Se a eleição fosse hoje Aécio de Papelão venceria Aécio Neves
Lula Inflável venceria Lula se a eleição fosse hoje
Lula inflável, CPMF e sonegação
Que você faz diante de um boneco que para você simboliza o que há de pior – preconceito, ignorância, vulgaridade, calúnia e achincalhe?
A líder estudantil Manu Thomazielli descobriu uma resposta simples e eficaz: fura.

Manu, com a ousadia típica da juventude e de quem tem convicções, aplicou assim, com um furo, um contragolpe extraordinário nos extremistas de direita que estavam usando o boneco de Lula presidiário como um símbolo de sua campanha insolente contra a democracia.
Manu, que milita na União da Juventude Socialista, a UJS, virou instantaneamente, na tarde de sexta, uma vagaba comunista para os direitistas e uma heroína para os progressistas.
Isso ficou patente em sua conta no Facebook.
A Folha publicou seu nome, e os revoltados descobriram sua página no Facebook.
Manu sofreu um linchamento virtual. Os insultos mostram, acima de tudo, a mente tumultuada dos militantes arquiconservadores.
O local escolhido pelos fanáticos foram os comentários sob a foto de perfil que Manu postou depois de furar o boneco. Nela, está abraçada a Lula.
Demorou algum tempo para que simpatizantes da causa de Manu fossem em seu socorro no Facebook.
Mas eles chegaram, e a polarização que domina hoje o país se reproduziu, em escala reduzida, na página de Manu.
A mensagem mais expressiva pró-Manu veio de uma amiga sua de UJS.
Ela avisou: "E se encherem o boneco a gente fura de novo."
Eis aí a força maior do gesto de Manu. Ela deixou clara a vulnerabilidade do Pixuleco, uma fragilidade tão grande quanto seu tamanho.
Um furo e a festa acaba.
Tudo indica, por isso, que o Pixuleco morreu ontem.

Era uma vez
Sobrou a zoeira típica da internet. O Sensacionalista anunciou que com a morte do boneco assume o Aécio de Papelão.
Um outro meme afirmou o seguinte. "Boneco inflado de Lula: 12 mil reais. Ver as minas da UJS acabar com a palhaçada: não tem preço."
Entre as histórias, a maior delas ainda não confirmadas, em torno do episódio, uma é o retrato dos manifestantes.
O que contam é que os donos do boneco foram prestar queixa na polícia contra Manu por destruição de bem privado.
Um policial teria pedido a nota fiscal para formalizar a queixa. Mas cadê a nota fiscal?
Sonegação é um dos piores tipos de corrupção, mas isso parece ser um detalhe para os radicais da direita.
Para os progressistas, o gesto de Manu tem um forte significado simbólico. Finalmente alguém deu uma resposta, e que resposta, aos conservadores.
Manu deixou claro que não há motivo para os militantes progressistas ficarem de braços cruzados diante da escalada da extrema direita.
Sozinha, ela colocou de joelhos dezenas, centenas de fanáticos.
Duas fotografias contam tudo sobre a história.
Numa delas, está o boneco miseravelmente esvaziado.
Na outra, protegida por policiais da fúria dos revoltados, Manu aparece sorrindo, plácida, tranquila no meio do fragor que provocou.
Seu sorriso é de quem cumpriu uma missão, e muito bem.
Era como se ela dissesse aos que vociferavam xingamentos, como o grande general romano Mário diante de um bárbaro que o desafiara para um duelo: "Estão com raiva? Se matem. Eu estou muito bem."
By Paulo Nogueira - Diário do Centro do Mundo
Legião Urbana de volta?
- sem Renato Russo não há Legião -
O anúncio oficial ainda não foi feito, mas a banda Legião Urbana vai voltar aos palcos em outubro com Marcelo Bonfá, Dado Villa-Lobos e André Frateschi no lugar de Renato Russo, que morreu em 1996. Formigão (do Planet Hemp) vai assumir o baixo. A informação foi dada por Marcelo Rubens Paiva em seu blog e confirmada ao UOL pela equipe de Frateschi.
A banda está ensaiando no Rio de Janeiro e deverá fazer sua primeira apresentação no "Fantástico" (Globo). A turnê deverá contar inicialmente com 25 datas e terá Felipe Hirsch como diretor.
Você gostou da escolha de André Frateschi para cantar no Legião Urbana?
Sim, André Frateschi é muito talentoso
Não, Renato Russo é insubstituível
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A notícia pegou de surpresa a mãe de Renato Russo, Carmen Manfredini, que conversou por telefone com o UOL. "Não gostaria de ver outra pessoa no lugar do Junior (Renato Russo)", diz. "Mas se eles estão usando o nome da banda, é porque eles devem poder usar".
