O Partido dos Trabalhadores pediu segunda-feira (26/10) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Ministério Público Eleitoral que determinem a abertura de investigação das irregularidades que identificou nas contas apresentadas ao tribunal pela campanha de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República em 2014.
Segundo o Coordenador Jurídico, Flávio Caetano, "dentre as irregularidades identificadas na prestação de contas de Aécio, estão problemas em 2.397 recibos eleitorais, o que representa 78% do total de recibos apresentados pelo candidato do PSDB a presidente".
As irregularidades apontadas pelo PT justificam o pedido de investigação e a desaprovação das contas (com base no art. 54, III, da Resolução 23.406) ou, diante do volume de inconsistências, que o TSE considere que não houve prestação de contas (art. 54, IV, da Resolução 23.406).
A contabilidade de Aécio traz lançamentos de receitas não localizadas no extrato bancário (movimentações sem lastro, com indício de caixa dois), uso de recursos do Fundo Partidário para repasses estimados de valores (não previsto no art. 13 da Resolução TSE 23.406/2014), gastos efetuados antes da abertura de contas bancárias do candidato, ocupantes de cargos públicos no gabinete do Senador Aloysio Nunes que trabalharam na campanha presidencial, despesas não contabilizadas, empresas que existiram apenas no período eleitoral e contratação irregular de funcionários.