Brasil abre as portas para os refugiados

O Brasil vai ter que se abrir para ajudar a receber parte das vítimas de uma das maiores crises do mundo contemporâneo: a fuga de refugiados em direção à Europa.

Essa, sim, é uma crise de verdade.

Que tem origem no rio Eufrates, com a ação humanitária do Presidente Bush no Iraque para reabrir os povos de petróleo.

Na ação humanitária do Obama, com a ajuda da Inglaterra e da França para abrir os poços de petróleo na Líbia.

O que deixaram o lugar esse gloriosos estadistas ocidentais e cristãos?

Nada.

No Iraque, na Líbia.

E na Síria, uma ação desarticulada que entregou parte do Levante ao Estado Islâmico.

É a crise da desigualdade de renda e da cidadania em escala global.

É a crise das instituições europeias, em primeiro lugar.

Onde, na Hungria, imprimem números nas mãos dos refugiados, como faziam em Auschwitz!!!

Viva Merkel, a líder de uma política de hospitalidade!

Mas, a Alemanha não dará conta disso .

Nem os Estados Unidos, onde o candidato mais forte da Oposição, Donald Trump quer construir uma cerca ao longa da maior fronteira seca do mundo, entre os EUA e o México.

A Civilização  Ocidental  está à deriva como aquele pesqueiro líbio com 220 refugiados, no Mediterrâneo, que o bravo comandante Amendoeira salvou com a corveta Barroso e levou a Messina, na Itália.

O Brasil é o comandante Amendoeira!

Paulo Henrique Amorim

Além de puxar o saco de FHC a Folha de São Paulo exige que os outros também puxem

FOLHA DE S.PAULO CONTESTA DADOS E FATOS QUE NÃO SEJAM ELOGIOSOS A FHC

Em uma tentativa de desqualificação de um trabalho sério de resgate histórico das lutas populares no Brasil entre 1964 e 2002, a Folha de S.Paulo procurou com lupa erros que não existem no Memorial da Democracia. Em reportagem publicada na tarde de ontem (3), o jornal força a mão em um título que parece sair em "defesa" dos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Confira: para a Folha o memorial "diminuiu" FHC.

Por um lado, vemos como um elogio à seriedade do nosso trabalho que a Folha de S.Paulo tenha encontrado tanta dificuldade para distorcer o conteúdo do Memorial, recorrendo a uma falsa polêmica para cumprir seu objetivo. Por outro, nos preocupa que tentem "culpar" o trabalho da equipe multidisciplinar de especialistas que montou o Memorial da Democracia pelo legado dos governos anteriores aos de Lula –sobre os quais não fazemos juízo de valor, diferentemente da própria Folha de S.Paulo diante dos registros históricos da era FHC.

Por isso, convidamos todos e todas a ler a íntegra das perguntas enviadas pela reportagem da Folha e as respostas do Instituto Lula, bem como a conhecer e fazer sua própria avaliação do Memorial da Democracia .

No texto sobre a primeira eleição de Lula, em 2002, consta que, no dia de sua posse, ele "anunciaria a primeira política pública de seu governo, o Fome Zero, embrião dos programas de transferência de renda que seriam agrupados posteriormente no Bolsa Família". Por que programas do governo anterior —como o Bolsa Escola, o Auxílio Gás e o Cartão Alimentação—, que foram incorporados e ampliados pelo Bolsa Família, não foram citados?

Porque conceitualmente, em objetivo e em escala, não são a mesma coisa. O Programa Fome Zero e depois o Bolsa Família foram programa concebidos, em forma, universalidade e escala para erradicar a fome no Brasil. Os programas do governo anterior tinham alcance e caráter limitado, não atingiam todos os potenciais beneficiados e não tinham o caráter de direito. Inclusive a universalidade desses programas foi vetada em lei pelo governo anterior, fato que tampouco está no Memorial.

No texto sobre a eleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, diz-se que o tucano "antes de se tornar ministro da Fazenda [...] era um político com tímido desempenho eleitoral". Por que há juízo de valor ("tímido") sobre o desempenho eleitoral de um adversário, mas não do ex-presidente Lula?

