Cadê o "tribunal macartista" de Mainardi

Deixando de lado as baixarias dos "famosos", o que chama a atenção nestas notinhas é a relação obscena entre figurões da TV Globo e políticos da direita demo-tucana do país. Outra estrela da poderosa emissora, o filhinho de papai Diogo Mainardi, criou no início do mandato de Lula o seu "tribunal macartista mainardiano", no qual promoveu abjeta cruzada contra alguns profissionais da imprensa. "A minha maior diversão é tentar adivinhar a que corrente do lulismo pertence cada jornalista", explicou o troglodita na sua coluna de estréia na revista Veja, em dezembro de 2005.

 

Aos poucos, Mainardi dedurou alguns colunistas mais independentes. "Tereza Cruvinel é lulista. Dessas que fazem campanha de rua. Paulo Henrique Amorim pertence à outra raça de lulistas. É da raça dos aloprados, dos lulistas bolivarianos. Acha que a primeira tarefa do lulismo é quebrar a Globo e a Veja", atacou. O caso mais famoso desta cruzada fascista foi o do jornalista Franklin Martins, acusado levianamente de possuir uma "cota de nomeações pessoais no serviço público". Após longo bate-boca, a TV Globo preferiu apoiar o delator direitista e demitiu Franklin Martins.

 

Perguntar não ofende: será que Mainardi, "difamador travestido de jornalista", fará barulho agora contra seus amiguinhos da TV Globo que gozam das intimidades demo-tucanas. Pedirá a cabeça de Arnaldo Jabor, cuja esposa é assessora do presidenciável tucano José Serra, freqüentador de sua mansão? Criticará a "cota de nomeações pessoais no serviço público" da cansada Ana Maria Braga? Pedirá detalhes picantes do castelo dos demos à "ortodoxa" Miriam Porcão - ou melhor, Leitão? Ou todos juntos - Jabor, Leitão, Ana Maria Braga e o macartista Mainardi - fazem parte do esquemão montado pela TV Globo para viabilizar a vitória do tucano José Serra em 2010?

 

* Altamiro Borges 

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