Moro e a "Bolsa quadrilha", por Fernando Brito

Meu velho companheiro Tales Faria, no site Os divergentes, anuncia que está se formando uma encrenca entre o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o juiz Sérgio Moro.

Apesar de Teori já ter tomado uma decisão de que todo dinheiro recuperado na Lava Jato de desvios na Petrobras deve voltar aos cofres da empresa, Moro homologou mais três acordos de delação premiada onde as multas – três, de R$ 1 milhão cada vão render 10%, ou R$ 300 mil –  para uma "caixa" a ser administrada pelo próprio Ministério Público.

E isso é fichinha, porque, publica o Conjur que "o Ministério Público Federal deve ganhar 10% dos acordos da Andrade Gutierrez —multada em R$ 1 bilhão— e da Camargo Corrêa — que se comprometeu a pagar R$ 700 milhões ".

As duas negociações renderiam a bagatela  de R$ 170 milhões à instituição, em dinheiro que, segundo Teori Zavascki, deveria ser da Petrobras.

Quer dizer, a delação virou um "negoção" premiado.

No caso da Odebrecht, segundo Monica Bergamo, há generoso programa informal de indenizações milionárias a seus diretores, que vai distribuir a cada um " R$ 15 milhões, podendo chegar a números bem maiores".

O que virou isso, um "Bolsa Quadrilha".

Todos os "moralistas" e "arrependidos"  rebolam milhões pra cá e milhões pra lá e para lá com absoluta santidade e nenhum controle?

Ao meu amigo Neuto


Amplas casas/ rostos mudos/ ruas de sombras esquesitas/
pelo canto dessa porta/ euforia de pivetes/ fome/ trapo/ grito/ velas...
são as ideias.

O rio todo virado/ toda revirada a terra/
padre de carros dourados/ sinos/ procissões/ promessas/
e o povo cheirando a lepra/ tanta miséria.

Sertão banhado de lágrimas de antepassados/
corpos de homens suados/ explorados no roçado/
prá ver se no fim do ano tem uma barriga farta.

E por falar falar de saudade/ quem não lembra de Wandré/
amigo bom/ afinado/ idealista de fé/ tá longe/ também pudera/
são as ideias...

E por inveja ou por ódio/ confusão tanta maldade/
foi preso mantido em ferros/ por homens da lei chamados/
foi preso por ter sonhado um dia com a liberdade.

São as ideias...

Bom dia

E por falar em foras da lei, a quadrilha de Curitiba não deu um hoje?

O desespero de Sérgio Moro é não poder matar ideias por Armando Rodrigues Coelho Neto


A coruja teve um filhinho lindo.

Por um golpe de estado comprado por 45 dinheiros não se pode pedir certificado de garantia. As falhas aparecem por todos os lados. É como uma quinquilharia chinesa comprada no camelô, sem durabilidade, chinfrim, "fake in Mooca". Jamais será o que pretende ser e vai sempre mostrar a identidade - é falso. Assim como o golpe assinado por mais de 300 bandidos, endosso por Cunha, Fernandinho Beira-Mar, coxinhas e seus asseclas.

Um golpe de 45 dinheiros, que traz o número de uma quadrilha impune, intocável, repleta de bandidos de estimação da grande mídia e da Polícia Federal. Amiga do caloteiro pato da Fiesp, hoje murcho e silente como os paneleiros. Os delegados da PF, que nos grupos fechados já sabiam há tempos do golpe "que viria através dos Estados Unidos", estão caladinhos. Falavam grosso com Dilma e hoje, nem fino falam com o impostor Temer, sem um centavo a mais no orçamento pessoal ou institucional.

Não é golpe, dizem. Mas o partido que perdeu as eleições está no governo, vale o programa político rejeitado nas urnas. A podridão do truque dos magos está escancarada, a crise não é mais crise e qualquer escândalo sobre os ladrões golpistas pode ser abafado com notícia falsa contra o estadista, herói do povo Lula – o cidadão mais perseguido da história do Brasil.

A sorrelfa golpista passa pelo escárnio, pela apressada venda do patrimônio nacional. Vai além dos 45 dinheiros, inclui ator pornô, desprezo pela cultura, bandidos assumindo postos-chaves. Constituição rasgada, a Corte Suprema é tão silente que dá até saudade dos circunspectos juízes que no passado eram maldosamente tratados como membros de um "grande balcão de negócios", sensíveis a "embargos auriculares".

Sacripantas e sibaritas comemoram a volta do Brasil ao ideário do Século 19. Pobre do estudante de direito de hoje, que nos primeiros dias de aula aprende que o Direito Civil só serve para tornar o rico mais rico e o Direito Penal para perseguir o pobre. A lei contra o terror é o próprio terror. Foi aprovada por um governo acuado, que de tão acuado sancionou a lei que impede o povo de lutar pelo resultado das urnas. Faces de um golpe sujo e calculado, que ora se apresenta como assalto a mão armada numa quebrada qualquer, ora com requintes de quem faz um túnel para roubar o Banco Central e ora como festa de estelionatários depois de enganar e roubar vítimas.