Porque haveria de ter juízo de valor sobre desempenho eleitoral de Lula se antes de 1994, em 1989, Lula quase ganhou as eleições presidenciais? Não faz sentido o pretenso paralelismo proposto pela Folha de S. Paulo. É um fato histórico que antes de ser indicado para o Ministério da Fazenda o nome de Fernando Henrique Cardoso não era cotado para as eleições presidenciais daquele ano enquanto Lula liderava as pesquisas eleitorais de então. O adjetivo encaixa-se nesse contexto.

Por que no texto sobre a eleições presidencial de 1994 não há menção ao fato de que a disputa foi vencida em primeiro turno, como acontece no texto de 1998?

Essa afirmação está na linha fina do card, atenção: http://demo.memorialdademocracia.com.br/card/fhc-e-eleito-presidente-sob-a-bencao-do-real

Quais obras, na bibliografia do site, dão suporte à conclusão de que a vitória de Lula em 2002 "decorreu do amadurecimento do eleitorado brasileiro — que desde a eleição municipal de 2000 vinha externando o desejo de mudança política — e da complexa conjuntura que precedeu o pleito", conforme consta no texto?

São fatos históricos que talvez o reportariado da Folha de S. Paulo seja muito jovem para lembrar, mas o Brasil viveu uma grave crise econômica e social entre 1999 e 2002, com índices sociais e econômicos muito ruins e baixa popularidade do governo federal. Todos esses fatos são verificáveis inclusive nos arquivos da Folha de S. Paulo.

Por que o site inclui fatos posteriores à primeira eleição de Lula, em 2002 —principalmente no texto sob o título "Mais democracia, mais oportunidades", mas não apenas—, porém omite a denúncia e o julgamento da ação penal 470?

Quanto à falta de referências ao governo do PT, lembramos que teve início em 2003, período que ainda está sendo preparado pela equipe do Memorial, bem como os muitos períodos anteriores ao Golpe de 1964.

O referido (e curto) texto de apenas um parágrafo de fatos absolutamente incontestáveis é uma introdução que se refere a ampliação da democracia e das oportunidades durante o governo Lula, período que ainda não foi abordado pelo Memorial, quanto mais o período posterior aos dois mandatos de Lula.

Por que estão incluídos na linha do tempo escândalos ligados a outros partidos e figuras políticas, como o da emenda da reeleição (PSDB) e o de Celso Pitta (Maluf), mas não estão listados escândalos ligados ao PT?

Os módulos do memorial já publicados tratam dos períodos entre 1964 e 2002.

Agradecemos às perguntas. O Instituto considera o Memorial uma importante contribuição para a consolidação da democracia no Brasil e considera normal o debate em torno de diferentes interpretações de fatos históricos. Que cada um faça a sua, que cada cidadã ou cidadão participe desse debate.

Do Instituto Lula

Quem aceita intolerância mata crianças, por Fernando Brito

Não se publicou, neste blog, a foto do menino sírio morto na praia da Turquia por algum purismo, mas por um prurido pessoal.

Pude furtar-me ao dever jornalístico de mostrar a cena chocante não apenas porque a imagem já foi vista por todos – mostrada  por quem sinceramente ajudou a chocar o mundo com aquela barbárie, seja quem o fez  levado por certa morbidez.

Por isso, atendi a uma razão pessoal: já ajudei a vestir para o caixão um menino como aquele.

Aconteceu há  quase vinte anos, e o que matou aquela criança não foram as águas, mas uma meningite que não se diagnosticou, o que pode ocorrer, e que foi tratada – ou não tratada –  por um pseudo-profissional da medicina que, indiferente, não teve, ao menos, a humanidade de reter num hospital, numa noite de carnaval, uma criança doente, filha de mãe pobre e moradora nas lonjuras que, de volta para casa, só horas depois encontrou ajuda para voltar a buscar assistência, quando já era tarde demais.

Não importa muito o caso, do qual talvez apenas eu e seus pais – ele, servente de pedreiro; ela, caixa de uma padaria – nos lembremos.

Importa que uma criança morreu e uma criança morrer ofende a espécie humana.

