Porque Cunha não caiu ainda

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67% da bancada federal do Pmdb está com Dilma

Para começo de conversa, a reforma ministerial da presidente Dilma antes mesmo de ser anunciada revela que foi bem sucedida. 67% do Pmdb fechou com o governo.

A nota divulgada pelos oposicionistas (33%) é a prova cabal.

Óbvio que as manchetes do gafe darão destaques a minoria, claro. 

Exemplo:

Se um marciano chegasse aqui, hoje, agora e lesse os grandes jornalecos do país, ele também premiava Aguimim e a sabesp pela excelente gestão dos recursos hídricos.

Mas, mudando de pau pra cassete, quando os santificadores do ministério público do Paraná, os delegados bicudos e o justiceiro Moro vão vazar as contas secretas - sejam na Suíça ou em qualquer outro "paraíso fiscal" do mundo, de Dirceu, de Vaccari, Delúbio, João Paulo Cunha, Genoino ou qualquer outro petista condenado sem provas? -.

Eh, a quadrilha da republiqueta do Paraná não demora muito e vai tomar nas silaba inicial da capital.




Poesia da Noite


Digo o que penso, com convicção
Penso no que faço, com esperança
Faço o que devo fazer, com amor e fé
E me esforço para ser cada dia melhor
Pois, bondade também se aprende, não na escola e sim na vida.

Cora Coralina

Mensagem da Vovó Briguilina


Mensagem da Vovó Briguilina


A oposição fechará os olhos, tapará os ouvidos e se calará mais uma vez?

Com a descoberta de diversas contas na Suíça em seu nome e no nome de seus familiares recheadas de dólares, fecha o ciclo da corrupção de Eduardo Cunha: já tem delação de empresário dizendo que mandou pagar propina, de gerente da Petrobrás confirmando o esquema, de lobista dizendo que encaminhou os recursos, de doleiro que ajudou a lavar o dinheiro, de operador que fez o deposito e comprovou à Justiça Brasileira que o dinheiro foi parar nas contas de Cunha.
Alberto Yousseff, Júlio Camargo, Fernando Baiano, Eduardo Musa e João Augusto Henriques, todos em depoimento esclarecem como o presidente da Câmara foi beneficiado com corrupção.
Ah, tem ainda os requerimentos – comprovadamente elaborados no computador de Eduardo Cunha – usados para achacar as empresas em atraso na propina. Tem também a doação de milhares de dólares, vejam só, do empresário Júlio Camargo à igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Campinas (SP), que é comandada por pastores aliados a Cunha.
Como pode alguém nesta situação presidir um poder? Com tantas provas, o que falta para Cunha cair? Ou: por que não interessa ao PSDBDemocratas e PMDB Nacional a queda de Cunha?

Fernando Brito

A discrição cúmplice dos jornalecos com o "suiçalão" de Eduardo Cunha
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escondecunha

Em qualquer país do mundo,  seria manchete a confirmação que o presidente da Câmara dos Deputados, terceiro na linha de sucessão presidencial de um governo que  está ameaçado de sofrer impedimento, e tanto da Presidenta quanto do seu vice, no caso da ação do TSE (é o que se noticia todos os dias, não é?) teve descobertas contas ilegais num banco suíço.

Não é “suspeita”, “denúncia”, “suposição” ou “dizem”. É informação oficial da Justiça da Suíça, com documentos, confirmada aqui pela Procuradoria Geral da República.

É uma “bomba”, no velho jargão jornalístico. Porque nem é preciso provar que o dinheiro é de corrupção, a simples evasão de divisas e a não declaração de patrimônio – obrigatória tanto como candidato quanto na posse do mandato – já é crime previsto no art. 13 da lei de improbidade administrativa, que vale também para os deputados:

§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

Basta estar confirmada a existência da conta, de direito ou de fato, através de parente que não tenha razão econômica para tal para que se peça a condenação de Cunha e, antes disso, a cassação do seu mandato.

Nas edições de hoje da Folha e do Estadão, como assinalado na imagem, a notícia é uma “notinha” de primeira página.

Os destaques são para “suspeitas”, não para fatos; para o “supõe-se” e não para acontecimentos.

Claro, Cunha ainda pode ter serventia. Como escreveu um  daqueles inomináveis da Veja, citado hoje no ótimo artigo de Paulo Nogueira, no DCM, será que nossa imprensa “espera que Cunha derrube Dilma antes de ser preso.”?

O jornalismo brasileiro – salvo as ainda muitas exceções que, por isso mesmo, não o comandam – tornou-se o exercício do facciosismo político.

Um tipo destes, apanhado em flagrante, que se recusa até a negar que tenha as tais contas, esquecido (talvez nunca tenha sequer pensado nisso) de que é um homem público,, um servidor graduadíssimo da sociedade, o comandante do processo legislativo faz isso e dão-lhe “dez centímetros”, se tanto, das capas do jornais da “moralização” do país.

Que nome pode ter isso senão o de  cumplicidade?"