Tudo isso em clima de Farsa Jato - pirotecnia falso moralista para acabar com o PT e prender Lula.

Perda de tempo! Crucificaram Cristo, mas o Cristianismo sobreviveu. Mataram Tiradentes, mas seu ideal cruzou os séculos. Mataram Zumbi, mas um negro, mesmo sujeito a críticas, chegou à ex-Corte Magna. Assim, permito-me mandar um recado a um tal Sérgio Moro e sua trupe, inspirado na peça "Liberdade, Liberdade" (Flávio Rangel e Miloor Fernandes).

"O Cristo morreu na cruz, mas o cristianismo se transformou na maior força espiritual do mundo. Galileo Galilei cedeu diante da Inquisição, mas a Terra continuou girando ao redor do Sol, e quatro séculos mais tarde, um jovem tenente anunciou da estratosfera que a Terra é azul. Anne Frank morreu, mas Israel ressurgiu da cinza dos tempos... Depois da segunda guerra mundial tornaram-se independentes treze nações asiáticas e trinta e quatro nações africanas..."

Portanto, Sr. Sérgio Moro, não se matam ideias. O Cristianismo não morreu na cruz, do mesmo modo que qualquer truculência contra Lula ou o Partido dos Trabalhadores (ao qual não sou filiado e nem tenho procuração para defender), só vai lhe servir para promoção pessoal diante de medíocres. A força, o ideal de fraternidade que nos impulsiona, sobreviverá como cobra de vidro à tirania do golpe.

Não será prendendo Lula, fechando diretório, calando jornalistas que se mata uma ideia. Prende-se, matam, torturam e desmoralizam-se pessoas, mas o que nos move é um sentimento de fraternidade. Não tem nada a ver com dinheiro nem grana da Petrobrás, não se esgota em siglas, nem o PT é isso que a mídia diz. Sobrará sempre uma semente do Lula ou algo parecido para infernizar vossa ganância. E tem mais: se precisar, a gente volta a vender estrelinhas de novo... Lamento frustrar o paparicado "magistrado". Assim mesmo, sem data vênia, entre aspas e com letra minúscula.

Tucano rouba descaradamente e quadrilha de Curitiba não vê

Jornal GGN - Devendo aos cofres públicos R$ 116 milhões, a multinacional francesa Alstom, investigada desde 2008 em esquema de cartel em governos tucanos, ganhou o perdão de sua dívida pelo governador Geraldo Alckmin. Ainda, o contrato que previa a entrega do sistema digital do Metrô já apontou perdas de mais de R$ 300 milhões, mas recebeu uma prorrogação adicional para a conclusão até 2021.
 
Com o novo prazo do governador do PSDB, o sistema que busca diminuir o intervalo entre os trens, agilizando o transporte de passageiros, serão um total de 10 anos de atraso. Contratado em 2008, ainda no governo de José Serra (PSDB) por R$ 780 milhões, para melhorar a eficiência das linhas 1, 2 e 3 do metrô de São Paulo, a entrega estava prevista para 2011. Até agora, contudo, apenas funciona na linha 2-verde.
 
Com os atrasos, o Metrô aplicou multas de R$ 78 milhões, ameaçando romper o contrato. A Alstom alegava que não havia obras físicas nas três linhas para que o sistema digital fosse implantado e que estava exigindo um produto mais sofisticado do que o previsto no contrato.
 
A multinacional francesa solicitou, então que a questão fosse resolvida judicialmente, tramitando na Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional, desde janeiro de 2013. O caso sob sigilo foi solucionado em 27 de janeiro deste ano.
 
Representando Geraldo Alckmin, a Procuradoria-Geral do Estado (PGR) aceitou o perdão dos R$ 116 milhões e o prazo estendido para cinco anos mais. Ambas desistiram dos valores que reivindicavam, inclusive da multa de R$ 78 milhões ao Metrô, em período em que a companhia passa por grave crise financeira.
 
Questionado por reportagem da Folha de S. Paulo, a Secretaria de Transportes Metropolitanos, responsável pelo Metrô, afirmou apenas que os R$ 116 milhões "foram tratados como referência para discussão em arbitragem, algo natural nesse tipo de litígio". A Alstom não quis se pronunciar. O gasto, tanto da multinacional, quanto do governo com o processo de arbitragem custou mais de R$ 2 milhões.

 

Verdade do dia

O maravilhoso da guerra é que cada chefe de assassinos faz abençoar suas 
bandeiras e invoca solenemente a Deus antes de lançar-se a exterminar a seu 
próximo.

Voltaire


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