Seja branquinho, como o menino da praia turca; seja aquele mulatinho, da Várzea das Moças, aqui em Niterói,  sejam os negros do Sudão; sejam os palestinos, os haitianos, sejam os vietnamitas queimados pelo napalm, sejam de onde forem e como forem.

Não é justo que morram pela mão do mar, da doença, da fome, se fomos nós que os colocamos ao alcance destas mãos.

Não é aceitável que se permita à barbárie  – que os interesses da geopolítica estimularam para destruir a Síria, ou para encher de conflitos o Sudão, ou para afundar no atraso o Haiti libertário, ou para cercar como bichos os palestinos –   levar assim crianças à morte e não haja a indignação da comunidade mundial.

E não há, o provam as portas fechadas aos refugiados desta selvageria, como mostra em reportagem a BBC, com honrosas exceções, como a de nosso país..

Mas antes desta crueldade há outra, pior: a de alimentar fanáticos quando fanáticos podem servir aos propósitos de gente muito bem posta e poderosa.

É por isso que os integrantes do Estado Islâmico desfilam com armas poderosas e reluzentes 4 x4, novinhos.

É por isso que nazistas ucranianos desfilam suas suásticas.

É por isso que fascistóides, aqui, pedem golpe, morte, forca.

E é por isso que não pode haver indiferença  diante do que é monstruoso.

Começa-se pregando a intervenção sobre a vida dos povos em nome  da liberdade econômica (a humana vale tão pouco…), da "civilização" , da "guerra ao terror" e, logo,  a pureza amanhece morta nas areias de uma praia.

Não foi o mar que matou aquele menino, como não matou o pobre guri que vesti para o túmulo, nem mata, mata, mata crianças em todo o mundo.

Somos nós, que não proclamamos seu direito de viver, o direito de todos viverem e aceitamos que se façam golpes, guerras, diásporas sob mil pretextos "razoáveis" e nenhum deles digno de valer a vida de um pequeno ser humano.

Mensagem da Madrugada

Esta é a hora de revolucionar tua vida
faz o que tua alma indica.




Fernando Brito e o "Banzo" da Folha e da elite paulista por Fernando, o pequeno


saudades
Banzo é uma palavra africana que, aqui entre nós, passou a descrever a tristeza nostálgica dos nossos irmãos negros escravizados, afastados de suas origens para nunca mais.

Melancolia, às vezes, mortal, que tirava do indivíduo a vontade de viver e o levava a atos desesperados.

O banzo da Folha por Fernando Henrique Cardoso e pela Era Tucana é igual ao dos escravos, só que ao avesso.

É a saudade da elite paulista dos “bons tempos” em que era o centro do Universo, a condutora da “locomotiva” que puxava os vagões emperrados e preguiçosos que seriam o resto do país.

É por isso que ela hoje pediu para levar um “tranco” do Instituto Lula, quando foi buscar num simples site da entidade o “pecado” de ter “encolhido” a figura de Fernando Henrique Cardoso.

Ora, até o “mundo mineral”- expressão genial de Mino Carta – sabe que ninguém encolheu mais Fernando Henrique Cardoso que um cidadão chamado Fernando Henrique Cardoso.

Aquele, lembram, do “esqueçam o que escrevi” que, aliás, era admirado pelo que escrevera e que se tornou tão rejeitado por esquecer daquilo.

Fernando Henrique, que pela sua erudição e experiência de mundo poderia ter sido um luxo como presidente, como disse certa vez Darcy Ribeiro, terminou seu mandato como um lixo político, justamente porque as usou não como um sábio, mas como um “sabido”.

pib
Mesmo tendo chegado ao poder com uma “cambalhota monetária” que, em tese, acabou com a hiperinflação mas elevou às alturas o endividamento do país, hoje causa maior de nossas dificuldades, porque consome em juros e encargos tudo aquilo que poderíamos aplicar em  investimentos e melhoria dos serviços públicos, o Fernando Henrique “sabido” preferiu gabar-se de um equilíbrio fiscal que só existia na fantasia, à custa de endividamento.



