Mensagem da madrugada
Rir é o melhor remédio
Chimbinha disse que a agência pode ter se precipitadoANANINDEUA - Atenta aos humores do mercado, a agência de classificação de risco Standard & Poor´s retirou o selo de bom marido de Chimbinha, guitarrista da banda Calypso. "Não vemos sinais de que a banda possa retomar o grau de sucesso. Por isso, rebaixamos a nota de Chimbinha. O guitarrista passa a ter a mesma avaliação matrimonial de Dado Dolabella, Alexandre Frota e Fábio Junior", diz o documento.No Jornal da Globo, Carlos Alberto Sardenberg preparou uma série de gráficos para mostrar a importância da medida. "Não vejo Chimbinha capaz de articular uma reconciliação com Joelma", lamentou William Waak, enquanto aplicava rasteiras em cinegrafistas húngaros. Sardenberg especulou que o rebaixamento de Chimbinha vai "cair como uma bomba no mercado de água oxigenada para descolorir franjas".Analistas internacionais temem que Chimbinha, até o final do ano, assim como o Vasco, não consiga se recuperar: "Estamos lidando com a hipótese dele atingir o pior grau de investimento possível: 'foi para a Record'", revelou Nelson Motta.
Veja mente, afima Ministério do Desenvolvimento Social
A revista Veja desta semana mente quando diz que o governo corta benefícios do Bolsa Família para fazer o ajuste fiscal. O Bolsa Família não sofreu corte no Orçamento, está integralmente preservado.
Veja erra quando diz que o número de famílias beneficiárias caiu para 13,2 milhões. A folha de pagamento de setembro repassou benefícios para 13, 9 milhões de famílias. O número de beneficiários vem se mantendo estável desde 2012, com a saída de quem melhora de renda e a entrada de novas famílias.
O governo reafirma seu compromisso com o Bolsa Família e com as rotinas de controle, para que só recebam o benefício (em média R$ 167 mensais por família) os mais pobres, com renda de até R$ 154 por pessoa da família. Para manter o programa bem focalizado, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome promove todos os anos a atualização dos cadastros e o cruzamento com outras bases de dados da União.
Neste ano, foram cancelados cerca de 800 mil benefícios de famílias identificadas em cruzamento de bases de dados de salários e aposentadorias (INSS, RAIS e CAGED) com renda acima do que estabelece a lei. No mesmo período, número equivalente de novas famílias passaram a receber o bolsa. Esse movimento é semelhante ao registrado no ano passado, ano eleitoral. O "pente-fino" de que Veja reclama é, portanto, uma rotina de controle muito bem sucedida que garante o foco do programa e zela pelo bom uso dos recursos públicos.
Além disso e diferentemente do que diz a Veja, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) mantém rigorosamente o acompanhamento da frequência de crianças e jovens às aulas mensalmente, de forma a garantir a presença dos alunos na escola.
O MDS reitera que o Bolsa Família está integralmente preservado de cortes no Orçamento. Neste ano, a previsão de gastos é de R$ 27,7 bilhões. Esse dinheiro vem mantendo milhares de famílias fora da miséria e, mais importante, garante acesso a educação, saúde e serviços.
A revista Veja poderia ter evitado o erro se tivesse procurado o ministério para checar as informações, como recomenda o bom jornalismo.
Poesia da noite
O amor me abandonou
Mensagem da Vovó Briguilina
O ódio cega, estão confundindo Dilma com Collor
Ela tem que ir até 2018
É hora de defender vigorosamente a permanência de Dilma até o final de seu mandato.
Sobretudo nas ruas, mas não só nelas: as redes sociais são hoje um importante polo formador de opiniões.

Não se trata de defender Dilma em si e muito menos o PT: é a defesa da democracia, da justiça, da Constituição.
E, mais que tudo, é a defesa da decência.
O pequeno grupo que fez o Brasil ser a sociedade abjetamente desigual que é tenta, com métodos grotescos e argumentos sórdidos, cassar 54 milhões de votos.
Desde o momento em que a derrota de Aécio foi confirmada, iniciou-se uma louca cavalgada pelo golpe.
Da suspeição absurda sobre as urnas eletrônicas até o dinheiro de doações que irrigaram tanto a campanha de Dilma quanto a de Aécio, sucedem-se argumentos aos quais cabe um adjetivo: criminosos.
A direita brasileira, inflada pela imprensa, já provou que não é mais civilizada que a direita venezuelana, ou a equatoriana, ou a argentina.
Todas essas direitas fazem, neste momento, a mesma coisa: sabotam a democracia. Tratam seus países como republiquetas, passíveis de serem ludibriadas para a perpetuação de privilégios e mamatas ancestrais. E para a manutenção e ampliação do maior câncer da região: a desigualdade social.
O país seria atirado a um abismo com um impeachment, a uma noite longa e escura.
O maior erro é confundir Dilma com Collor. Collor não tinha sustentação nenhuma. Ninguém iria chorar a morte de sua presidência, sabia-se, e ninguém chorou exceto ele mesmo.
Mesmo com o desgaste de todos estes anos de poder, o PT tem uma base forte, a começar pela CUT e pelo MST.
Outros movimentos sociais haveriam certamente de se insurgir contra um golpe. Guilherme Boulos, do MST, já disse que é vital a união dos progressistas contra as manobras dos golpistas.
O Brasil, num caso de impeachment claramente forçado como este ora tramado, ficaria simplesmente ingovernável.
Para reprimir os que se manifestarem contra o golpe, a polícia vai ter que bater pesado. Seremos um enorme Paraná.
Ecos da ditadura ressurgirão na repressão aos protestos. Sangue de brasileiros correrá, como aconteceu num passado ainda recente.
É uma distopia, e é também um cenário altamente provável no caso de um golpe.
Tenho para mim que, no fundo, os sabotadores sabem disso. E estão, essencialmente, promovendo um terror contínuo para manter Dilma imobilizada e para sangrar o PT até 2018.
A hipótese de que eles acham mesmo que poderiam roubar a presidência é simplesmente tétrica.
Eles teriam que ser muito cegos e muito canalhas para imaginar que um golpe seria engolido com docilidade pelos brasileiros.
By Paulo Nogueira
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