A mãe do cantor disse que não acompanha os trâmites jurídicos sobre quem tem direito à marca "Legião Urbana" e que tudo isso está nas mãos de seu neto Giuliano Manfredini, filho de Russo. "Já estou naquela fase de que eu não sei de nada. Mas, quem é fã, fã mesmo, vai sentir a diferença. Existem muitos cantores que imitam o Junior por aí".
Em outubro de 2104, a Justiça do Rio de Janeiro autorizou o baterista Marcelo Bonfá e o guitarrista Dado Villa-Lobos a usarem a marca "Legião Urbana" apenas para atividades profissionais como músicos. Para todos os outros fins, a marca é controlada pela empresa "Legião Urbana Produções Artísticas", de Giuliano Manfredini. Procurado, Giuliano disse, por meio de sua assessoria, que prefere não se manifestar.
"Por certo, os autores são ex-integrantes da banda e contribuíram durante toda a sua existência, em nível de igualdade com Renato Russo, para todo o sucesso alcançado. Assim sendo, não parece minimamente razoável que não possam fazer uso de algo que representa a consolidação de um longo e bem sucedido trabalho conjunto – reconhecido por milhões de fãs…", disse a decisão judicial, que estabeleceu multa de R$50 mil caso Giuliano descumprisse a sentença.
André Frateschi é filho de Denise Del Vecchio e casado com Miranda Kassin. O casal fez vários shows em São Paulo interpretando canções de Amy Winehouse e David Bowie.
Em 2012, Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos tocaram juntos como Legião Urbana tendo nos vocais o ator Wagner Moura, em um show organizado pela MTV.
Bonfá e Dado foram procurados pela reportagem, mas não foram localizados.
Falta um Estado Maior para Dilma, por Luís Nassif
O balanço do segundo trimestre atesta que a recessão se instalou no país. A travessia demandará soluções complexas, que dependem de pactos políticos amplos.
Uma delas é a necessidade da volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), contra a qual pesam resistências das mais variadas. Segundo a área econômica, sem a CPMF o quadro fiscal de 2016 será caótico.
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Há uma crise internacional grave, derrubando as cotações dos principais produtos de exportação. Internamente, uma seca aguda, refletindo-se nas tarifas públicas. Tem-se os impactos da Lava Jato na economia.
Mas nada disso reduz a responsabilidade das aventuras fiscais dos anos anteriores e do pacote Levy-Tombini sobre o nível de atividade econômica e de arrecadação fiscal. E esse passivo dificulta a coordenação de pactos.
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Por outro lado, o cansaço com o tema Lava Jato, o golpismo da oposição e o pessimismo militante da mídia abririam espaço para uma agenda positiva, cujo ponto de partida poderia ser a queda do presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha, seguida de uma reforma ministerial e da apresentação de uma proposta de governabilidade.
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A única boia ao alcance do governo Dilma seria a remontagem do pacto com o PMDB em torno da figura do vice-presidente Michel Temer.
Mas há uma enorme dificuldade em Dilma "realizar o prejuízo" – usa-se esse termo no mercado para o investidor que vende suas ações, mesmo com prejuízo, antes que as cotações caiam mais ainda.
Dilma parece sempre querer fazer uma aposta a mais, sonhando recuperar o espaço político perdido. Não dá. Dilma sobreviverá politicamente apenas se oferecer um desenho de governo que não seja mais do mesmo padrão Dilma do primeiro governo.
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Temer assumiu o papel de coordenador político do governo. Foi torpedeado pelo círculo íntimo de Dilma devido à sua conclamação de união nacional em torno de um nome.
Saiu do dia-a-dia e, segundo o Palácio, ficaria incumbido dos grandes temas políticos. Existe tema mais candente que a CPMF?
Durante a 5a feira, Dilma pessoalmente, mais alguns Ministros de peso, revezaram-se ao telefone informando jornalistas econômicos sobre a necessidade do governo relançar a ideia. No mesmo momento, Temer dava declarações negando qualquer estudo interno nesse sentido.
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Essa desconsideração não pode ser debitada a uma suposta arrogância de Dilma. Na sexta, ela tentava se desculpar com Temer. É consequência da falta de pessoas experientes capazes de organizar a agenda de Dilma e selecionar as prioridades.
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Estoura uma crise no TSE, outra no TCU, e não existe um Ministro da Justiça para administrá-la. Estoura um pepino na base de apoio, mas o Ministro-Chefe da Casa Civil não é aceito pela base. É apagar um incêndio por semana e matar um leão por dia, ora a presidente ligando para jornalistas e políticos, ora recebendo empresários, ora saindo correndo para inaugurar casas no Nordeste, e voltando para um evento da Globo, enquanto tenta consertar a descortesia com o vice.
Não dá. Ou Dilma monta um Estado Maior à altura do desafio de assessorar a presidência na quadra mais difícil da história recente, distribui responsabilidade e delega poder, ou será engolida pela crise.