Cuidado com outro Adélio
Pandemia de imbecilidade, por Antonio Prata
Rir é o melhor remédios
Fernando Verissimo: como nossas elites são volúveis
Trecho da coluna de Luis Fernando Verissimo no Globo hoje quinta-feira 26/III - (...) Até pouco tempo era fácil interpretar panelaços, ouvidos sempre em zonas de alto poder aquisitivo ou alta classe média. Não havia dúvida sobre quem estava nas janelas e nas sacadas dos edifícios, batendo em frigideiras, travessas e surdos improvisados, em apoio ao governo que tinha ajudado a eleger com seu barulho. Hoje os panelaços são feitos nos mesmos edifícios, supõe-se que pelas mesmas pessoas, mas acompanhados de gritos de "Fora Bolsonaro!", o que só prova como são volúveis nossas elites, como é difícil fazer sociologia a curto prazo no Brasil e, principalmente, a falta que faz um bom intérprete de panelas para nos orientar.
Nenhuma novidade no fato de um governo perder apoio na prática de governar. Promessas de campanha são como juras de amor, servem para seduzir, não necessariamente para durar. Mas, no caso da desilusão com Bolsonaro & Filhos, a decepção foi maior porque a expectativa dos seus 57 milhões de eleitores — espantosa, conhecendo-se a biografia e a personalidade do candidato — era maior. Digam o que disserem do Bolsonaro & Filhos, eles nunca esconderam o que eram, ou chegaram ao poder disfarçados de outra coisa. O que os 57 milhões elegeram foi isso aí mesmo.
Quanto à mudança dos panelaços de a favor do governo para contra o governo, a causa, entre outras, é o desempenho de Bolsonaro & Filhos na guerra contra a peste que nos assola, como ficou evidente na fala inacreditável da terça-feira. Não sei como estão sendo interpretados os panelaços do Leblon, mas se são sinais de insatisfação também são sinais de conscientização, e nos servem. Portanto, não pergunte por quem soam as panelas do Leblon, elas soam por você.
Bovid - 17, por Bartolomeu Nogueira
Para bois e vacas da boiada bolsonarista, por Caio Meneses
Jair Kamikaze, por Fernando Brito
Jair Bolsonaro despenca, em voo picado, para espatifar-se.
Ao defender, hoje, em rede de televisão, que a reabertura do comércio e das escolas e fim do 'confinamento' , colocou-se como responsável por todas as desgraças que nos advirão e que são muito mais que os 2 mil infectados hoje.
Jair Bolsonaro, na TV, era um morto-vivo e sua imagem o revelava.
Restam-lhe os loucos e os robôs.
Não há uma voz sadia que o defenda, passou a ser um José Sarney após o Cruzado.
Jair Bolsonaro já não governa a República e já não tem apoio militar para aventurar-se fora de seu exílio planaltino.
Quem conhece história deste pais sabe que ele será levado à renúncia, sem a alternativa de poder que a suceda.
A emergência nacional talvez lhe conceda alguns dias de indulgência, não muitos.
Que Jair Bolsonaro tornou-se incapaz de governar é um fato estabelecido.
Há dias que não o faz e apenas reúne seus auxiliares para humilhá-los num espetáculo de submissão e homens medíocres, porque ninguém provido e dignidade permanece na "rapa" deste governo.
Não cabe mais de discutir sandices como a de restabelecer o funcionamento das escolas e a volta ao trabalho indiscriminada, que são suicídio.
Se o kamikaze do Planalto quer fazê-lo, que se espatife sozinho, levando seus dóceis, inclusive os fardados indignos de seu juramento defender o Brasil.
Tijolaco