não é desejável para o PT é ainda muito pior para as forças conservadoras lideradas pela mídia... A esquerda na presente quadra da história poderia funcionar como uma Hidra cuja cabeça eventualmente cortada duplicaria e continuaria o combate, acrescentada de uma credibilidade e de um furor juvenis.

Ciro Gomes, Requião, Roberto Amaral, Jean Wyllys, Luiza Erundina, Paulo Paim, Luciana Genro dentre outros encarnam essa possibilidade muito viva, aliás, de recortes à esquerda tão ou mais danosos ao projeto conservador do que o que pode mover o PT...

Concentremo-nos agora no que caracteriza esse campo conservador na política: a) o seu projeto de sociedade é inexistente, b) a teia de "alianças" políticas que o sustenta é instável e explosiva, pois regrupa desde setores neopentecostais até dondocas peladas pelas ruas e c) a sanha entreguista que nucleia os seus espasmos políticos é capaz de produzir feitos de uma burrice colossal.

Sem querer ser exaustivo vamos lembrar de algumas lambanças como a de querer subordinar a Petrobrás às multinacionais do Petróleo no pré-sal, a de querer acusar o presidente Lula de ter ajudado empresas brasileiras a obter mercado estrangeiro, ou a inenarrável vontade de leiloar o Banco do Brasil e a Caixa... O processo atual movido contra o presidente Lula é, aliás, o maior presente que as forças conservadoras poderiam dar a ele. Será lembrado no programa eleitoral de 2016 e 2018 com pompa e circunstância. E acentua a aliança do proletariado ao segmento em claro conflito com os setores conservadores liderados pela mídia, tornando claro que é uma luta em duas frentes.

Essa inacreditável sucessão de burrices demonstra que essa direita não é mais concorrencial no Brasil. Não morreu politicamente, mas morreu historicamente. Não é mais germinal de nada. Trata-se de um monstro que está vivo, mas está acuado e não suporta a luz do dia. O exemplo mais claro disto é o DEM, cuja trajetória declinante o converteu num cadáver insepulto. Nem no Nordeste tem mais relevância, nem dorme em paz.

O recuo da Veja do impeachment decorre, claramente, dessa percepção de que o seu principal beneficiário seria... Lula. Eles têm razão, mas por que? Muito simples, a direita não tem projeto a apresentar à sociedade capaz de produzir consenso. O arrocho que preconizam seria pior do que o de Dilma... Na verdade, não haverá hora boa para mostrar o rosto frankensteiniano ao grande público.

Suponhamos, no pior cenário, que consigam efetivamente derrubar a presidenta honesta para entregar o poder a Eduardo Cunha por três meses e que consigam eleger na sequência, o ínclito Aécio Neves. O que vão fazer? Entregar o pré-sal? Leiloar o Banco do Brasil? Estabelecer leis draconianas contra as religiões de matriz africana? Arrochar o Salário Mínimo? Estabelecer um setor para pardos nos aviões? E se fizerem isto tudo, durarão quanto tempo?

Lembremo-nos da revolução francesa e de Napoleão. A Restauração veio, mas não conseguiu fazer retroceder a revolução burguesa... A história não dá marcha a ré.

A mídia e seus aliados precisam manter o tônus do ataque contínuo pelo mesmo fenômeno que apenas o movimento põe uma bicicleta em pé. Se pararem caem.

A burguesia produtiva e o proletariado aguardam apenas que essa novela chata termine. Precisamos, sem pompa, virar de uma vez essa chatérrima página da nossa história.

Vamos sedimentar uma coisa: a supremacia na sociedade brasileira de hoje é das forças nacionais, democráticas e populares e quanto a isto, nada pode ser feito.

Seria bom, para deixar de atormentar as almas mais sensíveis do nosso lado, pararmos de falar dessa besteira de impeachment, até porque, se ele vier, num par de anos as forças democráticas estarão no comando de novo.

Caduqice de Vô



Minha neta Alice, de cinco anos e meio, disse que as duas únicas pessoas famosas na família são ela e o avô. "Mas meu avô só é famoso porque fala de mim". Ela sabe das coisas.

Zuenir Ventura é jornalista

JS, Dantas, Juízes e MP. Vamos ver a valentia do Moro!


É só seguir os passos do Tiaguinho.

Foi impressionante a exibição multimídia do procurador Deltan Dellagnon, ao descrever a teia de contas no exterior que da Odebrecht chegava aos corruptos que assaltaram a Petrobras.

Impressionante a coragem do jovem Procurador: denunciar alguns dos empresários mais poderosos do Brasil, Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez. 

(O patrão do Otávio, o Sergio Andrade processou o ansioso blogueiro por conta de outra edificante operação, a patranha da BrOi , e perdeu na Justiça !)

O Procurador Dellagnon não é daqueles impunes Procuradores que esquecem na gaveta os processos contra tucano gordo.