O gráfico ao lado, com os valores da dívida líquida do Brasil (que desconta, entre outros, o valor dos títulos emitidos para constituir reservas cambiais, hoje em US$ 380 bilhões) fala por si. Acrescento, como informação, que com todos os problemas de hoje, o percentual está na casa dos 38% do PIB, atualmente.

Endividado, sem reservas internacionais (fomos pedi-las ao FMI várias vezes em seus mandatos) e tendo vendido as calças e seus fundilhos, com a entrega da telefonia, da energia, do minério de ferro e do petróleo, não foi FHC que ficou nanico.

Foi o Brasil, que renunciou à sua vocação de ter um destino próprio e concordou em reduzir-se a uma colônia “moderna”, politicamente correta e socialmente selvagem.

Daí a tristeza da elite de nossa maior metrópole e centro industrial e financeiro.

É que sua pequenez não cabe num Brasil grande.

É que seu cosmopolitismo não é o de Nova York, é o de Miami, como se vê na pequena, mas pitoresca, questão das ciclovias.

(Alguém imagina uma revolta contra ciclovias em Nova York, ou um candidato a prefeito que lá defenda a “cura gay”)

A Folha, a mais perfeita tradução da elite paulista, por isso, morre de saudades de Fernando Henrique, cuja vaidade fez muito brilho e pouca luz.

Uma pena, porque uma elite assim, ao contrário do que pensa, não lidera, oprime.

A elite paulista  não virou, como nos versos de Caetano, o “mais possível novo quilombo de Zumbi”, mas não perde a chance de querer ser o capitão-do-mato do Brasil.

Por isso fica pequena como ficou FHC.

Campanha de Aécio cometeu "erros meramente contábeis" de mais de 6 milhões

Enquanto os tucanos tentam a todo custo abrir um processo sem provas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base no inconformismo da derrota nas urnas em 2014, o tribunal aponta irregularidades na prestação de contas do PSDB e a imprensa pouco fala sobre o assunto.


AFP
 


A relatora da prestação de contas da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado nas eleições de 2014, no TSE, ministra Maria Thereza de Assis Moura, solicitou esclarecimento sobre 15 irregularidades detectadas nos documentos entregues ao tribunal. O pedido foi feito há duas semanas, mas só agora a imprensa teve acesso a detalhes do despacho do tribunal.

Entre os apontamentos, chama a atenção o repasse feito por Aécio de uma doação de R$ 2 milhões da Odebrecht ao PSDB. A transferência não foi registrado na prestação de contas.

"O comitê financeiro nacional para presidente da República do PSDB registrou em sua prestação de contas o recebimento de doação de R$ 2 milhões, efetuada pelo candidato, no entanto, não há o registro da transferência na prestação de contas", afirma o relatório técnico da Justiça Eleitoral. Pergunta: por que Aécio não registrou, isto é, omitiu a “doação" da Odebrecht?

Enquanto as doações de empreiteiras feitas ao PT são criminalizadas pela imprensa e alvo de investigações no Judiciário, as doações feitas a outros partidos não ganham o mesmo tratamento. A empreiteira é uma das investigadas na Operação Lava Jato e seu presidente, Marcelo Odebrecht, está preso desde 17 julho.

Além da doação não registrada, o TSE encontrou também uma diferença entre o valor declarado pela campanha e o montante efetivamente doado pela construtora Construbase. O candidato tucano recebeu R$ 1,75 milhão, mas declarou R$ 500 mil. Uma diferença de nada menos que R$ 575 mil.

Tucanos dizem que são "erros contábeis" 

Das irregularidades detectadas pelo tribunal, pelo menos três foram consideradas infrações graves, como doações recebidas antes das prestações de contas parciais e que só foram registradas nas prestações finais, somando mais de R$ 6 milhões.

A relatora Thereza de Assis também questiona o fato de que a campanha tucana declarou R$ 3,9 milhões em doações estimáveis apenas na prestação de contas retificadora. Um valor muito alto para ser apontado apenas na retificadora.

Por meio de nota, o PSDB disse que as irregularidades apontadas nas doações feitas pela Odebrecht e Construbase são apenas "erros meramente contábeis". 


Do Portal Vermelho, com informações do Estadão

Charge do dia

Pior que tem é muita gente que age exatamente assim