Impressionante a valentia do Juiz da Vara de Guantánamo, que já condenou três executivos da Camargo Corrêa.

Não por terem financiado o iFHC.

Mas, por crimes relacionados ao assalto à Petrobras, que, como disse o Barusco, começou no Governo do Principe da Privataria .

É tudo muito impressionante.

Muito !

O Juiz Moro, de fato, fez a Diferença !

Mas, o ansioso blogueiro sempre foi cético com esses valentões da toga.

E sempre quis ver a valentia do Dr Moro, quando o Daniel Valente Dantas aparecesse nas paradas de sucesso !

(No editorial do Mino sobre os "bancos" HSBC e Opportunity, Dantas canta em dó maior !)

E não é que o Dantas apareceu ?

Bingo !


Ele apareceu na douta companhia do advogado Tiaguinho Cedraz, naquela decisão do STJ que enobrece a Justiça e o Ministério Público: o afogamento da Operação Satiagraha !

(Depois confirmada , provisoriamente, pelo inatacável Ministro Fux.)

Agora é que a gente vai ver a valentia do Dr Moro, amigo navegante.

Ele tem o Tiaguinho Cedraz nas mãos.

Com o Tiaguinho Cedraz, ele chegou ao Dantas – é o que se le no livro "Operação banqueiro", do Rubens Valente, que demonstrou, de forma inequivoca: "sem o Gilmar não haveria Dantas".

E, na nobre companhia do Dantas, o Dr Moro inevitavelmente chegará aos juízes de muitas instâncias e membros do Ministério Publico Federal que ajudaram a emporcalhar a Satiagraha.

Vamos ver se o Dr Moro conseguirá inscrever sua biografia ao lado da biografia de Fausto De Sanctis, o destemido Juiz da Satiagraha, do Edmar Cid Ferreira e da Castelo de Areia.

Como se sabe, com a ajuda do Ministro Gilmar Mendes, De Sanctis quase foi preso e acabou promovido a Juiz de velhinhos !

Vamos ver se, ao pegar o Dantas e tucanos, o Dr Moro não vai também cuidar dos velhinhos de Curitiba !

O Dr Moro já tem em mãos as iniciais "JS", que, como demonstra a TV Afiada , se referem a Jula da Silva !

Tá chegando perto, amigo navegante !

A gente começa a sentir o farfafalhar das asas de tucanos!

Dantas, JS… tá ficando impressionante!

Vamos ver a valentia do Dr Moro.

Imagine, amigo navegante, se ele se debruçar sobre essa suculenta edição da Carta Capital, que traz o Mino, o Mauricio Dias e o Coimbra.

Está na Carta, em reportagem de Henrique Beirangê: "Adir Assad, o doleiro das obras tucanas" de São Paulo !

O Adiar Assad está trancafiado na Guantánamo de Curitiba.

E, como demonstra o Beirangê, uma delação premiadíssima do Assad inevitavelmente chegará a dois baluartes da Casa Grande de São Paulo: o nunca assaz louvado Paulo Preto, e seu grande amigo (de beira de estrada), o Padim Pade Cerra.

Cerra e Paulo Preto nas mãos do Assad.

Juntos, abraçados nas pistas adicionais da avenida Marginal (sic) de São Paulo !

No Rouboanel !

Agora é que a gente vai ver a valentia do Dr Moro !

A balança do Juiz começa a ficar equilibrada.

Num dos pratos da balança, os petistas e os amigos dos petistas.

Na outra, os tucanos e os amigos dos tucanos.

Ainda falta tucano nessa balança.

Uns tucanos responsáveis por aquele inusitado fenômeno meteorológico do dinheiro que voa.

Falta o Mr Big da Privatização – basta ler o Privataria Tucana, do Amaury.

Falta o clã Cerra, inscrito na mesma Privataria.

Falta a fazendola do Príncipe em Minas, um apartamentinho na Cidade (caixa alta, por favor, revisor: Cidade com "c" maiúsculo) de São Paulo, e o apartamentinho do Jovelino, na Avenue Foch, em Paris. 

Falta o projeto Raytheon: o Senado americano soube antes que o Senado brasileiro que o FHC ia entregar os céus da Amazônia ao Bill Clinton.

(Esse patriótico episódio será minuciosamente descrito no livro "O Quarto Poder – uma outra história", que, breve, chega à praça.)

Falta muita coisa para equilibrar os pratos da balança da Justiça, na Vara do Dr Moro.

Mas, já está de bom tamanho, não é isso, Mino?

JS, DD …

Tá ficando impressionante !

Vamos ver a pirotecnia do Procurador Dellagnon ao descrever a pavimentação das pistas da Marginal (sic) !

Viva o Brasil !

Paulo Henrique Amorim

Lista de convidados do jantar da Odebrecht